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14/07/2004
-
15h28
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo --ligado à Força Sindical-- protestou hoje em frente ao Consulado da Argentina em São Paulo contra a atitude passiva do Brasil em relação às restrições anunciadas pelo país vizinho à importação de eletrodomésticos brasileiros.
Segundo o presidente do sindicato, Eleno José Bezerra, o Brasil poderá ter novos problemas dentro do Mercosul --bloco comercial formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai-- se permitir que a Argentina barre a importação de eletrodomésticos brasileiros.
"Se o Brasil aceitar o tarifaço da Argentina, todos os outros países parceiros do Mercosul se sentirão no mesmo direito de sobretaxar os produtos brasileiros", disse Bezerra se referindo à alíquota de 21% criada para a importação de TVs fabricadas na Zona Franca de Manaus (AM).
Segundo ele, o governo brasileiro tem de buscar uma solução para o caso, que ameaça os empregos dentro do país. "A Argentina tem de entender que não se resolve problema de competitividade com guerra comercial. Essas medidas da Argentina ameaçam o nível de emprego no Brasil", afirmou Bezerra.
Pelos cálculos da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a barreira argentina pode fechar uma fábrica no Brasil e cortar até 1.000 empregos.
Samba, tango e futebol
Para protestar contra as barreiras argentinas, o sindicato realizou hoje um protesto em frente ao Consulado da Argentina.
"Foi um protesto bem-humorado. Levamos dançarinos de samba, tango e jogadores de futebol para o consulado", disse Bezerra.
Segundo ele, o sindicato também entregou ao cônsul argentino Sergio Iaciuk uma carta criticando a postura da Argentina em relação aos eletrodomésticos fabricados no Brasil.
"Não podemos aceitar essa posição da Argentina. Se aceitarmos barreiras contra nossos eletrodomésticos, depois eles vão querer barrar outros produtos, como automóveis, máquinas agrícolas."
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da Folha Online
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo --ligado à Força Sindical-- protestou hoje em frente ao Consulado da Argentina em São Paulo contra a atitude passiva do Brasil em relação às restrições anunciadas pelo país vizinho à importação de eletrodomésticos brasileiros.
Segundo o presidente do sindicato, Eleno José Bezerra, o Brasil poderá ter novos problemas dentro do Mercosul --bloco comercial formado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai-- se permitir que a Argentina barre a importação de eletrodomésticos brasileiros.
"Se o Brasil aceitar o tarifaço da Argentina, todos os outros países parceiros do Mercosul se sentirão no mesmo direito de sobretaxar os produtos brasileiros", disse Bezerra se referindo à alíquota de 21% criada para a importação de TVs fabricadas na Zona Franca de Manaus (AM).
Segundo ele, o governo brasileiro tem de buscar uma solução para o caso, que ameaça os empregos dentro do país. "A Argentina tem de entender que não se resolve problema de competitividade com guerra comercial. Essas medidas da Argentina ameaçam o nível de emprego no Brasil", afirmou Bezerra.
Pelos cálculos da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a barreira argentina pode fechar uma fábrica no Brasil e cortar até 1.000 empregos.
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Para protestar contra as barreiras argentinas, o sindicato realizou hoje um protesto em frente ao Consulado da Argentina.
"Foi um protesto bem-humorado. Levamos dançarinos de samba, tango e jogadores de futebol para o consulado", disse Bezerra.
Segundo ele, o sindicato também entregou ao cônsul argentino Sergio Iaciuk uma carta criticando a postura da Argentina em relação aos eletrodomésticos fabricados no Brasil.
"Não podemos aceitar essa posição da Argentina. Se aceitarmos barreiras contra nossos eletrodomésticos, depois eles vão querer barrar outros produtos, como automóveis, máquinas agrícolas."
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