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10/07/2005
-
14h34
da Folha Online
Até o teatro besteirol já explora o lado cômico dos escândalos que atingem a imagem do PT (Partido dos Trabalhadores) e do governo Lula. Atores usam no palco o noticiário do dia para fazer graça com a crise política. É a cultura absorvendo a pauta de Brasília.
Em São Paulo, atores da comédia "Camila Baker, a Saga Continua" já improvisaram, ontem, piadas sobre a prisão de um petista com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil na cueca.
"Eu queria saber como o assessor do PT conseguiu ganhar R$ 437 mil vendendo verduras na Ceagesp", disse a personagem Virgínia interpretada por Marcos Mion, apresentador da MTV, arrancando gargalhadas da platéia no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.
Era uma referência à prisão de José Adalberto Vieira da Silva, dirigente do PT e assessor do irmão de José Genoino, realizada na véspera pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas (SP). Para justificar a origem do dinheiro, Silvia alegou ser agricultor e que se tratava de uma venda de verduras na Ceagesp, maior central de abastecimento do país. Esse detalhe era o enunciado da manchete da Folha Online na manhã do sábado.
"Difícil é acreditar que o Lula não sabia da corrupção toda no governo", diz a personagem Dorothy vivida pelo ator Otávio Müller, na peça que inclui ainda os atores Daniel Boaventura, Danton Mello e Leonardo Brício.
Eles interpretam 30 personagens --a maioria deles vestidos de mulher-- para contar a história de Camila Baker, uma decadente e fictícia diva do teatro nacional, em ritmo de comédia musical.
Na apresentação de ontem, o momento mais incisivo dos "cacos" (palavras ou frases que o ator introduz em sua fala, fora do script original) foi a menção de nomes do PT, como José Dirceu e Genoino, em meio a uma repetição de palavrões.
Os atores satirizam ainda o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o suposto esquema do mensalão (pagamento ilegal a parlamentares em troca de apoio político).
Com o desenrolar dos escândalos, a tendência é que outras produções culturais também aproveitem o apelo da crise política. Será um "prato cheio" para os participantes do 32º Salão de Humor de Piracicaba, que começa no próximo dia 27 de agosto, em Piracicaba (SP).
"A concorrência no Brasil é desleal porque toda hora aparece um Roberto Jefferson", ironiza o cartunista Paulo Caruso ao falar sobre a exposição intitulada "Mensalão do Humor", em cartaz no Conjunto Nacional, em São Paulo.
Serviço
Peça "Camila Baker, a Saga Continua"
Procópio Ferreira (r. Augusta, 2.823, Cerqueira César, região oeste, tel. 3083-4475). 700 lugares. Sex.: 21h30. Sáb.: 20h e 22h30. Dom.: 19h. Até 7/8. 90 min. 12 anos. Ingr.: R$ 30 a R$ 50.
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Até teatro besteirol já explora crise política do PT
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Até o teatro besteirol já explora o lado cômico dos escândalos que atingem a imagem do PT (Partido dos Trabalhadores) e do governo Lula. Atores usam no palco o noticiário do dia para fazer graça com a crise política. É a cultura absorvendo a pauta de Brasília.
Em São Paulo, atores da comédia "Camila Baker, a Saga Continua" já improvisaram, ontem, piadas sobre a prisão de um petista com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil na cueca.
Divulgação |
Peça em cartaz no Procópio Ferreira |
Era uma referência à prisão de José Adalberto Vieira da Silva, dirigente do PT e assessor do irmão de José Genoino, realizada na véspera pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas (SP). Para justificar a origem do dinheiro, Silvia alegou ser agricultor e que se tratava de uma venda de verduras na Ceagesp, maior central de abastecimento do país. Esse detalhe era o enunciado da manchete da Folha Online na manhã do sábado.
"Difícil é acreditar que o Lula não sabia da corrupção toda no governo", diz a personagem Dorothy vivida pelo ator Otávio Müller, na peça que inclui ainda os atores Daniel Boaventura, Danton Mello e Leonardo Brício.
Eles interpretam 30 personagens --a maioria deles vestidos de mulher-- para contar a história de Camila Baker, uma decadente e fictícia diva do teatro nacional, em ritmo de comédia musical.
Na apresentação de ontem, o momento mais incisivo dos "cacos" (palavras ou frases que o ator introduz em sua fala, fora do script original) foi a menção de nomes do PT, como José Dirceu e Genoino, em meio a uma repetição de palavrões.
Os atores satirizam ainda o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o suposto esquema do mensalão (pagamento ilegal a parlamentares em troca de apoio político).
Com o desenrolar dos escândalos, a tendência é que outras produções culturais também aproveitem o apelo da crise política. Será um "prato cheio" para os participantes do 32º Salão de Humor de Piracicaba, que começa no próximo dia 27 de agosto, em Piracicaba (SP).
"A concorrência no Brasil é desleal porque toda hora aparece um Roberto Jefferson", ironiza o cartunista Paulo Caruso ao falar sobre a exposição intitulada "Mensalão do Humor", em cartaz no Conjunto Nacional, em São Paulo.
Serviço
Peça "Camila Baker, a Saga Continua"
Procópio Ferreira (r. Augusta, 2.823, Cerqueira César, região oeste, tel. 3083-4475). 700 lugares. Sex.: 21h30. Sáb.: 20h e 22h30. Dom.: 19h. Até 7/8. 90 min. 12 anos. Ingr.: R$ 30 a R$ 50.
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