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31/07/2003
-
11h07
Estudos realizados com alunos brasileiros mostram que a maior parte deles tem dificuldade para ler e compreender textos. Entre os alunos do terceiro ano do ensino médio, apenas 5,34% têm habilidade de leitura compatível com a série que cursam. Pouco mais de 42% têm um desempenho considerado crítico ou muito crítico.
Esses dados, levantados pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) em 2001 e divulgados neste ano, confirmam a deficiência de aprendizado que já havia sido mostrada quando o Brasil ficou na 37ª posição do ranking do Programa Internacional de Avaliação do Estudante, que avaliou o desempenho de leitura de estudantes na faixa dos 15 anos em 41 países, em 2000. Os alunos brasileiros ficam atrás dos chilenos e dos argentinos.
Os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) também revelam a mesma dificuldade. O relatório final do exame de 2002 diz que "só a leitura superficial e fragmentada pode explicar a opção por alternativas de resposta que revelam leitura de gráficos sem associação com a proposta, escolha de alternativas dissociadas do contexto, dificuldade de estabelecer relações entre linguagens expressas por tabelas, fórmulas e gráficos, escolha de afirmações e argumentos contraditórios e mutuamente excludentes".
Do 1,8 milhão de participantes do último Enem, 74% tiveram desempenho considerado insuficiente e regular.
"Interpretar um texto é base para entender outras matérias. Às vezes, o aluno não sabe história porque não sabe ler", diz Carlos Henrique Araújo, diretor de avaliação da educação básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Segundo ele, um dos motivos do baixo desempenho em compreensão de textos é a falta do hábito de leitura, problema detectado não só entre os alunos mas também entre os pais e mesmo entre os professores. "Somos um país de não-leitores. O professor lê pouco, a família lê pouco. O contato com o livro só é feito dentro do sistema de ensino e, muitas vezes, de forma desagradável."
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Aluno brasileiro tem dificuldade para ler
da Folha de S.PauloEstudos realizados com alunos brasileiros mostram que a maior parte deles tem dificuldade para ler e compreender textos. Entre os alunos do terceiro ano do ensino médio, apenas 5,34% têm habilidade de leitura compatível com a série que cursam. Pouco mais de 42% têm um desempenho considerado crítico ou muito crítico.
Esses dados, levantados pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) em 2001 e divulgados neste ano, confirmam a deficiência de aprendizado que já havia sido mostrada quando o Brasil ficou na 37ª posição do ranking do Programa Internacional de Avaliação do Estudante, que avaliou o desempenho de leitura de estudantes na faixa dos 15 anos em 41 países, em 2000. Os alunos brasileiros ficam atrás dos chilenos e dos argentinos.
Os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) também revelam a mesma dificuldade. O relatório final do exame de 2002 diz que "só a leitura superficial e fragmentada pode explicar a opção por alternativas de resposta que revelam leitura de gráficos sem associação com a proposta, escolha de alternativas dissociadas do contexto, dificuldade de estabelecer relações entre linguagens expressas por tabelas, fórmulas e gráficos, escolha de afirmações e argumentos contraditórios e mutuamente excludentes".
Do 1,8 milhão de participantes do último Enem, 74% tiveram desempenho considerado insuficiente e regular.
"Interpretar um texto é base para entender outras matérias. Às vezes, o aluno não sabe história porque não sabe ler", diz Carlos Henrique Araújo, diretor de avaliação da educação básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Segundo ele, um dos motivos do baixo desempenho em compreensão de textos é a falta do hábito de leitura, problema detectado não só entre os alunos mas também entre os pais e mesmo entre os professores. "Somos um país de não-leitores. O professor lê pouco, a família lê pouco. O contato com o livro só é feito dentro do sistema de ensino e, muitas vezes, de forma desagradável."
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