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18/12/2004
-
09h16
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
Edson Silva, 18, aprendeu a usar computador no projeto Casulo e hoje dá aulas para diversas turmas. Segundo ele, a dificuldade comum entre todos é entender como funcionam os programas. O que muda com a diferença das idades, afirma Silva, é o fato de os grupos com pessoas mais velhas serem curiosos e os jovens, mais rápidos.
Antonio Carlos Silva dos Santos, 24, também já trabalhou como monitor em uma iniciativa de inclusão digital, o IIC (Instituto Informática na Comunidade), localizado em São Paulo. Ele concorda com essa diferença no aprendizado dos alunos com idades diferentes e aponta outro problema comum durante as aulas: o medo da novidade.
Santos entrou no IIC em 2000, quando estava no 2º ano do ensino médio. Voluntários foram divulgar o programa em sua escola e ele então iniciou o curso aos sábados na FGV (Fundação Getúlio Vargas) "sem nunca ter tocado em um computador". De aluno ele virou monitor e hoje trabalha como técnico de informática para a instituição que tem dez núcleos de ensino instalados em escolas de regiões carentes da cidade.
Com sede na FGV, com quem tem uma parceria IIC, o instituto foi criado em 1999 por alunos da instituição que na época participavam do diretório acadêmico. Entre as empresas que contribuem com o instituto estão Microsoft --que doou licenças de software--, Natura --que contribuiu com hardware depois de renovar seu parque tecnológico--, Fink, Unilever, Locaweb, Inspirit e Terespondo.com.
Hoje há 3.000 pessoas freqüentando os cursos de informática com duração de 80 horas. A idéia, no futuro, é oferecer também outras aulas para que os alunos possam serem capacitados, por exemplo, para trabalharem como assistentes administrativos ou agentes de telemarketing.
"Sempre tentamos associar a computação à rotina deles, para mostrar as aplicações daquele conhecimento e facilitar o aprendizado", afirma Carlos Alexandre Leite Nascimento, presidente do IIC. Por isso, as planilhas do Excel são usadas no cálculo do orçamento familiar e o Word é a ferramenta para a elaboração de currículos. Para treinar o uso da web, no entanto, eles não precisam de qualquer estímulo. "Internet é o delírio, os alunos ficam deslumbrados na frente do computador quando começam a usá-la", afirma Nascimento.
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Edson Silva, 18, aprendeu a usar computador no projeto Casulo e hoje dá aulas para diversas turmas. Segundo ele, a dificuldade comum entre todos é entender como funcionam os programas. O que muda com a diferença das idades, afirma Silva, é o fato de os grupos com pessoas mais velhas serem curiosos e os jovens, mais rápidos.
Antonio Carlos Silva dos Santos, 24, também já trabalhou como monitor em uma iniciativa de inclusão digital, o IIC (Instituto Informática na Comunidade), localizado em São Paulo. Ele concorda com essa diferença no aprendizado dos alunos com idades diferentes e aponta outro problema comum durante as aulas: o medo da novidade.
Santos entrou no IIC em 2000, quando estava no 2º ano do ensino médio. Voluntários foram divulgar o programa em sua escola e ele então iniciou o curso aos sábados na FGV (Fundação Getúlio Vargas) "sem nunca ter tocado em um computador". De aluno ele virou monitor e hoje trabalha como técnico de informática para a instituição que tem dez núcleos de ensino instalados em escolas de regiões carentes da cidade.
Com sede na FGV, com quem tem uma parceria IIC, o instituto foi criado em 1999 por alunos da instituição que na época participavam do diretório acadêmico. Entre as empresas que contribuem com o instituto estão Microsoft --que doou licenças de software--, Natura --que contribuiu com hardware depois de renovar seu parque tecnológico--, Fink, Unilever, Locaweb, Inspirit e Terespondo.com.
Hoje há 3.000 pessoas freqüentando os cursos de informática com duração de 80 horas. A idéia, no futuro, é oferecer também outras aulas para que os alunos possam serem capacitados, por exemplo, para trabalharem como assistentes administrativos ou agentes de telemarketing.
"Sempre tentamos associar a computação à rotina deles, para mostrar as aplicações daquele conhecimento e facilitar o aprendizado", afirma Carlos Alexandre Leite Nascimento, presidente do IIC. Por isso, as planilhas do Excel são usadas no cálculo do orçamento familiar e o Word é a ferramenta para a elaboração de currículos. Para treinar o uso da web, no entanto, eles não precisam de qualquer estímulo. "Internet é o delírio, os alunos ficam deslumbrados na frente do computador quando começam a usá-la", afirma Nascimento.
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