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30/06/2006
-
09h59
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
O seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, 19, realizado no domingo (25) por extremistas palestinos, teve como conseqüência diversos ataques por parte de Israel e também uma grande agitação no universo virtual --mais precisamente nos diários virtuais, também chamados de blogs.
Apesar de muitos blogueiros reproduzirem textos divulgados pela mídia nestas páginas, diversos deles utilizam o espaço para defender seus pontos de vista e falar sobre sentimentos típicos de uma região marcada pela insegurança. Na maioria dos casos, os relatos são postados por judeus que condenam a ação dos palestinos e pedem a libertação do soldado.
"Quando ele for solto, mães e pais de todo o país [eu inclusive] vão abraçar seus filhos e chorar lágrimas de felicidade pelo que nosso ótimo governo pôde fazer pelos pais de Shalit. Mas nossa alegria será breve, assim como o preço das vidas de nossos filhos", afirma o judeu David Bogner em seu blog Treppenwitz.
Já o site Not Open For Business, o "blogueiro biônico" divulga uma campanha para todos fazerem um laço azul por Shalit. "Amarre este laço em qualquer lugar: em seu dedo, em uma árvore, na camiseta. Quando lhe perguntarem do que se trata, você explica".
Alguns vão mais longe, como no caso do Shoot the Freak, dizendo que o israelense é a nova Terri Schiavo -- norte-americana em estado vegetativo que morreu em 2005.
A comparação, diz o blogueiro Kairos, se explica pelo fato de toda a mídia estar voltada para o desenrolar do caso Gilad Shalit. "Toda vida humana é sagrada, mas vale a pena uma região entrar em guerra por conta de um soldado? (...) Teremos muita sorte se este conflito continuar sendo regional", afirma o blogueiro que considera o evento um primeiro passo para uma possível grande batalha.
O internauta Lance levanta esta mesma hipótese. "O que acontecer com Shalit certamente vai determinar se a região está fadada a um novo ciclo de violência, ou se o processo de paz no Oriente Médio continuará vivo", diz no site The Muslim Question.
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Seqüestrado, soldado israelense agita universo virtual
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O seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, 19, realizado no domingo (25) por extremistas palestinos, teve como conseqüência diversos ataques por parte de Israel e também uma grande agitação no universo virtual --mais precisamente nos diários virtuais, também chamados de blogs.
Apesar de muitos blogueiros reproduzirem textos divulgados pela mídia nestas páginas, diversos deles utilizam o espaço para defender seus pontos de vista e falar sobre sentimentos típicos de uma região marcada pela insegurança. Na maioria dos casos, os relatos são postados por judeus que condenam a ação dos palestinos e pedem a libertação do soldado.
"Quando ele for solto, mães e pais de todo o país [eu inclusive] vão abraçar seus filhos e chorar lágrimas de felicidade pelo que nosso ótimo governo pôde fazer pelos pais de Shalit. Mas nossa alegria será breve, assim como o preço das vidas de nossos filhos", afirma o judeu David Bogner em seu blog Treppenwitz.
Já o site Not Open For Business, o "blogueiro biônico" divulga uma campanha para todos fazerem um laço azul por Shalit. "Amarre este laço em qualquer lugar: em seu dedo, em uma árvore, na camiseta. Quando lhe perguntarem do que se trata, você explica".
Alguns vão mais longe, como no caso do Shoot the Freak, dizendo que o israelense é a nova Terri Schiavo -- norte-americana em estado vegetativo que morreu em 2005.
A comparação, diz o blogueiro Kairos, se explica pelo fato de toda a mídia estar voltada para o desenrolar do caso Gilad Shalit. "Toda vida humana é sagrada, mas vale a pena uma região entrar em guerra por conta de um soldado? (...) Teremos muita sorte se este conflito continuar sendo regional", afirma o blogueiro que considera o evento um primeiro passo para uma possível grande batalha.
O internauta Lance levanta esta mesma hipótese. "O que acontecer com Shalit certamente vai determinar se a região está fadada a um novo ciclo de violência, ou se o processo de paz no Oriente Médio continuará vivo", diz no site The Muslim Question.
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