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14/02/2004
-
15h52
da France Presse, em Berlim
O aclamado filme "Gegen die Wand", do diretor turco-alemão Fatih Akin, que ganhou neste sábado o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim, é um novo marco do renascimento do cinema alemão.
Pela primeira vez desde 1986, um filme alemão obtém o prêmio máximo da Berlinale. Naquele ano, o vitorioso foi "Stammheim", de Reinhard Hauff.
Ovacionado e muito elogiado por público e crítica do festival, "Gegen die Wand" encontrou o tom certo para expor entre risos e lágrimas o conflito vivido pelos turcos da segunda geração na Alemanha.
Sibel, uma jovem de 20 anos, deseja se casar para fugir do lar religioso e conservador e encontra Cahit, um alcoólatra e viciado de 40 anos.
Este é um filme alemão ou turco?, perguntaram os críticos. "Somos alemães, queiram ou não", respondeu o diretor em entrevista coletiva, após a estréia mundial do filme.
"Dez anos atrás, o cinema alemão se reduzia a comédias. Mas desde então, explode em todas as direções", disse Alfred Holighaus, diretor da seção Perspectiva do Cinema Alemão do Festival de Berlim.
Segundo o diretor do festival, Dieter Kosslick, "o cinema alemão nunca tinha se saído tão bem".
A participação no mercado das produções cinematográficas alemãs superou a barreira dos 10% em 1998 e chegou a 17,5% no ano passado (com 23,5 milhões de ingressos vendidos), após obter 11,9% em 2002 e um recorde de 18,4% em 2001.
Entre os grandes sucessos de 2003 estão, sobretudo, "Adeus, Lênin!", de Wolfgang Becker (prêmio Anjo Azul de melhor filme europeu na 53ª edição do Festival de Berlim), uma comédia com tintas dramáticas tendo como pano de fundo a queda do Muro de Berlim, que atraiu 6,5 milhões de espectadores na Alemanha; e "O Milagre de Berna", de Soenke Wortmann, um melodrama sobre a vitória da Alemanha no Campeonato Mundial de Futebol de 1954 (3,3 milhões de ingressos vendidos).
No exterior, os filmes alemães também encontraram um "ambiente positivo", segundo Kosslick. "Adeus, Lênin!", ultrapassou a cifra de um milhão de espectadores na França e na Grã-Bretanha. No ano passado, a diretora Caroline Link faturou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por "Lugar Nenhum na África" e a atriz Katja Riemann foi premiada com a Copa Volpi de Veneza por seu papel no filme "Rosenstrasse", de Margarethe von Trotta.
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O aclamado filme "Gegen die Wand", do diretor turco-alemão Fatih Akin, que ganhou neste sábado o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim, é um novo marco do renascimento do cinema alemão.
Pela primeira vez desde 1986, um filme alemão obtém o prêmio máximo da Berlinale. Naquele ano, o vitorioso foi "Stammheim", de Reinhard Hauff.
Ovacionado e muito elogiado por público e crítica do festival, "Gegen die Wand" encontrou o tom certo para expor entre risos e lágrimas o conflito vivido pelos turcos da segunda geração na Alemanha.
Sibel, uma jovem de 20 anos, deseja se casar para fugir do lar religioso e conservador e encontra Cahit, um alcoólatra e viciado de 40 anos.
Este é um filme alemão ou turco?, perguntaram os críticos. "Somos alemães, queiram ou não", respondeu o diretor em entrevista coletiva, após a estréia mundial do filme.
"Dez anos atrás, o cinema alemão se reduzia a comédias. Mas desde então, explode em todas as direções", disse Alfred Holighaus, diretor da seção Perspectiva do Cinema Alemão do Festival de Berlim.
Segundo o diretor do festival, Dieter Kosslick, "o cinema alemão nunca tinha se saído tão bem".
A participação no mercado das produções cinematográficas alemãs superou a barreira dos 10% em 1998 e chegou a 17,5% no ano passado (com 23,5 milhões de ingressos vendidos), após obter 11,9% em 2002 e um recorde de 18,4% em 2001.
Entre os grandes sucessos de 2003 estão, sobretudo, "Adeus, Lênin!", de Wolfgang Becker (prêmio Anjo Azul de melhor filme europeu na 53ª edição do Festival de Berlim), uma comédia com tintas dramáticas tendo como pano de fundo a queda do Muro de Berlim, que atraiu 6,5 milhões de espectadores na Alemanha; e "O Milagre de Berna", de Soenke Wortmann, um melodrama sobre a vitória da Alemanha no Campeonato Mundial de Futebol de 1954 (3,3 milhões de ingressos vendidos).
No exterior, os filmes alemães também encontraram um "ambiente positivo", segundo Kosslick. "Adeus, Lênin!", ultrapassou a cifra de um milhão de espectadores na França e na Grã-Bretanha. No ano passado, a diretora Caroline Link faturou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por "Lugar Nenhum na África" e a atriz Katja Riemann foi premiada com a Copa Volpi de Veneza por seu papel no filme "Rosenstrasse", de Margarethe von Trotta.
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