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13/06/2002
-
10h38
da Folha de S.Paulo
Em 14 de maio último, extremistas islâmicos atacaram um ônibus e um posto militar no Estado indiano de Jammu-Caxemira, matando 30 pessoas, entre as quais 18 mulheres e crianças. Acredita-se que o grupo islâmico Lashkar-e-Taiba, baseado no Paquistão, tenha sido o responsável pelo atentado. Mais que revolta, o episódio abriu uma nova crise entre a Índia e o Paquistão. Nova Déli acusa Islamabad de dar cobertura aos grupos separatistas islâmicos que lutam pela independência da Caxemira.
Após a independência do império britânico, em 1947, a Índia e o Paquistão enfrentaram-se em duas guerras pela disputa da Caxemira. A primeira, em 1948, foi encerrada após a intermediação da ONU, que dividiu a região em Azad-Caxemira (Paquistão) e Jammu-Caxemira (Índia), único Estado indiano de maioria muçulmana. Além dessa disputa, rivalidades religiosas entre hindus e islâmicos desencadearam a segunda crise, em 1965, que acabou com a intervenção da ex-URSS.
Atal Behari Vajpayee, primeiro-ministro da Índia, acusa o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, de apoiar "grupos terroristas" que atuam na Caxemira indiana. Islamabad nega, mas as declarações do líder paquistanês confirmam sua política para a região: "O Paquistão vai sempre apoiar a luta pela libertação da Caxemira". Enquanto o impasse permanece, os países continuam deslocando armas para a linha de controle, fronteira militarizada que separa as duas Caxemiras.
Participantes do seleto clube das potências nucleares, a Índia e o Paquistão fizeram testes em 1998 e continuam envolvidos numa corrida armamentista. Preocupada, a comunidade internacional busca uma solução. Senão para selar uma paz definitiva, pelo menos para afastar o perigo imediato de um confronto nuclear, na fronteira mais perigosa do mundo.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo (Americana)
Leia mais:
História: A política econômica do capitalismo comercial
Geografia: As características dos domínios morfoclimáticos
Física: A pressão que sentimos e os seus efeitos sobre nós
Português: Negar pode ser um modo de afirmar
Atualidades: As atenções mundiais se voltam para a Índia e o Paquistão
ROBERTO CANDELORIda Folha de S.Paulo
Em 14 de maio último, extremistas islâmicos atacaram um ônibus e um posto militar no Estado indiano de Jammu-Caxemira, matando 30 pessoas, entre as quais 18 mulheres e crianças. Acredita-se que o grupo islâmico Lashkar-e-Taiba, baseado no Paquistão, tenha sido o responsável pelo atentado. Mais que revolta, o episódio abriu uma nova crise entre a Índia e o Paquistão. Nova Déli acusa Islamabad de dar cobertura aos grupos separatistas islâmicos que lutam pela independência da Caxemira.
Após a independência do império britânico, em 1947, a Índia e o Paquistão enfrentaram-se em duas guerras pela disputa da Caxemira. A primeira, em 1948, foi encerrada após a intermediação da ONU, que dividiu a região em Azad-Caxemira (Paquistão) e Jammu-Caxemira (Índia), único Estado indiano de maioria muçulmana. Além dessa disputa, rivalidades religiosas entre hindus e islâmicos desencadearam a segunda crise, em 1965, que acabou com a intervenção da ex-URSS.
Atal Behari Vajpayee, primeiro-ministro da Índia, acusa o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, de apoiar "grupos terroristas" que atuam na Caxemira indiana. Islamabad nega, mas as declarações do líder paquistanês confirmam sua política para a região: "O Paquistão vai sempre apoiar a luta pela libertação da Caxemira". Enquanto o impasse permanece, os países continuam deslocando armas para a linha de controle, fronteira militarizada que separa as duas Caxemiras.
Participantes do seleto clube das potências nucleares, a Índia e o Paquistão fizeram testes em 1998 e continuam envolvidos numa corrida armamentista. Preocupada, a comunidade internacional busca uma solução. Senão para selar uma paz definitiva, pelo menos para afastar o perigo imediato de um confronto nuclear, na fronteira mais perigosa do mundo.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo (Americana)
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