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27/01/2005
-
09h01
IVONE PORTES
da Folha Online
O representante residente do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Brasil, Max Alier, se mostrou otimista ontem após encontro com representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), apesar das críticas dos industriais em relação ao juro, câmbio e meta de inflação apertada.
Segundo ele, uma missão do FMI chegou ao Brasil na quarta-feira para a 10ª e última revisão do acordo do Brasil com o Fundo, que expira em março deste ano.
No encontro realizado na tarde desta quarta-feira, representantes da Fiesp fizeram uma exposição dos indicadores do setor relativos a 2004 à missão e apontaram as perspectivas para 2005.
"É importante saber as perspectivas que eles [os empresários] têm para a economia em 2005", disse Alier ao fim da reunião.
O representante do FMI afirmou, entretanto, que o governo brasileiro não deve negociar com essa missão uma possível renovação do acordo.
Ele afirmou que reuniões como a realizada ontem na Fiesp visam colher informações para a revisão do acordo do Brasil com o Fundo.
O diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, afirmou que a missão do FMI ouviu dos empresários que 2004 foi um ano "muito bom" para a indústria, mas que em 2005 o desempenho do setor será inferior", principalmente devido à taxa de juro elevada --atualmente em 18,25% ao ano.
"Acho que o sorriso [do representante do Fundo] era muito mais olhando para 2004 do que para 2005", afirmou Francini.
Na avaliação do diretor da Fiesp, a economia brasileira deve crescer neste ano acima de 3%, mas abaixo de 5%, índice que deve ter sido registrado em 2004.
A preocupação com a trajetória do dólar, que tem oscilado em torno de R$ 2,70, também foi apontada na reunião pela Fiesp.
"É desconhecido o que o câmbio de R$ 2,70 pode fazer para as exportações e o saldo comercial. Não sabemos do impacto que isso vai ter nas contas do governo", disse.
Os exportadores têm defendido um dólar próximo de R$ 3 para estimular as exportações.
Sobre a inflação, a Fiesp destacou aos representantes do Fundo que a taxa vem sendo puxada, principalmente, pelos preços monitorados, como energia elétrica, gasolina e telefonia.
De acordo com o representante do FMI, a missão deve ficar hoje em São Paulo e seguir para Brasília amanhã, onde se encontrará com representantes do governo, possivelmente o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
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Missão do FMI sai otimista da Fiesp, apesar de críticas ao juro e ao câmbio
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da Folha Online
O representante residente do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Brasil, Max Alier, se mostrou otimista ontem após encontro com representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), apesar das críticas dos industriais em relação ao juro, câmbio e meta de inflação apertada.
Segundo ele, uma missão do FMI chegou ao Brasil na quarta-feira para a 10ª e última revisão do acordo do Brasil com o Fundo, que expira em março deste ano.
No encontro realizado na tarde desta quarta-feira, representantes da Fiesp fizeram uma exposição dos indicadores do setor relativos a 2004 à missão e apontaram as perspectivas para 2005.
"É importante saber as perspectivas que eles [os empresários] têm para a economia em 2005", disse Alier ao fim da reunião.
O representante do FMI afirmou, entretanto, que o governo brasileiro não deve negociar com essa missão uma possível renovação do acordo.
Ele afirmou que reuniões como a realizada ontem na Fiesp visam colher informações para a revisão do acordo do Brasil com o Fundo.
O diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, afirmou que a missão do FMI ouviu dos empresários que 2004 foi um ano "muito bom" para a indústria, mas que em 2005 o desempenho do setor será inferior", principalmente devido à taxa de juro elevada --atualmente em 18,25% ao ano.
"Acho que o sorriso [do representante do Fundo] era muito mais olhando para 2004 do que para 2005", afirmou Francini.
Na avaliação do diretor da Fiesp, a economia brasileira deve crescer neste ano acima de 3%, mas abaixo de 5%, índice que deve ter sido registrado em 2004.
A preocupação com a trajetória do dólar, que tem oscilado em torno de R$ 2,70, também foi apontada na reunião pela Fiesp.
"É desconhecido o que o câmbio de R$ 2,70 pode fazer para as exportações e o saldo comercial. Não sabemos do impacto que isso vai ter nas contas do governo", disse.
Os exportadores têm defendido um dólar próximo de R$ 3 para estimular as exportações.
Sobre a inflação, a Fiesp destacou aos representantes do Fundo que a taxa vem sendo puxada, principalmente, pelos preços monitorados, como energia elétrica, gasolina e telefonia.
De acordo com o representante do FMI, a missão deve ficar hoje em São Paulo e seguir para Brasília amanhã, onde se encontrará com representantes do governo, possivelmente o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
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