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05/09/2001 - 03h33

Atraso atinge livros didáticos de outras áreas

da Folha de S.Paulo, no Rio

A desatualização de livros didáticos não é uma questão que preocupa somente os historiadores. Professores de outras áreas, como física e biologia, também têm a mesma constatação.

A professora de ensino fundamental e doutoranda da Unesp de Araraquara Vânia Massabni defendeu, em seu mestrado, uma tese em que apontava erros e a desatualização de livros de biologia quando tratavam do sistema imunológico humano.

Ela entrevistou 26 professores de ensino fundamental de Araraquara que lecionavam biologia. Desses, 87,5% apontaram a necessidade de atualização dos livros.

Vânia analisou dez publicações diferentes. "Em geral, foi possível concluir que conteúdos considerados importantes na academia nem sempre são tratados com a mesma importância nos livros", afirma.

O autor de livros de matemática Gelson Iezzi vê problema parecido nos livros de física. "A física que é ensinada hoje nas escolas foi desenvolvida na primeira metade do século 20 e está longe de ser de ponta", diz.

Um dos motivos, segundo Iezzi, é a cobrança feita nos principais vestibulares do país. "Principalmente no ensino médio, os professores e autores de livros têm que se adequar ao conteúdo exigido pelas principais universidades, que, muitas vezes, está também desatualizado."

Segundo Elizabeth Mapelli, professora de física do Colégio Brasil-Canadá, em Perdizes (zona oeste de São Paulo), os professores, para compensar a desatualização dos livros, precisam recorrer aos jornais e à internet para ensinar temas novos.

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