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Biotipo: O atleta do coração FERNANDO CAMINATI da Folha Online O atleta de maior resistência dentre todas as modalidades esportivas é, sem sombra de dúvida, o corredor de provas de fundo, como a maratona, e que corre, no caso da São Silvestre, os 15.000 m sem parar, em torno de 45min. Mais alto e mais leve do que um velocista, o fundista não precisa de muita reserva energética muscular em seu corpo, pois produz, ao longo da prova, o que consumirá durante o percurso, com a queima de glicose, glicogênio, gordura e proteína. É uma produção aeróbica (essas substâncias são queimadas com o comburente oxigênio, geram a energia que é repassada à proteína contrátil, responsável pelos movimentos). O velocista, ao contrário, não tem tempo para realizar esse processo, então produz energia sem oxigênio. O fundista produz cerca de 1.800 calorias por hora _18 vezes mais do que uma pessoa de 75 kg que não pratica esportes_ e chega a perder dois litros de água durante a prova. Ele atinge seu limite físico quando perde 5% de sua massa corpórea. Para realizar tamanha tarefa, o atleta precisa desenvolver um sistema de captação e distribuição de oxigênio (cardio-respiratório) muito eficiente. Portanto, o que mais distoa o fundista do indivíduo comum é seu coração. Sua função cardíaca (quantidade de sangue bombeado por minuto) é em torno de 40 litros por minuto _o dobro de uma pessoa normal. Mas seu ritmo cardíaco não é muito superior ao sedentário. Aliás, pode até ser mais baixo, já que a cada pulsação transporta mais sangue. Ou seja, o condicionamento físico faz com que o maratonista realize um esforço espetacular e mantenha níveis normais de batimento cardíaco.
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