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04/08/2004
-
11h00
FÁBIO FLEURY
da Folha Online
Único jogador de vôlei do mundo a conquistar os títulos mundiais em todas as categorias, o ponta Nalbert, capitão brasileiro no Mundial da Argentina-2002, deve começar a disputa dos Jogos Olímpicos de Atenas como reserva, já que ainda se recupera de uma contusão. No entanto a influência e a liderança do jogador no grupo continuam sendo exercidas até mesmo quando nem no banco ele está relacionado.
Prova maior disso aconteceu na conquista da Liga Mundial, há duas semanas. Mesmo sem condições de jogar devido à cirurgia no ombro, Nalbert foi mantido no grupo pelo técnico Bernardinho. Após a vitória sobre a Itália, na final, em Roma, o 'capitão' foi homenageado pelos companheiros e, no pódio, recebeu a taça de campeõa, simbolizando o caminho trilhado pela equipe.
"Foi uma coisa totalmente inesperada, não tínhamos programado nada. Eu estava ali, torcendo e feliz, quando o Giba veio e me puxou para a quadra", lembra o jogador, que foi levado ao pódio por Giovane (capitão na sua ausência) e Ricardinho. "Foi uma das maiores emoções da minha vida, me senti um pouco campeão também."
Também considerado referência de liderança na equipe, Giovane reconheceu a importância do companheiro. "Ele só não foi o capitão por uma eventualidade, porque se machucou, mas esteve com a gente o tempo todo e nos deu muita força, como sempre faz dentro da quadra. Ele é o nosso exemplo de dedicação, traz muito empenho para o time, o tempo todo", afirmou o jogador, campeão olímpico pela seleção em Barcelona-92 --o único outro remanescente é o levantador Maurício.
Em março deste ano, Nalbert passou por uma cirurgia para recuperar o ligamento do ombro esquerdo, rompido durante uma partida de seu ex-clube, o Macerata, na Itália. O jogador voltou aos treinos dentro do prazo estipulado pelos médicos e sabe que suas condições físicas ainda não são ideais, mas espera compensar com uma de suas principais características em quadra, a garra.
"Ainda sinto um pouco de dor quando faço alguns movimentos, mas já posso treinar normalmente. Vai ser difícil chegar 100% porque vai faltar um pouco de ritmo de jogo, mas vou tentar compensar na garra e na vontade", revelou o atleta, que aceita a condição de reserva.
"Esse time foi campeão invicto na Liga Mundial, com o Dante [seu reserva] jogando muito bem, então é justo que ele continue. Vou ralar do lado de fora para merecer essa vaga de volta", afirmou Nalbert. "Para mim, é motivo de muito orgulho ser capitão desse time. Posso até começar de fora, mas não vou deixar de me esforçar", disse o jogador, único na história a vencer os mundiais infanto-juvenil, juvenil e principal.
Homem de confiança de Bernardinho, o jogador também agradeceu ao técnico por seu prestígio na equipe. "O Bernardo é o melhor técnico que eu já tive. Para mim, é um dos maiores de todos os tempos. A gente tem uma relação muito aberta, porque pensamos de maneira muito parecida. A diferença é que eu consigo me desligar um pouco do vôlei quando necessário e ele é um obstinado, pensa nisso o tempo todo, tem um ritmo difícil de acompanhar", elogiou.
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Único jogador de vôlei do mundo a conquistar os títulos mundiais em todas as categorias, o ponta Nalbert, capitão brasileiro no Mundial da Argentina-2002, deve começar a disputa dos Jogos Olímpicos de Atenas como reserva, já que ainda se recupera de uma contusão. No entanto a influência e a liderança do jogador no grupo continuam sendo exercidas até mesmo quando nem no banco ele está relacionado.
Sergio Lima/F. Imagem |
Nalbert beija a taça de campeão mundial |
"Foi uma coisa totalmente inesperada, não tínhamos programado nada. Eu estava ali, torcendo e feliz, quando o Giba veio e me puxou para a quadra", lembra o jogador, que foi levado ao pódio por Giovane (capitão na sua ausência) e Ricardinho. "Foi uma das maiores emoções da minha vida, me senti um pouco campeão também."
Também considerado referência de liderança na equipe, Giovane reconheceu a importância do companheiro. "Ele só não foi o capitão por uma eventualidade, porque se machucou, mas esteve com a gente o tempo todo e nos deu muita força, como sempre faz dentro da quadra. Ele é o nosso exemplo de dedicação, traz muito empenho para o time, o tempo todo", afirmou o jogador, campeão olímpico pela seleção em Barcelona-92 --o único outro remanescente é o levantador Maurício.
Em março deste ano, Nalbert passou por uma cirurgia para recuperar o ligamento do ombro esquerdo, rompido durante uma partida de seu ex-clube, o Macerata, na Itália. O jogador voltou aos treinos dentro do prazo estipulado pelos médicos e sabe que suas condições físicas ainda não são ideais, mas espera compensar com uma de suas principais características em quadra, a garra.
"Ainda sinto um pouco de dor quando faço alguns movimentos, mas já posso treinar normalmente. Vai ser difícil chegar 100% porque vai faltar um pouco de ritmo de jogo, mas vou tentar compensar na garra e na vontade", revelou o atleta, que aceita a condição de reserva.
"Esse time foi campeão invicto na Liga Mundial, com o Dante [seu reserva] jogando muito bem, então é justo que ele continue. Vou ralar do lado de fora para merecer essa vaga de volta", afirmou Nalbert. "Para mim, é motivo de muito orgulho ser capitão desse time. Posso até começar de fora, mas não vou deixar de me esforçar", disse o jogador, único na história a vencer os mundiais infanto-juvenil, juvenil e principal.
Homem de confiança de Bernardinho, o jogador também agradeceu ao técnico por seu prestígio na equipe. "O Bernardo é o melhor técnico que eu já tive. Para mim, é um dos maiores de todos os tempos. A gente tem uma relação muito aberta, porque pensamos de maneira muito parecida. A diferença é que eu consigo me desligar um pouco do vôlei quando necessário e ele é um obstinado, pensa nisso o tempo todo, tem um ritmo difícil de acompanhar", elogiou.
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