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01/07/2006
-
12h47
da Folha de S.Paulo
Uma centena de colonos alemães de um enclave no sul do Chile tiveram, pela primeira vez em 40 anos, a oportunidade de assistir a um jogo de futebol.
Governados com mão de ferro --e mantidos distantes das notícias e imagens do resto do mundo-- por cerca de 40 anos, os habitantes da chamada "Colônia Dignidade" viram, nesta sexta-feira, o jogo em que seu país natal derrotou a Argentina nos pênaltis e se classificou para as semifinais da Copa do Mundo.
Os moradores se reuniram num amplo salão e ficaram estupefatos diante da TV, decorada com bandeiras da Alemanha.
"Assistimos a tudo com muito entusiasmo, apesar de que aqui nunca jogamos futebol. Parece que nosso líder não gostava, apesar de ele ter visto um jogo entre Alemanha e Holanda em 1974", afirmou Daniel Gert, 71, um dos mais antigos habitantes do enclave.
O líder, Paul Schaefer, 84, foi preso no ano passado, na Argentina, o que tornou a fortaleza localizada a cerca de 350 quilômetros de Santiago expugnável para a Justiça do país --que desde a queda da ditadura de Pinochet, em 1990, tentava libertar seus moradores.
Schaefer foi condenado em primeira instância por abusos sexuais a 25 jovens que visitaram a fazenda alemã no interior de Parral, região centro-sul do Chile. Além disso, é investigado por supostas ligações com o próprio general Pinochet.
A história lembra, em muito, o filme "A Vila", dirigido pelo cineasta indiano M. Night Shyamalan. Na ficção, patriarcas americanos decidem manter suas famílias como se vivessem no século retrasado.
"Esta foi a primeira vez que vimos uma Copa do Mundo, um jogo de futebol. Acho que tem pouca gente aqui que entende o jogo. Eu mesmo só fiquei sabendo na semana passada o que era a posição de impedimento", contou Wolfgang Müller, 56.
O empate após 120 minutos de jogo fez com que vários dos colonos tivessem de receber novas instruções sobre o que aconteceria depois. "Fiquei emocionado, pensei que a Argentina iria ganhar", disse Müller.
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Governados com mão de ferro --e mantidos distantes das notícias e imagens do resto do mundo-- por cerca de 40 anos, os habitantes da chamada "Colônia Dignidade" viram, nesta sexta-feira, o jogo em que seu país natal derrotou a Argentina nos pênaltis e se classificou para as semifinais da Copa do Mundo.
Os moradores se reuniram num amplo salão e ficaram estupefatos diante da TV, decorada com bandeiras da Alemanha.
"Assistimos a tudo com muito entusiasmo, apesar de que aqui nunca jogamos futebol. Parece que nosso líder não gostava, apesar de ele ter visto um jogo entre Alemanha e Holanda em 1974", afirmou Daniel Gert, 71, um dos mais antigos habitantes do enclave.
O líder, Paul Schaefer, 84, foi preso no ano passado, na Argentina, o que tornou a fortaleza localizada a cerca de 350 quilômetros de Santiago expugnável para a Justiça do país --que desde a queda da ditadura de Pinochet, em 1990, tentava libertar seus moradores.
Schaefer foi condenado em primeira instância por abusos sexuais a 25 jovens que visitaram a fazenda alemã no interior de Parral, região centro-sul do Chile. Além disso, é investigado por supostas ligações com o próprio general Pinochet.
A história lembra, em muito, o filme "A Vila", dirigido pelo cineasta indiano M. Night Shyamalan. Na ficção, patriarcas americanos decidem manter suas famílias como se vivessem no século retrasado.
"Esta foi a primeira vez que vimos uma Copa do Mundo, um jogo de futebol. Acho que tem pouca gente aqui que entende o jogo. Eu mesmo só fiquei sabendo na semana passada o que era a posição de impedimento", contou Wolfgang Müller, 56.
O empate após 120 minutos de jogo fez com que vários dos colonos tivessem de receber novas instruções sobre o que aconteceria depois. "Fiquei emocionado, pensei que a Argentina iria ganhar", disse Müller.
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