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27/01/2006 - 21h57

Kalil inaugura boate Freak e apronta Central até junho

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da Folha Online

O empresário paulistano Sergio Kalil, 41, e seu irmão e sócio Fernando Kalil, 43, inauguram neste sábado (28) uma boate GLS no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo) com capacidade para 1.400 pessoas. Com aspecto futurista, a casa se chama Freak Club, tem três andares, interligados por um elevador panorâmico, e visa reunir "ícones da cena GLS e do underground paulistano".

Divulgação
Freak tem capacidade para abrigar 1.400 pessoas
Freak tem capacidade para abrigar 1.400 pessoas
Sergio Kalil é um desses ícones. Com 20 anos de experiência na noite, ele dirigiu boates --hoje extintas-- como Level, Mad Queen, B.A.S.E., Diesel, Planet Mix e Just. Desde o ano passado, o meio GLS aguardava a nova tacada de Kalil e seu irmão, que inauguram sua casa em um momento em que os freqüentadores da noite reclamam da "falta de novidades", um mantra comum nesse mercado.

Segundo Kalil, foram gastos R$ 200 mil no projeto da Freak. Antes, no imóvel, funcionava a boate Lassú, de um amigo de Kalil. "Aumentei a pista, comprei TVs de plasma, games, coloquei globos gigantes, abri espaços novos, repaginei a sala VIP", conta o empresário.

Bruno Miranda/FI
Sergio Kalil volta a investir na noite GLS
Sergio Kalil volta a investir na noite GLS
A Freak só vai funcionar aos sábados. O plano dele é, após o Carnaval, abrir a casa também às sextas-feiras. Kalil ganhou fama nacional quando foi capa da revista "Isto É" com a manchete "Sou gay, e daí?" e, com freqüência, é confundido com o dono dos restaurantes badalados Spot e Ritz, que também se chama Sergio Kalil. A diferença entre os homônimos é o estilo: "Somos amigos. Ele gosta de preservar o lado pessoal, eu não tenho problemas com isso."

Heterossexuais

Na Freak, o valor da entrada será igual para homens e mulheres, mas Kalil diz que poderá tomar alguma medida para evitar um predomínio de heterossexuais na casa ("Minha prioridade é que seja um clube gay. A maioria do meu público não gosta muito dessa mistura").

Em 2005, boates descoladas como The Week, Vegas e D-Edge misturaram gays e heterossexuais em suas pistas, em uma apologia à diversidade sexual, uma noite sem fronteiras, decretando o fim do gueto. As casas passaram a evitar o rótulo "boate gay" e propagavam o conceito "mix", apoiadas em uma explicação meio colonialista de que "misturar tribos é a nova moda em Nova York e Londres".

Essa convivência teve seus conflitos: alguns gays se sentiram acuados pela presença heterossexual, o que inibia a paquera. Em alguns casos, houve até brigas entre as duas tribos devido a abordagens equivocadas na pista. Hoje, a noite GLS de São Paulo anda carente de um novo "point" legítimo, devido à saturação da onda "mix".

Divulgação
Novo clube de Sérgio Kalil fica no Itaim e tem 3 andares
Novo clube de Sergio Kalil fica no Itaim e tem 3 andares
Na visão de Kalil, a Freak Club quer ser identificada como uma casa de porte médio com clima intimista de um espaço pequeno. São 1.700 metros quadrados de área útil.

No térreo, há um lounge bar com bancadas, mesas de sinuca profissionais, games e mezanino. No andar superior, a casa tem uma pista, sala vip, mezaninos e banheiros. Passarelas em volta da pista e do lounge permite acompanhar tudo que acontece no espaço.

Na noite de inauguração, os DJs Paulo Ciotti e Duda Garban animam a pista principal, enquanto o DJ Paulinho Fernandes cuida do lounge bar. "Gogo dancers" também funcionam como chamariz para a nova casa.

Central Club

No ano passado, Kalil começou a tocar obras de uma boate, denominada Central Club, no antigo cinema do largo Paissandu, perto da Galeria do Rock, uma região ainda degradada e pouco segura do centro. Ele prevê a inauguração da casa até a 10ª parada gay de São Paulo (17 de junho).

"A prefeitura prometeu um projeto de paisagismo para a praça. Haverá ainda uma unidade móvel da polícia"", diz Kalil, que também está envolvido ainda em um projeto de um centro cultural no Shopping Light, no Anhangabaú.

Ele diz que a Central Club terá 6.800 metros quadrados, com dois elevadores, e capacidade para até 4.000 pessoas. O investimento é de R$ 1 milhão, dividido com patrocinadores. O imóvel foi alugado. O dono é uma rede varejista de móveis populares. Sobre a demora do projeto, ele explica: "O imóvel é tombado pelo patrimônio histórico. Significa que não podemos derrubar nenhuma parede. Refizemos o projeto, adequando ele à lei, e a prefeitura aprovou."

No ano passado, foi aberta na região central de São Paulo a boate Lust, no Joelma, prédio marcado por um incêndio trágico nos anos 70. Segundo Kalil, a Lust não decolou por culpa do centro. "Era um estacionamento, um porão mal-feito. Também o lugar não tinha uma história muito bacana."

Serviço
Inauguração da Freak Club
Quando: 28 de janeiro (sábado)
Onde: r. Iguatemi, 236, Itaim Bibi (antes funcionava boate Lassú)
Quanto: R$ 17 (entrada com flyer) e R$ 25 (sem flyer)
Site: www.freakclub.com.br

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