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14/07/2005
-
10h39
ANA PAULA DE OLIVEIRA
FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S. Paulo
Em alguns casos, o contato via internet pode ajudar a quebrar o gelo em relação a algum tema delicado. "Muitas vezes, a pessoa não se sente à vontade para perguntar algumas coisas olho no olho. Já aconteceu de chegar uma mensagem após a consulta com uma pergunta que a paciente não teve coragem de fazer na hora. Algumas pessoas escrevem melhor do que falam", afirma o ginecologista Rogério Guimarães.
O médico começou a utilizar o correio eletrônico como meio de comunicação com seus pacientes recentemente. "Era um projeto antigo. Pode funcionar para a situação em que vivemos hoje em São Paulo, com problemas de horários e trânsito. Tenho um volume muito grande de telefonemas aos quais tenho que responder todos os dias e quero transferir isso para o e-mail", diz Guimarães.
De acordo com ele, essa nova ferramenta também pode servir para complementar ou relembrar alguma informação abordada no consultório. "Por exemplo, uma paciente que tem uma infecção grave e precisa tomar antibiótico. A concentração dela vai ficar no antibiótico. Explico que ela também pode usar um sabonete íntimo especial e fazer uma dieta. Há grande chance de ela se lembrar do antibiótico, mas se esquecer do sabonete e da dieta", diz o médico.
O ginecologista cita uma pesquisa publicada no "Journal of the Royal Society of Medicine", em 2003, apontando que de 40% a 80% dos pacientes tendem a esquecer o que lhes é dito na consulta assim que saem da sala do médico. "Às vezes, uma comunicação posterior pode facilitar", afirma o médico, que já passou por situação semelhante. "Tive que ir a um ortopedista por conta de uma doença no calcanhar. Ele pediu ressonância magnética e indicou também sessões de acupuntura e aplicações de gelo. Mas eu só lembrei de fazer a ressonância", afirma.
Cliente de Guimarães, a representante comercial Ana Maria Barranco, 42, conta que ele se tornou uma espécie de "confidente on-line". "Quando sinto qualquer coisa ou quando leio uma reportagem de saúde e fico com dúvidas, escrevo para ele." Ana diz que gosta da idéia de ter acesso ao profissional de saúde pela internet. "A vida é muito corrida. Não compensa você gastar uma hora de consulta para tirar uma dúvida pequena. Temos que usar a tecnologia a nosso favor."
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Contato via internet por ajudar a "quebrar o gelo"
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FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S. Paulo
Em alguns casos, o contato via internet pode ajudar a quebrar o gelo em relação a algum tema delicado. "Muitas vezes, a pessoa não se sente à vontade para perguntar algumas coisas olho no olho. Já aconteceu de chegar uma mensagem após a consulta com uma pergunta que a paciente não teve coragem de fazer na hora. Algumas pessoas escrevem melhor do que falam", afirma o ginecologista Rogério Guimarães.
O médico começou a utilizar o correio eletrônico como meio de comunicação com seus pacientes recentemente. "Era um projeto antigo. Pode funcionar para a situação em que vivemos hoje em São Paulo, com problemas de horários e trânsito. Tenho um volume muito grande de telefonemas aos quais tenho que responder todos os dias e quero transferir isso para o e-mail", diz Guimarães.
De acordo com ele, essa nova ferramenta também pode servir para complementar ou relembrar alguma informação abordada no consultório. "Por exemplo, uma paciente que tem uma infecção grave e precisa tomar antibiótico. A concentração dela vai ficar no antibiótico. Explico que ela também pode usar um sabonete íntimo especial e fazer uma dieta. Há grande chance de ela se lembrar do antibiótico, mas se esquecer do sabonete e da dieta", diz o médico.
O ginecologista cita uma pesquisa publicada no "Journal of the Royal Society of Medicine", em 2003, apontando que de 40% a 80% dos pacientes tendem a esquecer o que lhes é dito na consulta assim que saem da sala do médico. "Às vezes, uma comunicação posterior pode facilitar", afirma o médico, que já passou por situação semelhante. "Tive que ir a um ortopedista por conta de uma doença no calcanhar. Ele pediu ressonância magnética e indicou também sessões de acupuntura e aplicações de gelo. Mas eu só lembrei de fazer a ressonância", afirma.
Cliente de Guimarães, a representante comercial Ana Maria Barranco, 42, conta que ele se tornou uma espécie de "confidente on-line". "Quando sinto qualquer coisa ou quando leio uma reportagem de saúde e fico com dúvidas, escrevo para ele." Ana diz que gosta da idéia de ter acesso ao profissional de saúde pela internet. "A vida é muito corrida. Não compensa você gastar uma hora de consulta para tirar uma dúvida pequena. Temos que usar a tecnologia a nosso favor."
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