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Paralisações de professores deixam 221 mil estudantes sem aula na Bahia
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MATHEUS MAGENTA
da Agência Folha, em Salvador
A paralisação dos professores da rede municipal de ensino de Salvador (BA) deixa, desde esta quarta-feira, cerca de 165 mil estudantes em 414 escolas sem aula. Em Feira de Santana (108 km de Salvador), segunda maior cidade do Estado, a paralisação atinge outros 56 mil alunos.
A categoria em Salvador se reúne nesta sexta-feira (29) para decidir se decreta greve. Entre as reivindicações estão um plano de saúde, um reajuste de 9,01% e a realização de concursos públicos para contratação de 5.000 funcionários, entre professores e merendeiras.
Segundo a diretora da APLB (Associação dos Professores Licenciados da Bahia), Elza Melo, há uma defasagem de 1.500 professores no município --hoje, há cerca de 6.000. A Prefeitura de Salvador, por meio de nota, diz que a paralisação é injustificável e "precipitada", já que 80% dos itens em discussão foram acordados.
A Prefeitura de Feira de Santana diz que só pode dar aumento de 5,6%. A categoria pede reajuste salarial de 12%.
Os servidores municipais da capital baiana também decidiram paralisar as atividades. A cada dia, desde a última quarta-feira, funcionários de dois órgãos municipais distintos interrompem os trabalhos.
A categoria ameaça uma greve geral a partir de 2 de junho se não houver acordo com a prefeitura, que diz estudar os impactos de possíveis aumentos no orçamento municipal.
Na semana passada, mais de 5.000 estudantes ficaram sem aula em escolas estaduais e municipais por conta das chuvas que atingiram Salvador.
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