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01/11/2006
-
01h18
da Efe, em Seul
O Ministério de Relações Exteriores norte-coreano confirmou nesta quarta-feira que o país está disposto a retornar às negociações multilaterais sobre o desmantelamento de seu programa de armas nucleares.
"A República Popular da Coréia do Norte decidiu retornar às conversas de seis lados com a condição de que a suspensão das sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos sejam discutidas", afirmou um porta-voz do ministério citado pela KCNA, agência estatal norte-coreana.
A confirmação norte-coreana foi antecedida pelo anúncio em Pequim, nesta terça (31), de um "pronto" reatamento das conversas de seis lados sobre o fim do programa nuclear da Coréia do Norte.
A China recebeu o secretário de Estado adjunto americano, Christopher Hill, enviado da Casa Branca nas conversas multilaterais, e o representante norte-coreano, Kim Kye-gwan, para uma reunião não anunciada. O diplomata chinês Wu Dawei também participou do encontro.
Hill disse que a Coréia do Norte estava disposta a voltar às negociações "incondicionalmente". Mas mostrou reservas diante das mudanças inesperadas na atitude norte-coreana.
A Coréia do Norte tem sido intransigente na exigência do fim das sanções financeiras impostas pelos EUA.
Reações
O anúncio desta terça-feira em Pequim foi bem recebido em Washington, onde o presidente americano, George W. Bush, se declarou "muito satisfeito" pelo retorno das conversas.
Bush anunciou o envio de equipes à região para garantir o cumprimento das resoluções da ONU, que impôs uma série de sanções após o primeiro teste nuclear do regime comunista de Kim Jong-il, em passado 9 de outubro.
Os EUA manterão as sanções até a retomada das conversas, das quais participam também as duas Coréias, Japão, China e Rússia.
Em Seul, o governo sul-coreano anunciou sua satisfação com o acordo e expressou o desejo de retomar em breve o diálogo para desmantelar o arsenal nuclear norte-coreano.
Em Tóquio, o Executivo japonês apontou que as conversas multilaterais de seis lados são "o melhor fórum" para resolver a crise provocada pelo programa nuclear norte-coreano, agravado após o lançamento de sete mísseis em 5 de julho.
A Rússia considerou o anúncio "muito positivo". Alexander Alexeyev, vice-ministro de Relações Exteriores e representante russo nas reuniões multilaterais, acrescentou que os encontros "têm agora uma nova oportunidade".
O diálogo de seis lados está estagnado desde setembro de 2005, quando os EUA impuseram uma série de sanções financeiras, que motivaram o boicote norte-coreano.
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Coréia do Norte confirma retorno a diálogo sobre programa nuclear
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O Ministério de Relações Exteriores norte-coreano confirmou nesta quarta-feira que o país está disposto a retornar às negociações multilaterais sobre o desmantelamento de seu programa de armas nucleares.
"A República Popular da Coréia do Norte decidiu retornar às conversas de seis lados com a condição de que a suspensão das sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos sejam discutidas", afirmou um porta-voz do ministério citado pela KCNA, agência estatal norte-coreana.
A confirmação norte-coreana foi antecedida pelo anúncio em Pequim, nesta terça (31), de um "pronto" reatamento das conversas de seis lados sobre o fim do programa nuclear da Coréia do Norte.
A China recebeu o secretário de Estado adjunto americano, Christopher Hill, enviado da Casa Branca nas conversas multilaterais, e o representante norte-coreano, Kim Kye-gwan, para uma reunião não anunciada. O diplomata chinês Wu Dawei também participou do encontro.
Hill disse que a Coréia do Norte estava disposta a voltar às negociações "incondicionalmente". Mas mostrou reservas diante das mudanças inesperadas na atitude norte-coreana.
A Coréia do Norte tem sido intransigente na exigência do fim das sanções financeiras impostas pelos EUA.
Reações
O anúncio desta terça-feira em Pequim foi bem recebido em Washington, onde o presidente americano, George W. Bush, se declarou "muito satisfeito" pelo retorno das conversas.
Bush anunciou o envio de equipes à região para garantir o cumprimento das resoluções da ONU, que impôs uma série de sanções após o primeiro teste nuclear do regime comunista de Kim Jong-il, em passado 9 de outubro.
Os EUA manterão as sanções até a retomada das conversas, das quais participam também as duas Coréias, Japão, China e Rússia.
Em Seul, o governo sul-coreano anunciou sua satisfação com o acordo e expressou o desejo de retomar em breve o diálogo para desmantelar o arsenal nuclear norte-coreano.
Em Tóquio, o Executivo japonês apontou que as conversas multilaterais de seis lados são "o melhor fórum" para resolver a crise provocada pelo programa nuclear norte-coreano, agravado após o lançamento de sete mísseis em 5 de julho.
A Rússia considerou o anúncio "muito positivo". Alexander Alexeyev, vice-ministro de Relações Exteriores e representante russo nas reuniões multilaterais, acrescentou que os encontros "têm agora uma nova oportunidade".
O diálogo de seis lados está estagnado desde setembro de 2005, quando os EUA impuseram uma série de sanções financeiras, que motivaram o boicote norte-coreano.
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