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18/11/2004
-
18h04
da Folha Online
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o peemedebista Carlos Lessa, 67, acumulou conflitos com os integrantes da equipe econômica do governo em dois anos de gestão.
Diante do desgaste decorrente dos constantes atritos com o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento e Indústria) e, recentemente, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a saída de Lessa do comando da instituição era considerada questão tempo entre integrantes do governo.
Desde a última sexta-feira circulava a informação que Lula havia decidido que Lessa não chegaria a 2005 no BNDES. Uma entrevista à Folha, na qual classificou a gestão de Meirelles à frente do BC um como "pesadelo" selou sua saída.
Economista e acadêmico, o próprio Lessa chegou a ironizar as notícias de sua saída afirmando que contabilizava 75 anúncios de demissão. "Sou presidente do BNDES há um ano e meio. Por boato, a imprensa já me demitiu mais de 70 vezes", afirmou à época.
Nos bastidores, seus aliados, entre eles o vice-presidente da República, José Alencar, e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) tentaram convencê-lo a diminuir o tom das críticas para amenizar a tensão. Entretanto, seu perfil, considerado "incontrolável" por amigos, tornou a situação insustentável.
Desde o início do governo, Furlan e Lessa se desentendem. Mas sua saída é uma vitória também do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda).
Apesar de o BNDES ser subordinado ao Ministério do Desenvolvimento,
Lessa não foi indicado por Furlan. Chegou ao cargo por influência de Mercadante e da economista Maria da Conceição Tavares, com quem Lula nutre uma grande amizade.
Lessa chegou a atacar também, por engano, Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, por críticas que ele teria feito ao banco. No entanto as críticas havia partido de outro Levy. Disparou ainda contra os donos da AmBev em razão da fusão com a belga Interbrew.
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Diante do desgaste decorrente dos constantes atritos com o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento e Indústria) e, recentemente, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a saída de Lessa do comando da instituição era considerada questão tempo entre integrantes do governo.
Desde a última sexta-feira circulava a informação que Lula havia decidido que Lessa não chegaria a 2005 no BNDES. Uma entrevista à Folha, na qual classificou a gestão de Meirelles à frente do BC um como "pesadelo" selou sua saída.
Economista e acadêmico, o próprio Lessa chegou a ironizar as notícias de sua saída afirmando que contabilizava 75 anúncios de demissão. "Sou presidente do BNDES há um ano e meio. Por boato, a imprensa já me demitiu mais de 70 vezes", afirmou à época.
Nos bastidores, seus aliados, entre eles o vice-presidente da República, José Alencar, e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) tentaram convencê-lo a diminuir o tom das críticas para amenizar a tensão. Entretanto, seu perfil, considerado "incontrolável" por amigos, tornou a situação insustentável.
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