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27/09/2004 - 09h54

Bancos prevêem que juros subam para 17% até dezembro

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

Pela terceira semana consecutiva, as instituições financeiras elevaram a expectativa em relação à taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) até o final do ano. Segundo a pesquisa divulgada hoje pelo Banco Central, os juros deverão terminar 2004 em 17% ao ano. Na semana passada, a previsão era de 16,75%.

No último dia 15, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) elevou a Selic de 16% para 16,25% e sinalizou novos ajustes para manter a inflação sob controle. Antes da reunião, os bancos previam que a inflação ficaria em 16% até dezembro.

O levantamento também elevou as projeções de crescimento da economia brasileira, do superávit da balança comercial e da entrada de investimentos estrangeiros no país.

Trata-se da 12ª semana em que as instituições consultadas elevam a previsão de crescimento do país. De acordo com a pesquisa, o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas em um país) deverá crescer 4,47% neste ano, contra 4,36% da semana passada. No primeiro semestre do ano, o PIB cresceu 4,2%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esse crescimento deverá ser puxado pelo superávit comercial (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 32 bilhões e pelo crescimento da produção industrial, mantida em 6,5% para 2004.

O mercado prevê também que o dólar irá encerrar o ano cotado a R$ 3.

Quanto à inflação, a pesquisa fez um pequeno ajuste nos dois índices medidos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas): o IGP-DI foi revisto de 12,37% para 12,41% até o final do ano e o IGP-M, de 12,60% para 12,62%.

Também sofreu uma revisão, dessa vez para baixo, a projeção em relação ao IPCA, índice oficial para medir a meta de inflação. A expectativa do mercado é que a inflação termine com alta de 7,34%. A meta de inflação é de 5,5% neste ano, com margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Para o próximo ano, o mercado manteve a projeção da alta do IPCA em 5,8%. A manutenção aconteceu mesmo após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), em que o BC revelou que irá perseguir uma inflação de 5,1% em 2005, enquanto a meta oficial é de 4,5%.

Ainda de acordo com o boletim, as instituições financeiras prevêem que o país continuará crescendo, mas em um ritmo menor. O PIB em 2005 deverá crescer 3,55%, um pequeno aumento em relação aos 3,5% da semana passada.

O crescimento da produção industrial deverá ficar em 4,13%, segundo as instituições financeiras.

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