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De acordo com a polícia, praticantes desse tipo de crime são jovens e muito perigosos


Sequestros
aterrorizam a cidade


Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
NO RIO A secretária Adriana Motta Lima Arcoverde foi assaltada na esquina das movimentadas ruas Tonelero e Figueiredo Magalhães, em Copacabana (zona sul do Rio de Janeiro). Dois homens encostaram um revólver no vidro de seu veículo: "Sempre fui corajosa, mas agora sinto medo"

free-lance para a Folha

Entre os vários tipos de violência no trânsito, uma espécie de crime tem
assustado mais os paulistanos que andam de carro: o sequestro-relâmpago. Apesar de o tempo em que a vítima fica em poder dos bandidos
ser de, em média, uma hora,
os ladrões que praticam esse crime são muito perigosos, de acordo com a polícia.

"Em geral, são bandidos
jovens, que estão começando no crime", afirma o delegado Manoel Camassa, 56, da Divecar (Divisão de Investigação sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas).

Segundo ele, quem pratica o sequestro-relâmpago não quer "sujar" o nome no mundo do crime e, por isso, faz de tudo para alcançar seu objetivo.

Os ladrões _em geral, são
três pessoas bem armadas e drogadas_ têm preferência por carros que chamam a atenção e pelos motoristas que ostentam riqueza, seja usando jóias e relógios, seja falando ao celular.

No carro preferido por eles, só está o motorista ou, no máximo, mais uma pessoa. O motorista que é sequestrado não acompanha os ladrões ao caixa eletrônico. Ele fica sob a mira de um bandido enquanto os outros vão sacar o dinheiro.

"Caixa eletrônico à noite é para atrair bandido", critica o delegado. Por isso só ande com cartões e cheques do banco se realmente for usá-los, recomenda a polícia.

Como a Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) determinou a limitação dos saques noturnos, os bandidos fazem vários sequestros em um mesmo dia. "Eles não admitem ter seu intento frustrado."

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não contabiliza as ocorrências de sequestros-relâmpago. Para as estatísticas, esse tipo de crime é considerado como roubo qualificado, mesma categoria de roubo a bancos. No entanto, o delegado Camassa garante que ele está controlado.

Dicas
"Os bandidos atacam onde a classe média está circulando", alerta Camassa. A abordagem é, normalmente, em semáforos ou locais onde os ladrões obrigam o motorista a reduzir a velocidade. Para isso, usam vários artifícios, como jogar pedras na rua.

O delegado da Divecar dá três dicas principais para evitar um sequestro-relâmpago. Em primeiro lugar, preste muita atenção se não há pessoas suspeitas quando for entrar no carro ou sair dele.

Também é aconselhável ficar o menor tempo possível parado em cruzamentos. Se o semáforo estiver vermelho, reduza a velocidade e demore para chegar até ele. "Namorar no carro é coisa do passado", diz Camassa, que recomenda ao motorista a não esperar por ninguém dentro do carro.

Bancos
Ao usar caixas eletrônicos, há também alguns cuidados que podem evitar surpresas desagradáveis. Evite usá-los em horários de pouco movimento, principalmente nos finais de semana.

Quando for sacar dinheiro à noite, leve pelo menos um adulto para esperar do lado de fora, como se estivesse na fila. Sua senha _que não deve ser uma combinação fácil de ser identificada, como datas de aniversários_ deve ser "anotada" apenas na sua memória.

É bom trocá-la periodicamente. Quando for usar o caixa eletrônico, encubra o teclado com o corpo. Assim, ninguém conseguirá ver sua senha. (JAA)


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