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17/10/2006 - 09h01

Coréia do Norte diz que sanções da ONU são "declaração de guerra"

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da Folha Online

O governo norte-coreano afirmou nesta terça-feira que as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU devido ao teste nuclear realizado por Pyongyang na semana passada são uma "declaração de guerra" e uma "violação à soberania do país".

O pacote de sanções foi aprovado pelo CS da ONU no sábado (14). O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano divulgou hoje um comunicado, dizendo que o país "quer paz, mas não está com medo" diante das retaliações.

"A resolução não pode ser vista de outra forma que não uma declaração de guerra contra a República Democrática Popular da Coréia", diz o anúncio.

No texto, Pyongyang "condena com veemência" a resolução aprovada pela ONU, qualificada de um "produto da política hostil dos EUA em relação à Coréia do Norte".

O anúncio ministerial diz ainda que, se qualquer país tentar utilizar a resolução para ferir a soberania do país, o governo norte-coreano tomará medidas "drásticas e impiedosas".

De acordo com o comunicado, a Coréia do Norte "acompanhará as futuras atitudes dos EUA" e tomará "medidas correspondentes" e "não cederá às pressões ou ameaças" contra seu programa nuclear.

Sanções

As sanções proíbem a venda de armas pesadas à Coréia do Norte e permite a inspeção de cargas com origem e destino no país.

A medida proposta pelos EUA também prevê o congelamento de bens de pessoas ou entidades que forneçam armas e tecnologia nuclear a Pyongang.

A Coréia do Norte anunciou a realização de um teste nuclear em 9 de outubro, causando indignação da comunidade internacional.

Ontem, o diretor de inteligência americana, John Negroponte, anunciou que resultados das amostras de ar colhidas no local do teste apontam que a explosão realizada pelo governo norte-coreano foi de fato nuclear.

Novo teste

Representantes dos governos sul-coreano e japonês afirmaram hoje ter recebido informações, ainda não-confirmadas, a respeito de um segundo teste que seria realizado por Pyongyang.

Também nesta terça-feira, uma autoridade militar norte-coreana afirmou que seu país não usará armas nucleares caso a ameaça de ataque dos EUA seja retirada, de acordo com um jornal pró-Pyongyang editado no Japão.

"Nós temos armas nucleares, mas não pretendemos usá-las para atacar ninguém", disse Song Jong Chol, oficial em serviço na fronteira com a Coréia do Sul, ao jornal "Choson Sinbo".

"Os países vizinhos não devem se preocupar com nossas armas nucleares", acrescentou. "Se os inimigos nos provocarem, seremos obrigados a lutar. Mas se a ameaça americana e a interferência for retirada, e os povos norte-coreano e sul coreano possam viver em paz, por que precisaríamos recorrer a armas nucleares?".

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