Publicidade
Publicidade
14/07/2005
-
10h40
ANA PAULA DE OLIVEIRA
FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S. Paulo
Todos os profissionais de saúde que usam a internet para se comunicar com pacientes ressaltam: o contato virtual não substitui, de forma nenhuma, uma consulta médica. "Há sempre a necessidade de examinar o paciente", afirma Eduardo Bueno.
A advogada Tatiana Affini Dicenzo, 26, que conversa com sua nutricionista por e-mail mesmo tendo consulta com ela a cada 15 dias, concorda. "O fato de conversarmos pela internet nunca me impediu de marcar as consultas regularmente. O contato por e-mail não invalida o pessoal", diz. No seu caso, o correio eletrônico é útil para combinar detalhes da dieta da semana ou para tirar dúvidas.
Eduardo Bueno lembra também que o médico que decide montar um canal de comunicação em seu site tem que reservar um tempo para responder aos e-mails com agilidade. "Tem gente que olha a internet como se fosse caixa de correio onde se pode deixar um monte de mensagens se acumulando. O ideal é dar uma resposta bem rápida", diz.
De acordo com Ricon Jr., o profissional que usa a rede deve tomar muito cuidado com a questão ética. "A consulta via internet não é muito bem regulamentada. Respondo às perguntas que posso e, quando há algo que não convém ser respondido devido aos bloqueios do Conselho Federal de Medicina, sou franco e explico que não é permitido", diz.
De fato, o conselho não deixa claro os limites do médico. "Deve-se usar o mesmo bom senso de uma comunicação feita por telefone", diz o cardiologista Roberto d'Avila, conselheiro e corregedor do CFM.
Ricon Jr. lembra também que é preciso tomar cuidado com a segurança da rede, já que não há como ter certeza de que o sigilo das mensagens é mantido. "Os pacientes dizem ao médico coisas íntimas, que, às vezes, nem o marido nem a mulher sabem. Nada que é sigiloso eu coloco na internet. Por ser uma área aberta, pode haver alguém acompanhando a troca de mensagens", alerta.
Fernanda Inácio diz que muitas vezes os pacientes querem expor um problema que não pode ser solucionado por e-mail. "Tem paciente que escreve que o marido teve uma distensão no futebol e me pergunta o que fazer. Nesse caso, não dá, tenho que ver pessoalmente. Tem coisa que é impossível de ser diagnosticada por e-mail."
Leia mais
Médicos apostam em comunicação eletrônica para facilitar tratamento
Contato via internet por ajudar a "quebrar o gelo"
EUA testam sistema em que paciente fala de sua casa com médico
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o uso do internet na medicina
Contato virtual não substitui consulta médica
Publicidade
FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S. Paulo
Todos os profissionais de saúde que usam a internet para se comunicar com pacientes ressaltam: o contato virtual não substitui, de forma nenhuma, uma consulta médica. "Há sempre a necessidade de examinar o paciente", afirma Eduardo Bueno.
A advogada Tatiana Affini Dicenzo, 26, que conversa com sua nutricionista por e-mail mesmo tendo consulta com ela a cada 15 dias, concorda. "O fato de conversarmos pela internet nunca me impediu de marcar as consultas regularmente. O contato por e-mail não invalida o pessoal", diz. No seu caso, o correio eletrônico é útil para combinar detalhes da dieta da semana ou para tirar dúvidas.
Eduardo Bueno lembra também que o médico que decide montar um canal de comunicação em seu site tem que reservar um tempo para responder aos e-mails com agilidade. "Tem gente que olha a internet como se fosse caixa de correio onde se pode deixar um monte de mensagens se acumulando. O ideal é dar uma resposta bem rápida", diz.
De acordo com Ricon Jr., o profissional que usa a rede deve tomar muito cuidado com a questão ética. "A consulta via internet não é muito bem regulamentada. Respondo às perguntas que posso e, quando há algo que não convém ser respondido devido aos bloqueios do Conselho Federal de Medicina, sou franco e explico que não é permitido", diz.
De fato, o conselho não deixa claro os limites do médico. "Deve-se usar o mesmo bom senso de uma comunicação feita por telefone", diz o cardiologista Roberto d'Avila, conselheiro e corregedor do CFM.
Ricon Jr. lembra também que é preciso tomar cuidado com a segurança da rede, já que não há como ter certeza de que o sigilo das mensagens é mantido. "Os pacientes dizem ao médico coisas íntimas, que, às vezes, nem o marido nem a mulher sabem. Nada que é sigiloso eu coloco na internet. Por ser uma área aberta, pode haver alguém acompanhando a troca de mensagens", alerta.
Fernanda Inácio diz que muitas vezes os pacientes querem expor um problema que não pode ser solucionado por e-mail. "Tem paciente que escreve que o marido teve uma distensão no futebol e me pergunta o que fazer. Nesse caso, não dá, tenho que ver pessoalmente. Tem coisa que é impossível de ser diagnosticada por e-mail."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sete coisas que talvez você não saiba sobre as estrias
- Campeões em insônia, idosos precisam de atividades para dormir melhor
- É possível perder 2 centímetros de gordura abdominal em 4 semanas?
- SOS Mau Hálito: dentistas usam até laser para tentar resolver o problema
- Descoberta nova forma de detecção precoce de câncer no pâncreas
+ Comentadas
- Método permite ler mente de pessoas 'presas' nos próprios corpos
- Meninas de 6 anos já não se acham inteligentes e desistem de atividades
+ EnviadasÍndice