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01/04/2004 - 15h43

Ricos do Distrito Federal têm a maior renda do país

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Os ricos do Centro-Oeste são os que têm a maior renda do país. A renda média mensal dos 1% mais ricos da região é de R$ 31,1 mil. No Distrito Federal --onde está a maior renda do país--, os 1% mais ricos recebem R$ 40,7 mil por mês. Estes valores estão bem acima da média nacional dos 1% mais ricos do país, que é de R$ 23,3 mil por mês.

Os números fazem parte do livro "Atlas da Exclusão Social no Brasil - Volume 3 - Os Ricos no Brasil", organizado pelo economista Marcio Pochmann, que será lançado pela Cortez Editora.

Pochmann utiliza dados do Censo 2000 e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2001 para desenhar o perfil das famílias 1% mais ricas do país.

O livro mostra que de um modo geral as famílias ricas do país moram nas áreas urbanas, são brancas e possuem curso superior.

Na maior parte das vezes, os ricos são empregadores (donos da própria empresa), diretores de grandes empresas do setor privado, trabalhadores autônomos ou funcionários públicos.

Com exceção do Sudeste, os ricos do país são migrantes, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Em alguns Estados do Norte, como Roraima e Rondônia, mais de 70% das famílias ricas são migrantes.

Para Pochmann, esse dado leva a crer que a riqueza veio de fora, ou seja, os moradores fizeram sua fortuna em outras regiões e retornaram para a terra natal.

Tipo de ocupação

Ao contrário do que se imaginava, a riqueza do Distrito Federal não é gerada exclusivamente pelo serviço público. O "Atlas da Exclusão Social no Brasil - Volume 3 - Os Ricos no Brasil" mostra que os ricos do Distrito Federal ocupam os primeiros escalões de empresa do setor privado. No entanto, o setor público é responsável pela remuneração de 15% dos ricos do Distrito Federal e Mato Grosso.

Em outras localidades do Centro-Oeste, como Estados do Centro Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, os ricos são empregadores.
No Norte, os ricos ganham a vida como autônomos, empregadores e diretores de empresas do setor privado.

No Nordeste, a maior parte dos ricos está empregada nos primeiros escalões do setor privado. Os altos cargos do setor público respondem pela riqueza de 11,8% do Sergipe e de 19,2% do Piauí.

No Sudeste, os ricos de São Paulo e Rio de Janeiro são diretores do setor privado ou empregadores. Já no Espírito Santo e Minas Gerais, o trabalho autônomo também aparece como fonte de renda para as famílias mais ricas.

No Sul, a maior parte dos ricos é empregadora. As exceções são o Rio Grande do Sul e Paraná, onde os mais ricos ganham a vida como autônomos e diretores do setor privado, respectivamente.

Diferenças regionais

Os ricos que têm a menor renda do país moram na região Nordeste. O "Atlas da Riqueza no Brasil" mostra que a renda média mensal dos 1% mais ricos do Nordeste é de R$ 17,2 mil. A menor renda dos ricos da região foi encontrada no Maranhão, de R$ 14 mil por mês. A maior (R$ 19,4 mil por mês) é paga em Pernambuco.

A segunda maior renda dos ricos está concentrada na região Sudeste, onde os 1% mais ricos recebem R$ 30,6 mil por mês. Os mais ricos da região moram em Minas Gerais e ganham R$ 32,6 mil por mês. A segunda maior renda mensal foi encontrada em São Paulo, de R$ 31,8 mil.

O Sul é região onde está a terceira maior renda dos ricos do país, com uma média mensal de R$ 24,5 mil. A maior renda é paga no Paraná (R$ 25,6 mil por mês) e a menor, no Rio Grande do Sul (R$ 23,2 mil por mês).

A quarta maior renda mensal dos ricos está na região Norte, onde a média é de R$ 20,5 mil. A maior renda mensal (R$ 22,1 mil) está em Roraima. A menor é paga para os ricos do Amapá (R$ 19,3 mil).

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