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09/10/2003
-
14h23
da Folha Online
A indústria fonográfica recebeu sugestões técnicas para transformar os serviços de compartilhamento de arquivos on-line em uma grande fonte de receita. E o mais curioso: a proposta foi feita pelo mais popular serviço de troca de músicas, o Kazaa.
A Dcia (Distributed Computing Industry Association), associação que representa a empresa dona do Kazaa, Sharman Networks e a Altnet, sugere que os arquivos trocados por essas redes P2P (peer-to-peer) poderiam ser criptografados de forma que somente aqueles usuários que pagarem um taxa tenham acesso ao software para decodificá-los.
Redes de compartilhamento de arquivos usam comunicações e protocolos inteligentes que permitem aos usuários rastrear o disco rígido de outros internautas em busca de determinadas músicas ou arquivos que então são baixados para seus próprios PCs. São redes de distribuição muito eficientes, mas vêm ajudando a aumentar os índices de pirataria de música na web, de acordo com as gravadoras.
As empresas de compartilhamento de arquivos têm boas razões para buscar um novo modelo de negócios capaz de gerar receita para a indústria fonográfica. Organizações representantes das gravadoras iniciaram uma severa batalha jurídica contra aqueles que para elas estão envolvidos com o compartilhamento ilegal de arquivos, incluindo o Kazaa.
Além disso, a Riaa (Recording Industry Association of America) está processando centenas de usuários do Kazaa nos EUA por infringirem leis de direitos autorais. Desde que a questão legal foi anunciada, em junho de 2003, o tráfego de usuários no Kazaa diminuiu.
De acordo com a empresa de medições na internet Nielsen/NetRatings, a atividade caiu 41% entre julho e meados de setembro.
Indeferido
Mas a indústria fonográfica não viu com bons olhos a nova proposta. Jonathan Lamy, porta-voz da Riaa, disse a "The Washington Post" que "é difícil aceitar propostas para legitimar os sistemas P2P, uma vez que eles induzem os usuários a violarem a lei e se negam a usar tecnologias existentes para barrar a infração da lei".
A Dcia acredita que o esquema possa gerar cerca de US$ 900 milhões por ano para a indústria fonográfica. Mas reconhece que só funcionaria se as redes concorrentes de compartilhamento concordarem em cooperar.
Além disso, a Dcia sugere que os provedores de serviços de internet precisam contabilizar o número de downloads feitos por seus usuários, algo que seria dispendioso e controverso.
Serviços pagos
Já existe uma série de serviços pagos de música, embora nenhum use redes P2P. O iTunes, da Apple, tem sido o de mais sucesso até agora --já vendeu cerca de 10 milhões de canções desde o seu lançamento, em abril de 2003. O sistema permite que os usuários baixem cada música por US$ 0,99 e codifica os arquivos em um formato que impede o compartilhamento dos arquivos.
Atualmente, os downloads representam cerca de 1% das vendas mundiais de músicas. Mas o Jupiter Research prevê que o número deva chegar a 12%, ou US$ 1,5 bilhão, até 2008.
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A indústria fonográfica recebeu sugestões técnicas para transformar os serviços de compartilhamento de arquivos on-line em uma grande fonte de receita. E o mais curioso: a proposta foi feita pelo mais popular serviço de troca de músicas, o Kazaa.
A Dcia (Distributed Computing Industry Association), associação que representa a empresa dona do Kazaa, Sharman Networks e a Altnet, sugere que os arquivos trocados por essas redes P2P (peer-to-peer) poderiam ser criptografados de forma que somente aqueles usuários que pagarem um taxa tenham acesso ao software para decodificá-los.
Redes de compartilhamento de arquivos usam comunicações e protocolos inteligentes que permitem aos usuários rastrear o disco rígido de outros internautas em busca de determinadas músicas ou arquivos que então são baixados para seus próprios PCs. São redes de distribuição muito eficientes, mas vêm ajudando a aumentar os índices de pirataria de música na web, de acordo com as gravadoras.
As empresas de compartilhamento de arquivos têm boas razões para buscar um novo modelo de negócios capaz de gerar receita para a indústria fonográfica. Organizações representantes das gravadoras iniciaram uma severa batalha jurídica contra aqueles que para elas estão envolvidos com o compartilhamento ilegal de arquivos, incluindo o Kazaa.
Além disso, a Riaa (Recording Industry Association of America) está processando centenas de usuários do Kazaa nos EUA por infringirem leis de direitos autorais. Desde que a questão legal foi anunciada, em junho de 2003, o tráfego de usuários no Kazaa diminuiu.
De acordo com a empresa de medições na internet Nielsen/NetRatings, a atividade caiu 41% entre julho e meados de setembro.
Indeferido
Mas a indústria fonográfica não viu com bons olhos a nova proposta. Jonathan Lamy, porta-voz da Riaa, disse a "The Washington Post" que "é difícil aceitar propostas para legitimar os sistemas P2P, uma vez que eles induzem os usuários a violarem a lei e se negam a usar tecnologias existentes para barrar a infração da lei".
A Dcia acredita que o esquema possa gerar cerca de US$ 900 milhões por ano para a indústria fonográfica. Mas reconhece que só funcionaria se as redes concorrentes de compartilhamento concordarem em cooperar.
Além disso, a Dcia sugere que os provedores de serviços de internet precisam contabilizar o número de downloads feitos por seus usuários, algo que seria dispendioso e controverso.
Serviços pagos
Já existe uma série de serviços pagos de música, embora nenhum use redes P2P. O iTunes, da Apple, tem sido o de mais sucesso até agora --já vendeu cerca de 10 milhões de canções desde o seu lançamento, em abril de 2003. O sistema permite que os usuários baixem cada música por US$ 0,99 e codifica os arquivos em um formato que impede o compartilhamento dos arquivos.
Atualmente, os downloads representam cerca de 1% das vendas mundiais de músicas. Mas o Jupiter Research prevê que o número deva chegar a 12%, ou US$ 1,5 bilhão, até 2008.
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