Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/11/2006 - 08h41

Coréia do Norte confirma retorno a negociações nucleares

Publicidade

da Folha Online

A Coréia do Norte confirmou nesta quarta-feira a disposição em retornar às negociações sobre seu programa nuclear, segundo anúncio do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano.

"A República Popular da Coréia do Norte decidiu retornar ao diálogo entre seis países, com a condição de que a retirada das sanções financeiras impostas pelos EUA seja discutida", disse o o porta-voz do ministério à agência de notícias oficial KCNA.

A última rodada de conversações entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os EUA aconteceu em novembro de 2005, depois que Washington impôs sanções a Pyongyang.

Ontem, a decisão norte-coreana de retornar ao diálogo havia sido anunciada pelo secretário de Estado adjunto dos EUA, Christopher Hill, após reunião entre representantes norte-coreanos, chineses e americanos em Pequim.

Ele voltou a comentar o assunto nesta quarta-feira. "A nova sessão da negociação deverá ser planejada com cautela, porque precisamos alcançar progresso. Obviamente, isto será difícil".

Em 14 de outubro, o Conselho de Segurança (CS) da ONU decidiu impor sanções financeiras e de armas à Coréia do Norte, em represália à realização de um teste nuclear, cinco dias antes.

Nesta semana, Pyongyang ameaçou estar disposta a fazer represálias se a Coréia do Sul aplicar as sanções. A Coréia do Sul, um dos aliados dos EUA na Ásia, recebeu nos últimos dias críticas americanas por suas reservas em aplicar as sanções, mesmo após a pressão da China e da Rússia no Conselho de Segurança ter conseguido diminuir a dureza das medidas.

Tanto China como Coréia do Sul temem que as sanções aumentem as tensões com o país vizinho, embora tenham se comprometido a aplicá-las.

Reações

O anúncio desta terça-feira em Pequim foi bem recebido em Washington, onde o presidente americano, George W. Bush, se declarou "muito satisfeito" pelo retorno das conversas.

Bush anunciou o envio de equipes à região para garantir o cumprimento das resoluções da ONU, que impôs uma série de sanções após o primeiro teste nuclear do regime comunista de Kim Jong-il, em passado 9 de outubro.

Os EUA manterão as sanções até a retomada das conversas, das quais participam também as duas Coréias, Japão, China e Rússia.

Em Seul, o governo sul-coreano anunciou sua satisfação com o acordo e expressou o desejo de retomar em breve o diálogo para desmantelar o arsenal nuclear norte-coreano.

Em Tóquio, o Executivo japonês apontou que as conversas multilaterais de seis lados são "o melhor fórum" para resolver a crise provocada pelo programa nuclear norte-coreano, agravado após o lançamento de sete mísseis em 5 de julho.

A Rússia considerou o anúncio "muito positivo". Alexander Alexeyev, vice-ministro de Relações Exteriores e representante russo nas reuniões multilaterais, acrescentou que os encontros "têm agora uma nova oportunidade".

Leia mais
  • Veja cronologia dos conflitos entre EUA e Coréia do Norte
  • Excêntrico, líder da Coréia do Norte é hábil estrategista
  • Entenda o caso dos testes nucleares da Coréia do Norte

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
  • Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear da Coréia do Norte
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página