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27/01/2005
-
08h38
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O fim do efeito da alta dos combustíveis levou o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de janeiro a 0,39%, o menor nível desde outubro de 2003 e igual ao de outubro do ano passado.
O resultado ficou bem abaixo das previsões do mercado. Segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central, analistas apostavam numa alta de 0,60% para o indicador.
De acordo com o coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Salomão Quadros, a desaceleração foi causada principalmente pelo fim do impacto dos combustíveis sobre o índice. Com isso, o IPA (Índice de Preços do Atacado), que representa 60% do IGP-M, passou de 0,81% em dezembro para 0,20% em janeiro.
O recuo nos preços dos combustíveis foi generalizado. Os itens destinados às demais etapas da produção industrial, como óleos combustíveis e óleo diesel, passaram de 1,07% no mês passado para deflação de 0,70% neste mês. Os itens voltados para o consumidor final no atacado tiveram uma queda de preço ainda maior: registraram deflação de 0,24% ante uma alta de 4,42% em dezembro.
Segundo Quadros, a queda do dólar também contribuiu para a desaceleração do IGP-M, mas ainda não é possível mensurar o seu impacto. Para o economista, o efeito pode ser verificado em insumos, materiais e componentes compostos por celulose e borracha, que têm seus preços regulado pelo mercado internacional.
Além disso, a inflação no atacado foi afetada pela deflação de 0,58% das matérias-primas agropecuárias. Os principais destaques foram produtos como aves (-5,72%), bovinos (-0,68%), suínos (-3,24%) e leite "in natura" (-1,50%).
A desaceleração nos preços ainda não chegou integralmente ao consumidor. A inflação no varejo foi influenciada principalmente pelos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. O primeiro registrou alta de 1,09% e o segundo, de 2,23%. Em janeiro, hortaliças e legumes costumam ficar mais caras em razão de fatores climáticos. O mês é marcado também pelo reajuste estabelecido em contrato de matrículas e mensalidades escolares. Com isso, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) passou de 0,58% em dezembro para 0,80% em janeiro.
Os combustíveis também contribuíram para segurar a inflação no varejo. O grupo Transportes registrou alta de 0,34%, ante uma variação de 2,14% no mês passado. Além da gasolina, a deflação de 2,20% da tarifa de táxi também influenciou o recuo dos preços.
Na construção civil, a inflação ficou em 0,70%, ante uma variação de 0,61% em dezembro. O principal componente para a aceleração foi o item mão-de-obra, que registrou alta de 0,62% com o impacto dos reajustes salariais na cidade de Belo Horizonte.
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O resultado ficou bem abaixo das previsões do mercado. Segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central, analistas apostavam numa alta de 0,60% para o indicador.
De acordo com o coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Salomão Quadros, a desaceleração foi causada principalmente pelo fim do impacto dos combustíveis sobre o índice. Com isso, o IPA (Índice de Preços do Atacado), que representa 60% do IGP-M, passou de 0,81% em dezembro para 0,20% em janeiro.
O recuo nos preços dos combustíveis foi generalizado. Os itens destinados às demais etapas da produção industrial, como óleos combustíveis e óleo diesel, passaram de 1,07% no mês passado para deflação de 0,70% neste mês. Os itens voltados para o consumidor final no atacado tiveram uma queda de preço ainda maior: registraram deflação de 0,24% ante uma alta de 4,42% em dezembro.
Segundo Quadros, a queda do dólar também contribuiu para a desaceleração do IGP-M, mas ainda não é possível mensurar o seu impacto. Para o economista, o efeito pode ser verificado em insumos, materiais e componentes compostos por celulose e borracha, que têm seus preços regulado pelo mercado internacional.
Além disso, a inflação no atacado foi afetada pela deflação de 0,58% das matérias-primas agropecuárias. Os principais destaques foram produtos como aves (-5,72%), bovinos (-0,68%), suínos (-3,24%) e leite "in natura" (-1,50%).
A desaceleração nos preços ainda não chegou integralmente ao consumidor. A inflação no varejo foi influenciada principalmente pelos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. O primeiro registrou alta de 1,09% e o segundo, de 2,23%. Em janeiro, hortaliças e legumes costumam ficar mais caras em razão de fatores climáticos. O mês é marcado também pelo reajuste estabelecido em contrato de matrículas e mensalidades escolares. Com isso, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) passou de 0,58% em dezembro para 0,80% em janeiro.
Os combustíveis também contribuíram para segurar a inflação no varejo. O grupo Transportes registrou alta de 0,34%, ante uma variação de 2,14% no mês passado. Além da gasolina, a deflação de 2,20% da tarifa de táxi também influenciou o recuo dos preços.
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