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26/01/2003
-
15h33
enviado especial a Tiradentes (MG)
Convidada da 6a Mostra de Cinema de Tiradentes, a atriz e cantora carioca Vanja Orico, 69, fez uma participação especial, aos 16 anos, no primeiro filme do cineasta italiano Federico Fellini, "Mulheres e Luzes" (1950), co-dirigido por Alberto Lattuada.
Vanja aparece no filme como uma cantora cigana brasileira, chamada Moema, tocando violão e cantando "Meu Limão, Meu Limoeiro", música do folclore brasileiro de domínio público.
Filha do diplomata e escritor paraense Oswaldo Orico, a atriz estudava, na época, em um colégio de freiras em Roma, enquanto seus pais moravam na Bélgica.
"Fui ver as filmagens com umas colegas, onde conheci os dois diretores. O Fellini disse que eu parecia uma cigana e perguntou se eu gostaria de participar do filme", lembra.
A sugestão da canção foi de Vanja, que a cantou para Fellini antes das filmagens, "que ficou encantado". "Sou muito grata por ele ter deixado eu colocar uma música brasileira."
Vanja também aparece, depois, dançando flamenco, como integrante de uma companhia de teatro. "Eu me sinto muito orgulhosa de ser a única atriz brasileira que já trabalhou com Fellini e de Ter feito o primeiro filme dele."
Durante os dois dias de filmagem, Vanja lembra do diretor como "uma pessoa calma".
O filme é protagonizado por Peppino de Filippo, Giulietta Masina (mulher de Fellini) e Carla del Poggio (mulher de Lattuada) e conta a história de atores mambembes que percorrem a Itália no início dos anos 50.
Será exibido hoje, às 19h30, em DVD, no Cine-Teatro do Centro Cultural Yves Alves, em uma cópia restaurada, dentro da programação dedicada ao cineasta italiano.
Carreira
Vanja Orico trabalhou também em filmes brasileiros, como o premiado "O Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto, "Lampião, O Rei do Cangaço" (1963), de Carlos Coimbra, em que interpreta Maria Bonita, e "A Terceira Margem do Rio", de Nelson Pereira dos Santos.
Vanja também trabalhou em várias produções internacionais, como o filme francês "Paris Musical" (com Charles Aznavour), o italiano "Yals" e "SOS Noronha", com Jean Marais.
Nos anos 70, ela dirigiu o documentário "O Segredo da Rosa", sobre crianças envolvidas com tráfico. Ela também é autora do conto "Ele, o Boto".
Como cantora, Vanja gravou vários discos, inclusive na Itália e na Rússia.
Novos projetos
Atualmente, a atriz e cantora está gravando um CD, ainda sem nome, a ser lançado pelo selo do MEC, com canções como "Flor do Cangaço" (inédita de Zé do Norte), "Salve Amazônia" (de Cesar Caetano) e "Coplas" (de sua autoria).
Vanja tem também um projeto de um filme, ainda embrionário, que será dirigido por seu filho Adolfo Rosenthal, que trabalhou na TV Manchete e hoje está em uma produtora independente.
O jornalista Augusto Pinheiro viajou a convite da Mostra de Cinema de Tiradentes
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AUGUSTO PINHEIROenviado especial a Tiradentes (MG)
Convidada da 6a Mostra de Cinema de Tiradentes, a atriz e cantora carioca Vanja Orico, 69, fez uma participação especial, aos 16 anos, no primeiro filme do cineasta italiano Federico Fellini, "Mulheres e Luzes" (1950), co-dirigido por Alberto Lattuada.
Divulgação A atriz e cantora Vanja Orico, na mostra de Tiradentes |
Vanja aparece no filme como uma cantora cigana brasileira, chamada Moema, tocando violão e cantando "Meu Limão, Meu Limoeiro", música do folclore brasileiro de domínio público.
Filha do diplomata e escritor paraense Oswaldo Orico, a atriz estudava, na época, em um colégio de freiras em Roma, enquanto seus pais moravam na Bélgica.
"Fui ver as filmagens com umas colegas, onde conheci os dois diretores. O Fellini disse que eu parecia uma cigana e perguntou se eu gostaria de participar do filme", lembra.
A sugestão da canção foi de Vanja, que a cantou para Fellini antes das filmagens, "que ficou encantado". "Sou muito grata por ele ter deixado eu colocar uma música brasileira."
Vanja também aparece, depois, dançando flamenco, como integrante de uma companhia de teatro. "Eu me sinto muito orgulhosa de ser a única atriz brasileira que já trabalhou com Fellini e de Ter feito o primeiro filme dele."
Durante os dois dias de filmagem, Vanja lembra do diretor como "uma pessoa calma".
O filme é protagonizado por Peppino de Filippo, Giulietta Masina (mulher de Fellini) e Carla del Poggio (mulher de Lattuada) e conta a história de atores mambembes que percorrem a Itália no início dos anos 50.
Será exibido hoje, às 19h30, em DVD, no Cine-Teatro do Centro Cultural Yves Alves, em uma cópia restaurada, dentro da programação dedicada ao cineasta italiano.
Carreira
Vanja Orico trabalhou também em filmes brasileiros, como o premiado "O Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto, "Lampião, O Rei do Cangaço" (1963), de Carlos Coimbra, em que interpreta Maria Bonita, e "A Terceira Margem do Rio", de Nelson Pereira dos Santos.
Vanja também trabalhou em várias produções internacionais, como o filme francês "Paris Musical" (com Charles Aznavour), o italiano "Yals" e "SOS Noronha", com Jean Marais.
Nos anos 70, ela dirigiu o documentário "O Segredo da Rosa", sobre crianças envolvidas com tráfico. Ela também é autora do conto "Ele, o Boto".
Como cantora, Vanja gravou vários discos, inclusive na Itália e na Rússia.
Novos projetos
Atualmente, a atriz e cantora está gravando um CD, ainda sem nome, a ser lançado pelo selo do MEC, com canções como "Flor do Cangaço" (inédita de Zé do Norte), "Salve Amazônia" (de Cesar Caetano) e "Coplas" (de sua autoria).
Vanja tem também um projeto de um filme, ainda embrionário, que será dirigido por seu filho Adolfo Rosenthal, que trabalhou na TV Manchete e hoje está em uma produtora independente.
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