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10/11/2005
-
19h54
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Em "Cinema, Aspirinas e Urubus", filme que estréia nesta sexta-feira (11), o ator alemão Peter Ketnath, 31, vive o mascate germânico que percorre o sertão nordestino vendendo aspirinas em um caminhão e acompanha por rádio o drama da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Nascido em Munique, Ketnath mora em Berlim e fala bem o português --inclusive usa gírias típicas do Brasil. Ator há 12 anos, ele conheceu uma cozinheira baiana na capital alemã e se apaixonou. Em seguida, passou férias em Salvador e, em dois meses, já se comunicava bem.
Com o sucesso no filme do cineasta pernambucano Marcelo Gomes, Ketnath descarta mudar de Berlim para o Brasil, mas deve passar uma boa temporada por aqui. Ele se prepara para filmar "Deserto Feliz", novo filme do cineasta paraibano Paulo Caldas ("Baile Perfumado").
Leia a seguir trechos da entrevista do ator concedida à Folha Online, na noite de anteontem, na pré-estréia do filme no Reserva Cultural, em São Paulo.
Folha Online- Como você foi escolhido para o filme?
Peter Ketnath- O Marcelo [Gomes, diretor de "Urubus"] procurou atores em Berlim atores. Uma atriz brasileira que mora lá me indicou. Ele me ligou e contou um pouquinho da história do filme. Eu gostei bastante, mesmo sendo um filme sem dinheiro. Eu senti a paixão dele para fazer aquele projeto.
Folha- O que você já sabia sobre o Brasil?
Peter Ketnath- Conheci o Brasil em 2001. Me apaixonei logo. Minha esposa é de Salvador, mas a gente se encontrou em Berlim. Ela começou a me contar como era Salvador, como era o Brasil. Ela era cozinheira, vinha de um bairro popular --aquela forma de convivência já acabou na Europa. Nunca eu tinha trabalhado no Brasil. Gostei bastante da Bahia. Aprendi em dois meses o português, nos bares, na cozinha da minha cunhada.
Folha- Com o sucesso do filme, você pensa em morar no Brasil?
Peter Ketnath- Não. Adoro o Brasil para morar por uns tempos, ter um filho metade brasileiro, metade alemão. Quero dar a ele aquela coisa da infância que é legal neste país. Vou fazer um filme com Paulo Caldas. Não sei ainda como será o personagem. O processo criativo ainda não terminou. Tenho também convite de um italiano que quer fazer um filme no mar Báltico, na Rússia -- vai ser uma experiência completamente diferente.
Folha- O que você faz exatamente em Berlim?
Peter Ketnath- Produzo curtas. No futuro quero produzir longas, filmes autorais, uma coisa bem parecida com o que a galera faz em Pernambuco. Comecei fazendo teatro em Munique. Depois me mudei para Berlim, comecei a escrever e a viajar bastante.
Folha- Qual sua seqüência preferida?
Peter Ketnath- Eu gosto quando os dois [o sertanejo Ranulpho e o alemão Johann] vão para o puteiro, aquela conversinha na sombra antes de eles entrarem na casa.
Folha- Foram duras as filmagens no interior da Paraíba?
Peter Ketnath- O calor era muito forte, mas eu já tive de nadar no rio de Munique com uma temperatura de 12 graus, muito frio. Mas a gente não tem de reclamar da sorte. Aqui tem calor, mas é legal, faz parte.
Folha- Foi complicado fazer a cena em que seu personagem é picado por uma cobra?
Peter Ketnath- Não. Eles tiraram o veneno da cobra. É um bicho rápido pra caralho. É preciso manter um respeito com o bicho para que ele te respeite.
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Editor de Ilustrada da Folha Online
Em "Cinema, Aspirinas e Urubus", filme que estréia nesta sexta-feira (11), o ator alemão Peter Ketnath, 31, vive o mascate germânico que percorre o sertão nordestino vendendo aspirinas em um caminhão e acompanha por rádio o drama da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Nascido em Munique, Ketnath mora em Berlim e fala bem o português --inclusive usa gírias típicas do Brasil. Ator há 12 anos, ele conheceu uma cozinheira baiana na capital alemã e se apaixonou. Em seguida, passou férias em Salvador e, em dois meses, já se comunicava bem.
Luciana Cavalcanti/FI |
Peter Ketnath aprendeu português com brasileira |
Leia a seguir trechos da entrevista do ator concedida à Folha Online, na noite de anteontem, na pré-estréia do filme no Reserva Cultural, em São Paulo.
Folha Online- Como você foi escolhido para o filme?
Peter Ketnath- O Marcelo [Gomes, diretor de "Urubus"] procurou atores em Berlim atores. Uma atriz brasileira que mora lá me indicou. Ele me ligou e contou um pouquinho da história do filme. Eu gostei bastante, mesmo sendo um filme sem dinheiro. Eu senti a paixão dele para fazer aquele projeto.
Folha- O que você já sabia sobre o Brasil?
Peter Ketnath- Conheci o Brasil em 2001. Me apaixonei logo. Minha esposa é de Salvador, mas a gente se encontrou em Berlim. Ela começou a me contar como era Salvador, como era o Brasil. Ela era cozinheira, vinha de um bairro popular --aquela forma de convivência já acabou na Europa. Nunca eu tinha trabalhado no Brasil. Gostei bastante da Bahia. Aprendi em dois meses o português, nos bares, na cozinha da minha cunhada.
Folha- Com o sucesso do filme, você pensa em morar no Brasil?
Peter Ketnath- Não. Adoro o Brasil para morar por uns tempos, ter um filho metade brasileiro, metade alemão. Quero dar a ele aquela coisa da infância que é legal neste país. Vou fazer um filme com Paulo Caldas. Não sei ainda como será o personagem. O processo criativo ainda não terminou. Tenho também convite de um italiano que quer fazer um filme no mar Báltico, na Rússia -- vai ser uma experiência completamente diferente.
Folha- O que você faz exatamente em Berlim?
Peter Ketnath- Produzo curtas. No futuro quero produzir longas, filmes autorais, uma coisa bem parecida com o que a galera faz em Pernambuco. Comecei fazendo teatro em Munique. Depois me mudei para Berlim, comecei a escrever e a viajar bastante.
Folha- Qual sua seqüência preferida?
Peter Ketnath- Eu gosto quando os dois [o sertanejo Ranulpho e o alemão Johann] vão para o puteiro, aquela conversinha na sombra antes de eles entrarem na casa.
Folha- Foram duras as filmagens no interior da Paraíba?
Peter Ketnath- O calor era muito forte, mas eu já tive de nadar no rio de Munique com uma temperatura de 12 graus, muito frio. Mas a gente não tem de reclamar da sorte. Aqui tem calor, mas é legal, faz parte.
Folha- Foi complicado fazer a cena em que seu personagem é picado por uma cobra?
Peter Ketnath- Não. Eles tiraram o veneno da cobra. É um bicho rápido pra caralho. É preciso manter um respeito com o bicho para que ele te respeite.
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