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24/06/2006
-
11h03
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
SÉRGIO RANGEL
Enviados especiais da Folha de S.Paulo a Bergisch Gladbach
Dos reservas escalados contra o Japão, ele deve ser o único a permanecer no time contra Gana, pelas oitavas-de-final, na terça-feira. E o quadrado mágico, Ronaldo e os fãs de comparações históricas agradecem.
Robinho, 22, mudou a cara do Brasil e segue mais uma vez os passos de alguém bem mais famoso. Como Pelé, que o elogiou quando ainda era um menino franzino no mesmo Santos que ambos defenderam, ele entrou no terceiro jogo de uma Copa do Mundo, como o caçula do elenco, para despertar uma claudicante seleção brasileira.
Pelé, ao lado de Garrincha, foi reserva na vitória contra a Áustria e no empate com a Inglaterra na Suécia, em 1958.
Como acontece com Carlos Alberto Parreira no caso de Robinho, Vicente Feola foi pressionado para escalar o garoto de 17 anos, que havia ido bem nos jogos preparatórios, contra a União Soviética, no fechamento da fase inicial. E o Brasil partiu retumbante para seu primeiro título mundial.
Pelé jogou e fez os companheiros jogarem. O centroavante Vavá, que havia passado em branco sem a companhia ilustre, marcou duas vezes contra os soviéticos --acabou como o vice-artilheiro brasileiro na competição, atrás do próprio Pelé. O meia Didi também começou a aparecer mais.
Agora, a história se repete. Foi só com Robinho ao seu lado que Ronaldo desencantou --fez dois contra os japoneses e se igualou a Gerd Müller como o maior artilheiro das Copas.
Eles, aliás, mostram proximidade também fora do campo. Ontem, passaram o dia juntos, com suas respectivas namoradas --foram deixados por elas no Castelo Lerbach, a concentração da seleção brasileira nos arredores de Colônia.
Com Robinho, o time bateu o recorde de dribles e passes de uma seleção na Copa da Alemanha, isso com o Brasil fazendo apenas seis faltas contra o Japão, a menor marca do torneio.
O jogador do Real Madrid, clube em que ainda não conseguiu se firmar como titular, foi elogiado pelos companheiros, inclusive Kaká, o líder do grupo que pedia mais movimentação ao ataque, quando ele foi formado por Ronaldo e Adriano, contra Croácia e Austrália.
E Parreira já tinha elementos suficientes para saber que o seu famoso quadrado mágico só funcionou bem quando Robinho fez parte dele.
Desde que adotou essa tática, a seleção fez 11 jogos com Robinho titular. Neles, a média de gols marcados ficou em 3,18 por jogo. Com o quadrado, mas com Robinho fora da formação inicial, a média foi de 2,62, número ainda inflado pelas vitórias de 8 a 0 diante do Lucerna e 4 a 0 contra a Nova Zelândia, amistosos na Suíça que serviram como preparatório para a Copa.
Apesar do favoritismo que ganhou para ficar na equipe titular depois da partida contra o Japão, Robinho, um dos raros reservas que, mesmo antes de o time entrar em crise técnica, pedia uma chance, agora é mais cauteloso. "É uma boa dor de cabeça para o Parreira. Se precisar, eu estarei à disposição."
Parreira sempre colocou Robinho, desde os inícios dos treinos na Suíça, no grupo de reservas que não merecem essa denominação por estarem prontos para entrar a qualquer hora.
Resta saber, caso vire titular, se ele terá a mesma vida longa de Pelé, com quem também guarda semelhanças físicas, para ficar no time principal do Brasil por mais de uma década.
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Parreira deve manter Robinho entre os titulares contra Gana
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PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
SÉRGIO RANGEL
Enviados especiais da Folha de S.Paulo a Bergisch Gladbach
Dos reservas escalados contra o Japão, ele deve ser o único a permanecer no time contra Gana, pelas oitavas-de-final, na terça-feira. E o quadrado mágico, Ronaldo e os fãs de comparações históricas agradecem.
Robinho, 22, mudou a cara do Brasil e segue mais uma vez os passos de alguém bem mais famoso. Como Pelé, que o elogiou quando ainda era um menino franzino no mesmo Santos que ambos defenderam, ele entrou no terceiro jogo de uma Copa do Mundo, como o caçula do elenco, para despertar uma claudicante seleção brasileira.
Pelé, ao lado de Garrincha, foi reserva na vitória contra a Áustria e no empate com a Inglaterra na Suécia, em 1958.
Como acontece com Carlos Alberto Parreira no caso de Robinho, Vicente Feola foi pressionado para escalar o garoto de 17 anos, que havia ido bem nos jogos preparatórios, contra a União Soviética, no fechamento da fase inicial. E o Brasil partiu retumbante para seu primeiro título mundial.
Pelé jogou e fez os companheiros jogarem. O centroavante Vavá, que havia passado em branco sem a companhia ilustre, marcou duas vezes contra os soviéticos --acabou como o vice-artilheiro brasileiro na competição, atrás do próprio Pelé. O meia Didi também começou a aparecer mais.
Agora, a história se repete. Foi só com Robinho ao seu lado que Ronaldo desencantou --fez dois contra os japoneses e se igualou a Gerd Müller como o maior artilheiro das Copas.
Eles, aliás, mostram proximidade também fora do campo. Ontem, passaram o dia juntos, com suas respectivas namoradas --foram deixados por elas no Castelo Lerbach, a concentração da seleção brasileira nos arredores de Colônia.
Com Robinho, o time bateu o recorde de dribles e passes de uma seleção na Copa da Alemanha, isso com o Brasil fazendo apenas seis faltas contra o Japão, a menor marca do torneio.
O jogador do Real Madrid, clube em que ainda não conseguiu se firmar como titular, foi elogiado pelos companheiros, inclusive Kaká, o líder do grupo que pedia mais movimentação ao ataque, quando ele foi formado por Ronaldo e Adriano, contra Croácia e Austrália.
E Parreira já tinha elementos suficientes para saber que o seu famoso quadrado mágico só funcionou bem quando Robinho fez parte dele.
Desde que adotou essa tática, a seleção fez 11 jogos com Robinho titular. Neles, a média de gols marcados ficou em 3,18 por jogo. Com o quadrado, mas com Robinho fora da formação inicial, a média foi de 2,62, número ainda inflado pelas vitórias de 8 a 0 diante do Lucerna e 4 a 0 contra a Nova Zelândia, amistosos na Suíça que serviram como preparatório para a Copa.
Apesar do favoritismo que ganhou para ficar na equipe titular depois da partida contra o Japão, Robinho, um dos raros reservas que, mesmo antes de o time entrar em crise técnica, pedia uma chance, agora é mais cauteloso. "É uma boa dor de cabeça para o Parreira. Se precisar, eu estarei à disposição."
Parreira sempre colocou Robinho, desde os inícios dos treinos na Suíça, no grupo de reservas que não merecem essa denominação por estarem prontos para entrar a qualquer hora.
Resta saber, caso vire titular, se ele terá a mesma vida longa de Pelé, com quem também guarda semelhanças físicas, para ficar no time principal do Brasil por mais de uma década.
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