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13/10/2006
-
15h15
da Folha de S.Paulo
O teste nuclear da Coréia do Norte pode mudar radicalmente o delicado equilíbrio de uma região em que os interesses de EUA, China, Japão, Rússia e das duas Coréias batem de frente:
Coréia do Norte
Após suspender em novembro de 2005 as negociações em seis partes sobre seu programa nuclear e de testar, em julho último, sete mísseis com capacidade de transportar ogivas nucleares --nenhum de alcance intercontinental--, o ditador Kim Jong-il anunciou na última segunda-feira (9) o teste de uma bomba atômica.
China
Único aliado de Pyongyang, o presidente Hu Jintao vê na Coréia do Norte uma espécie de zona-tampão entre Pequim e Seul, aliada de Washington.Mas a prioridade chinesa é evitar a instabilidade na região e, por isso, o país viu o teste norte-coreano como uma traição e um fracasso de sua diplomacia.
Rússia
Nos últimos anos, o presidente Vladimir Putin tem mantido relações cordiais com o regime de Kim Jong-il. Após os testes, no entanto, o Kremlin demonstra preocupações com o contrabando nuclear na fronteira norte-coreana.
Japão
O recém-empossado premiê Shinzo Abe diz não ter intenção de mudar a política japonesa de abstenção de armas nucleares. Mas alas linha-dura de seu governo vêem no teste norte-coreano uma justificativa para passar por cima da Constituição pacifista do país e desenvolver um potencial atômico bélico.
Coréia do Sul
Tecnicamente em guerra com o norte desde 1950, o presidente Roh Moon-hyun sofre pressões para abandonar a política de cooperação e paz com Pyongyang. Seul, que abriu mão de um programa nuclear bélico nos anos 70, teme tanto uma Coréia do Norte nuclearizada quanto o colapso súbito do regime vizinho.
EUA
O presidente George W. Bush, que tem 50 mil soldados no Japão e 30 mil estacionados na Coréia do Sul, pode acelerar a ativação de um escudo antimísseis --que, por sua vez, levaria ao aumento de gastos militares por parte da China e da Rússia, ameaçadas pela invulnerabilidade americana a seus mísseis.
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Coréia do Norte
Após suspender em novembro de 2005 as negociações em seis partes sobre seu programa nuclear e de testar, em julho último, sete mísseis com capacidade de transportar ogivas nucleares --nenhum de alcance intercontinental--, o ditador Kim Jong-il anunciou na última segunda-feira (9) o teste de uma bomba atômica.
China
Único aliado de Pyongyang, o presidente Hu Jintao vê na Coréia do Norte uma espécie de zona-tampão entre Pequim e Seul, aliada de Washington.Mas a prioridade chinesa é evitar a instabilidade na região e, por isso, o país viu o teste norte-coreano como uma traição e um fracasso de sua diplomacia.
Rússia
Nos últimos anos, o presidente Vladimir Putin tem mantido relações cordiais com o regime de Kim Jong-il. Após os testes, no entanto, o Kremlin demonstra preocupações com o contrabando nuclear na fronteira norte-coreana.
Japão
O recém-empossado premiê Shinzo Abe diz não ter intenção de mudar a política japonesa de abstenção de armas nucleares. Mas alas linha-dura de seu governo vêem no teste norte-coreano uma justificativa para passar por cima da Constituição pacifista do país e desenvolver um potencial atômico bélico.
Coréia do Sul
Tecnicamente em guerra com o norte desde 1950, o presidente Roh Moon-hyun sofre pressões para abandonar a política de cooperação e paz com Pyongyang. Seul, que abriu mão de um programa nuclear bélico nos anos 70, teme tanto uma Coréia do Norte nuclearizada quanto o colapso súbito do regime vizinho.
EUA
O presidente George W. Bush, que tem 50 mil soldados no Japão e 30 mil estacionados na Coréia do Sul, pode acelerar a ativação de um escudo antimísseis --que, por sua vez, levaria ao aumento de gastos militares por parte da China e da Rússia, ameaçadas pela invulnerabilidade americana a seus mísseis.
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