Publicidade
Publicidade
02/10/2001
-
10h45
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Minas Gerais é o Estado mais atingido, numericamente, pela greve nas universidades federais. Das 52 Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) do país, 12 (23%) estão em Minas Gerais. Dessas, apenas uma não aderiu ao movimento grevista.
Na maior Ifes do Estado, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), professores e reitoria concordam em dizer que a greve dos docentes afeta quase que totalmente o setor de ensino e prejudica muito os setores de pesquisa e de extensão.
Na universidade, que avalia o adiamento de seu vestibular, apenas a Faculdade de Direito não aderiu à paralisação.
No setor de extensão, a "Semana do Conhecimento", principal evento dessa área, estava prevista para o meio de setembro, mas foi cancelada devido à greve e não tem data para ser montada.
A feira, que teve cerca de 20 mil visitantes na última edição, serve para expor os trabalhos científicos que estão sendo realizados pela UFMG e apresenta aos visitantes os cursos de graduação.
"Estamos apenas com as atividades essenciais, muitas mantidas pela boa vontade de professores, porque há dificuldades operacionais", disse o pró-reitor de extensão, Édison José Corrêa. Segundo ele, as atividades culturais da pró-reitoria neste trimestre foram todas canceladas.
Outro setor afetado é a prestação de serviços à população de baixa renda, como atendimento odontológico e hospitalar -este feito pelo Hospital das Clínicas.
De acordo com Corrêa, os serviços odontológicos foram reduzidos em 90% e o hospitalar caiu pela metade.
"Tem professor que está viajando para realizar serviços sociais sem receber diária", afirmou.
O pró-reitor de pesquisa, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, afirma ser difícil fazer um diagnóstico sobre o grau de prejuízo que as pesquisas da instituição tiveram, mas diz acreditar que elas estão funcionando de forma precária.
Segundo ele, a prioridade é manter funcionando as pesquisas que envolvem animais e organismos vivos, já que uma paralisação nesses setores poderia causar danos irreversíveis.
Leia mais
Em MS, sobra aluno e falta professor
Liminares garantem salário aos servidores
Remuneração de docente está defasada
Não há paraíso nem caos, afirma ministério
Minas Gerais é o Estado mais afetado pela paralisação
RANIER BRAGONda Agência Folha, em Belo Horizonte
Minas Gerais é o Estado mais atingido, numericamente, pela greve nas universidades federais. Das 52 Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) do país, 12 (23%) estão em Minas Gerais. Dessas, apenas uma não aderiu ao movimento grevista.
Na maior Ifes do Estado, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), professores e reitoria concordam em dizer que a greve dos docentes afeta quase que totalmente o setor de ensino e prejudica muito os setores de pesquisa e de extensão.
Na universidade, que avalia o adiamento de seu vestibular, apenas a Faculdade de Direito não aderiu à paralisação.
No setor de extensão, a "Semana do Conhecimento", principal evento dessa área, estava prevista para o meio de setembro, mas foi cancelada devido à greve e não tem data para ser montada.
A feira, que teve cerca de 20 mil visitantes na última edição, serve para expor os trabalhos científicos que estão sendo realizados pela UFMG e apresenta aos visitantes os cursos de graduação.
"Estamos apenas com as atividades essenciais, muitas mantidas pela boa vontade de professores, porque há dificuldades operacionais", disse o pró-reitor de extensão, Édison José Corrêa. Segundo ele, as atividades culturais da pró-reitoria neste trimestre foram todas canceladas.
Outro setor afetado é a prestação de serviços à população de baixa renda, como atendimento odontológico e hospitalar -este feito pelo Hospital das Clínicas.
De acordo com Corrêa, os serviços odontológicos foram reduzidos em 90% e o hospitalar caiu pela metade.
"Tem professor que está viajando para realizar serviços sociais sem receber diária", afirmou.
O pró-reitor de pesquisa, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, afirma ser difícil fazer um diagnóstico sobre o grau de prejuízo que as pesquisas da instituição tiveram, mas diz acreditar que elas estão funcionando de forma precária.
Segundo ele, a prioridade é manter funcionando as pesquisas que envolvem animais e organismos vivos, já que uma paralisação nesses setores poderia causar danos irreversíveis.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice