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30/12/2002 - 00h04

Pela primeira vez na história, São Silvestre não terá nenhum campeão

EDUARDO OHATA e
GUILHERME ROSEGUINI
da Folha de S.Paulo

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, pelo menos, a prova masculina da corrida de São Silvestre, que será disputada na terça-feira, não contará com nenhum dos campeões de suas edições anteriores.

Nas duas últimas décadas, a competição sempre teve na disputa pelo menos um fundista que já a tinha vencido, conforme levantamento realizado pela reportagem.

A largada da corrida masculina será às 17h. A prova feminina, que terá a vencedora do ano passado, Maria Zeferina Baldaia, que confirmou participação na última sexta-feira, acontece mais cedo, tem início previsto para às 15h15.

A ausência do mineiro Ronaldo da Costa, que venceu a prova em 1994 e era o único campeão com participação prevista neste ano, foi comunicada na tarde de sábado à organização da competição por meio de um fax enviado por seu técnico, Carlos Alberto Cavaleiro.

Ronaldo foi dono, pelo período de um ano, da melhor marca mundial da maratona (42,195 km), obtida em Berlim (Alemanha), em 1988, com 2h06min05s.

"Ronaldo decidiu permanecer em Taipa [na Colômbia], onde já está há dois meses se preparando para a maratona de Tóquio, que acontece no início do mês de fevereiro", explicou Cavalheiro. "Infelizmente, no Brasil não existem cidades acima dos 2.000 metros."

Já haviam anunciado que não correriam o campeão do ano passado, o etíope Tesfaye Jifar, conforme a Folha de S.Paulo antecipou, e o brasileiro Emerson Iser Bem, campeão da São Silvestre de 1997.

Jifar alegou que uma úlcera, já sob controle, teria atrasado seu programa de treinos, impossibilitando o seu retorno ao Brasil.

"Esperamos voltar em uma outra oportunidade", afirmou o manager de Jifar, Michel van Sluijs.

Iser Bem sofreu uma lesão no tendão-de-aquiles durante a corrida de São Silveira, em Barueri, no último dia 15. Logo a seguir, o treinador Ricardo D'Angelo disse que não haveria tempo hábil para que o fundista se recuperasse.

O pentacampeão Paul Tergat, do Quênia, a exemplo de Ronaldo, prefere priorizar os treinos para a disputa de maratonas.

A notícia de que nenhum ex-campeão correria a prova gerou reações contrastantes entre os atletas que disputarão a corrida.

"É um adversário a menos, mas um desfalque na prova, que perde bastante. Quanto maior o número de atletas de nível que competirem na corrida, mais valorizado será nosso resultado", diz Vanderlei Cordeiro de Lima, 33, vencedor da maratona internacional de São Paulo deste ano.

"Isso não muda nada. Os [atletas] que vieram para correr estão credenciados a ganhar", diz Marílson dos Santos, brasileiro mais bem colocado na última São Silvestre, com a quarta posição.

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