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12/10/2006
-
13h26
da Folha Online
A China, considerada aliada da Coréia do Norte no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), reafirmou hoje sua oposição a sanções a Pyongyang que contemplem o uso de força militar.
Os EUA apresentaram nesta quinta-feira ao conselho uma nova e mais suave proposta de resolução. Focada em sanções financeiras, o projeto americano prevê, no entanto, o uso de força militar em caso de necessidade --o que é inaceitável para a China. O presidente George W. Bush e o primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disseram nesta quinta-feira que qualquer resolução deve ser adotada sob o capítulo 7, segundo o porta-voz do CS da ONU, Frederick Jones.
Apesar de rechaçar parte do projeto das EUA, os chineses afirmaram que é preciso deixar claro para a Coréia do Norte que sua decisão de realizar um teste nuclear foi um erro.
A reação chinesa à Coréia do Norte vem sendo observada de perto pela comunidade internacional. A China é tida como o país que teria o melhor diálogo com Pyongyang, além de ser um fornecedor de recursos financeiros, alimentos e energia para os norte-coreanos.
Em Pequim, o ministro das Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao, disse que "punição não deve ser o objetivo" da resposta da ONU à Coréia do Norte.
Japão
Sem esperar uma resolução do CS da ONU, o partido líder do Parlamento japonês apoiou nesta quinta-feira (12) a aprovação de uma série de medidas duras contra a Coréia do Norte. As medidas devem banir totalmente as importações norte-coreanas, e também lançar a proibição a todos os navios do país asiático de navegarem em águas japonesas.
Os japoneses estão também pressionando a ONU para a adoção de uma resolução mais dura, que incluiria a proibição de navios norte-coreanos de entrarem em qualquer porto do mundo, assim como de suas aeronaves decolarem ou pousarem em outros países.
O Parlamento da Coréia do Sul também aprovou uma resolução condenando a declaração de Pyongyang de que teria realizado um teste nuclear na última segunda-feira (9). Os vizinhos do sul pediram aos norte-coreanos que retornem para a mesa de negociações com o grupo de seis países [Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Japão, Estados Unidos e Rússia] que iniciou as conversas multilaterais sobre seu programa nuclear, interrompidas no momento.
Ameaça
A Coréia do Norte condenou nesta quinta-feira a Casa Branca por promover transmissões de rádio a Pyongyang com conteúdos considerados "hostis", classificando-as de "provocação intolerável". As transmissões foram feitas da Coréia do Sul.
Ontem, o país já havia ameaçado realizar mais testes nucleares e tomar "medidas físicas" contra os EUA caso prossigam as "atitudes hostis".
"Se os EUA pressionarem nosso país, insistindo em nos prejudicar, tomaremos medidas físicas", informou o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano em um comunicado. O governo não especificou, no anúncio, que tipo de medidas seriam tomadas.
O vice-presidente norte-coreano, Kim Yong Nam, afirmou que futuros testes nucleares dependerão "da política do governo americano".
As declarações norte-coreanas ocorrem três dias depois que o país alarmou países do mundo todo ao anunciar a realização de um teste nuclear, causando o início de uma campanha liderada pelos EUA para que o Conselho de Segurança da ONU acirre as sanções contra o país.
Com agências internacionais
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A China, considerada aliada da Coréia do Norte no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), reafirmou hoje sua oposição a sanções a Pyongyang que contemplem o uso de força militar.
Os EUA apresentaram nesta quinta-feira ao conselho uma nova e mais suave proposta de resolução. Focada em sanções financeiras, o projeto americano prevê, no entanto, o uso de força militar em caso de necessidade --o que é inaceitável para a China. O presidente George W. Bush e o primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disseram nesta quinta-feira que qualquer resolução deve ser adotada sob o capítulo 7, segundo o porta-voz do CS da ONU, Frederick Jones.
Apesar de rechaçar parte do projeto das EUA, os chineses afirmaram que é preciso deixar claro para a Coréia do Norte que sua decisão de realizar um teste nuclear foi um erro.
A reação chinesa à Coréia do Norte vem sendo observada de perto pela comunidade internacional. A China é tida como o país que teria o melhor diálogo com Pyongyang, além de ser um fornecedor de recursos financeiros, alimentos e energia para os norte-coreanos.
Em Pequim, o ministro das Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao, disse que "punição não deve ser o objetivo" da resposta da ONU à Coréia do Norte.
Japão
Sem esperar uma resolução do CS da ONU, o partido líder do Parlamento japonês apoiou nesta quinta-feira (12) a aprovação de uma série de medidas duras contra a Coréia do Norte. As medidas devem banir totalmente as importações norte-coreanas, e também lançar a proibição a todos os navios do país asiático de navegarem em águas japonesas.
Os japoneses estão também pressionando a ONU para a adoção de uma resolução mais dura, que incluiria a proibição de navios norte-coreanos de entrarem em qualquer porto do mundo, assim como de suas aeronaves decolarem ou pousarem em outros países.
O Parlamento da Coréia do Sul também aprovou uma resolução condenando a declaração de Pyongyang de que teria realizado um teste nuclear na última segunda-feira (9). Os vizinhos do sul pediram aos norte-coreanos que retornem para a mesa de negociações com o grupo de seis países [Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Japão, Estados Unidos e Rússia] que iniciou as conversas multilaterais sobre seu programa nuclear, interrompidas no momento.
Ameaça
A Coréia do Norte condenou nesta quinta-feira a Casa Branca por promover transmissões de rádio a Pyongyang com conteúdos considerados "hostis", classificando-as de "provocação intolerável". As transmissões foram feitas da Coréia do Sul.
Ontem, o país já havia ameaçado realizar mais testes nucleares e tomar "medidas físicas" contra os EUA caso prossigam as "atitudes hostis".
"Se os EUA pressionarem nosso país, insistindo em nos prejudicar, tomaremos medidas físicas", informou o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano em um comunicado. O governo não especificou, no anúncio, que tipo de medidas seriam tomadas.
O vice-presidente norte-coreano, Kim Yong Nam, afirmou que futuros testes nucleares dependerão "da política do governo americano".
As declarações norte-coreanas ocorrem três dias depois que o país alarmou países do mundo todo ao anunciar a realização de um teste nuclear, causando o início de uma campanha liderada pelos EUA para que o Conselho de Segurança da ONU acirre as sanções contra o país.
Com agências internacionais
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