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10/06/2005 - 18h06

São Paulo suportaria por uma semana em caso de corte total de gás boliviano

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O comissário-geral do CSPE (Comissão de Serviços Públicos de Energia), Zevi Kann, estima que o Estado de São Paulo começaria a sentir em uma semana os efeitos de um eventual corte total do fornecimento de gás boliviano.

"Numa interrupção total, o que é muito pouco provável, com o gasoduto como está hoje, com as termelétricas desligadas, haveria o prazo de uma semana para o contingenciamento", disse ele. Hoje, quase 70% do gás consumido em São Paulo vem da Bolívia.

O CSPE é órgão estadual que regula as concessionárias de energia em São Paulo e que exige revisão anual dos planos de contingenciamento feitas pelas distribuidoras. Segundo Kann, o plano atual "está razoavelmente atualizado" e deve ser repassado para o Governo Federal.

A ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, disse hoje que está em preparo um levantamento das unidades de consumo para definir um plano de emergência para o eventual agravamento da crise na Bolívia.

Segundo Kann, um cenário mais realista trabalhado pela CSPE estima uma possível redução em 50% do gás fornecido. Nesse caso, prevê ele, o Estado de São Paulo começaria a sentir os efeitos do desabastecimento em torno de 12 dias.

Kann considera esses cenários já num quadro do desligamento das termelétricas determinado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), o organismo responsável pelo controle do sistema elétrico brasileiro.

O comissário do CSPE confirmou o desligamento da termelétrica de Piratininga, mas afirmou que era "muito provável".

As reservas de gás disponíveis estão totalmente armazenadas no gasoduto brasileiro-boliviano. Kann fez os cenários ao considerar o tempo necessário para a perda do nível necessário de pressão dentro do gasoduto que impediria a extração do gás.

O consumo de gás canalizado em São Paulo vinha em ritmo crescente nos últimos meses. Segundo o último boletim da Secretaria de Energia de SP, o consumo do gás canalizado cresceu 16% no primeiro quadrimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2004. Somente no setor industrial, responsável por 80% do consumo, o acréscimo foi de 15,1%.

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