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20/01/2005 - 10h32

Bilardo recua e nega trapaça em jogo contra o Brasil na Copa-90

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da Folha Online

Depois de insinuar uma suposta trapaça no jogo entre Brasil e Argentina, em 24 de junho de 1990, no estádio Delle Alpi, em Turim, nas oitavas-de-final da Copa do Mundo da Itália, o ex-técnico da seleção argentina Carlos Bilardo recuou e afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, desconhecer que alguém tenha colocado tranqüilizantes em uma garrafa de água dada aos brasileiros na partida vencida pela equipe argentina por 1 a 0.

Divulgação
O ex-técnico da seleção argentina, Carlos Bilardo
Carlos Bilardo, ex-técnico da Argentina
"Sei que a coisa ficou feia no Brasil, mas continuo coerente com o que disse em 90. O que eu disse na revista é que eu não sei nada". "Sobre os pedidos de punição, o ex-técnico da Argentina declarou: "Concordo que qualquer crime tem que ser punido, mas eu não disse nada, eu não fiz nada".

A polêmica veio à tona nesta semana após uma entrevista de Bilardo à revista argentina "Veintitrés". Questionado se teria ordenado distribuir tranqüilizantes em uma garrafa de água aos brasileiros no Mundial da Itália, ele foi irônico e não negou, mas também não confirmou a "trapaça".

"Não sei, não sei. Não digo que não tenha acontecido", disse Bilardo na entrevista cujo título é (Casi) Confieso que he trampeado --(Quase)Confesso que trapaceei--. A declaração do treinador irritou a CBF, que vai encaminhar na segunda-feira um dossiê aos dirigentes da Fifa sobre o suposto artifício.

"Este é um fato de extrema gravidade. Vamos enviar um dossiê na próxima semana com todas as reportagens sobre o fato e pedir providências enérgicas aos dirigentes da Fifa, caso tudo seja confirmado", disse o secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, à Folha de S.Paulo.

Na época, o lateral Branco declarou que começou a se sentir mal após beber a água oferecida pelo massagista argentino, Miguel di Lorenzo. No entanto o massagista, que supostamente teria dado água com tranqüilizante a Branco, negou o incidente à Folha de S.Paulo.

"Não sei do que se trata. Não aconteceu isso, não dei nenhuma garrafa de água ao Branco", afirmou Galíndez, como é conhecido no país, que está em Mar del Plata com a delegação de seu clube, o San Lorenzo.

"Que entrevista foi essa?", indagou o massagista. Ao ser informado que Maradona havia contado o caso e que Carlos Bilardo deixara no ar a hipótese do tranqüilizante, foi enfático.

"Mentira, mentira", disse. "O responsável era eu, e não tinha nada. O Giusti tomou a água, vinha outro e tomava, e mais um e tomava a mesma água. É o que tenho a dizer."

Publicação

Especializada em política e atualidades, a revista semanal "Veintitrés" vende pouco mais de 30 mil exemplares por edição e é a segunda maior publicação do gênero do país. Fundada em 1998, circula em todo território argentino e em parte do Uruguai.

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