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30/07/2003
-
08h10
Colunista da Folha de S.Paulo
A poderosa Riaa (Recording Industry of America Association), a união das gravadoras de discos, atirou a primeira pedra no computador de quem compartilha música pela internet ao anunciar que abrirá centenas de processos judiciais contra indivíduos a partir do próximo mês. Segundo a entidade, a livre distribuição de música causa prejuízos de US$ 300 milhões anuais (quase R$ 1 bilhão) para gravadoras e artistas.
Em abril, a entidade venceu uma ação contra a gigante das telecomunicações Verizon, forçando a empresa a entregar as identidades de um grande número de pessoas que trocaram arquivos MP3 pela internet.
Animada, a união das gravadoras enviou intimações também a 871 provedores de acesso à rede, universidades e serviços de internet que de alguma forma facilitam o download de programas de distribuição de MP3 e a utilização em suas linhas para troca livre das músicas.
Mas o primeiro revés público veio na semana passada. O Boston College e o conceituadíssimo MIT (Massachusetts Institute of Technology) saíram em defesa dos usuários e conseguiram reverter a ordem legal. Sob amparo judicial, recusaram-se a revelar o nome de estudantes que usam os serviços de troca de MP3.
A Riaa pretende agora voltar suas baterias contra os indivíduos. O sucesso recente de um processo contra quatro jovens estudantes animou a organização do disco e serviu como uma declaração de guerra aos "piratas".
"Com a ameaça de multa, alguns internautas de programas de download parecem ter recuado. Mas, com milhões de usuários fiéis, programas como o KaZaA não tendem a desaparecer em um futuro próximo", diz um analista de internet da Nielsen. A Sharman Networks, que administra o KaZaA, diz que oscilações no número dos usuários são normais.
A Riaa, em sua caça a usuários "infratores", promete não poupar pais, avós nem simplesmente colegas de quarto que tenham um computador e habilitem um alvo de processo a baixar músicas gratuitamente da internet.
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Na luta contra a pirataria, Riaa ameaça até avô de internauta
LÚCIO RIBEIROColunista da Folha de S.Paulo
A poderosa Riaa (Recording Industry of America Association), a união das gravadoras de discos, atirou a primeira pedra no computador de quem compartilha música pela internet ao anunciar que abrirá centenas de processos judiciais contra indivíduos a partir do próximo mês. Segundo a entidade, a livre distribuição de música causa prejuízos de US$ 300 milhões anuais (quase R$ 1 bilhão) para gravadoras e artistas.
Em abril, a entidade venceu uma ação contra a gigante das telecomunicações Verizon, forçando a empresa a entregar as identidades de um grande número de pessoas que trocaram arquivos MP3 pela internet.
Animada, a união das gravadoras enviou intimações também a 871 provedores de acesso à rede, universidades e serviços de internet que de alguma forma facilitam o download de programas de distribuição de MP3 e a utilização em suas linhas para troca livre das músicas.
Mas o primeiro revés público veio na semana passada. O Boston College e o conceituadíssimo MIT (Massachusetts Institute of Technology) saíram em defesa dos usuários e conseguiram reverter a ordem legal. Sob amparo judicial, recusaram-se a revelar o nome de estudantes que usam os serviços de troca de MP3.
A Riaa pretende agora voltar suas baterias contra os indivíduos. O sucesso recente de um processo contra quatro jovens estudantes animou a organização do disco e serviu como uma declaração de guerra aos "piratas".
"Com a ameaça de multa, alguns internautas de programas de download parecem ter recuado. Mas, com milhões de usuários fiéis, programas como o KaZaA não tendem a desaparecer em um futuro próximo", diz um analista de internet da Nielsen. A Sharman Networks, que administra o KaZaA, diz que oscilações no número dos usuários são normais.
A Riaa, em sua caça a usuários "infratores", promete não poupar pais, avós nem simplesmente colegas de quarto que tenham um computador e habilitem um alvo de processo a baixar músicas gratuitamente da internet.
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