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30/06/2005 - 12h34

"Computador Para Todos" pode dobrar número de internautas

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

As operadoras de telefonia fixa estão animadas com o programa de inclusão digital "Computador Para Todos", já com algumas iniciativas em andamento. O acesso subsidiado à internet, afirmam executivos dessas companhias, deve aumentar a base de clientes com conexão discada e reduzir os números da exclusão digital brasileira.

"Chegaremos aos 20 milhões de internautas residenciais em cerca de dois anos. Esse valor representa o dobro do número atual desses usuários", prevê Yon Moreira, vice-presidente de estratégia de negócios da Brasil Telecom.

A Telemar, por sua vez, espera conquistar, em um ano, 1 milhão de novos clientes que utilizem o acesso discado --atualmente, a empresa tem 4 milhões desses assinantes. "Esse aumento é natural, pois a telefonia fixa é a solução mais econômica para a inclusão digital no Brasil", diz João de Deus Pinheiro, diretor de planejamento executivo do grupo.

Planos

As duas operadoras e a Telefônica confirmaram participação no projeto e vão oferecer a novos clientes 15 horas de conexão discada por cerca de R$ 7,50 mensais. Aqueles que não utilizaram suas linhas telefônicas nos últimos seis meses para acessar a web também terão acesso ao benefício.

Essas empresas discutem com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) os últimos detalhes para oferecer esse pacote aos novos internautas, que deve ser colocado em prática no final de julho.

"Cerca de 90% das pessoas que adquirirem seu primeiro PC com a ajuda do projeto devem se conectar à internet. Caso contrário, os recursos do computador ficam limitados, tornando o micro parecido com uma máquina de escrever", compara Moreira.

Além dos descontos no acesso, o programa também consiste em descontos e facilidade de financiamento na compra de computadores. Máquinas de até R$ 2.500 ficam isentas do PIS/Pasep e Cofins, enquanto micros de até R$ 1.400 com configuração pré-determinada têm financiamento a juros reduzidos.

Explosão

O Ibope//NetRatings, que mede o número de internautas residenciais brasileiros (11,51 milhões em maio), não tem previsão de quantos novos usuários o programa deve criar. As expectativas, no entanto, são positivas.

"Existe a possibilidade de uma explosão na internet brasileira, com a possibilidade de a classe C oferecer essa ferramenta para seus filhos", afirma Alexandre Magalhães, analista do Ibope//NetRatings. Segundo o especialista, o crescimento da web no país depende agora de outros grupos, já que não há mais espaço para expansão entre as classes A e B.

A quebra das duas principais barreiras para a inclusão digital --acesso facilitado aos micros e à conexão--, no entanto, não garante que o público alvo do "Computador Para Todos" opte por comprar as máquinas e acessar a internet de suas casas. "Apesar da facilidade, eles podem continuar utilizando a internet oferecida em lugares públicos, como bibliotecas e telecentros", diz Magalhães.

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