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26/11/2006 - 16h48

Mesmo com toque de recolher, Iraque tem mortes e seqüestros

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da Folha Online

Apesar do toque de recolher em Bagdá, prorrogado até segunda-feira, várias mortes e ataques foram registrados. Pelo menos 23 pessoas de religiões diferentes foram seqüestradas neste domingo por um grupo de homens armados na província de Diyala, ao norte de Bagdá, informaram fontes policiais iraquianas.

O seqüestro aconteceu perto da cidade de Kanaan, 40 km ao norte de Bagdá. As vítimas pertencem a três tribos diferentes, segundo a polícia. As mesmas fontes informaram que foram encontrados cinco corpos dos camponeses seqüestrados, assassinados a tiros e amarrados a palmeiras em uma área agrícola próxima a Kanan.

Polícia de Diyala encontrou no sábado 22 corpos de membros de duas famílias da tribo de Sawayid perto de Balad Ruz, a noroeste de Bagdá. A província de Diyala, cuja capital é Baaquba, é palco de violências religiosas que provocaram milhares de mortos desde o início deste ano.

Os seqüestros coletivos, motivados principalmente por divergências religiosas, são freqüentes no Iraque. Na maioria das vezes, as vítimas são encontradas mortas.

Em outra ação, um carro-bomba explodiu hoje um mercado de Haswa, 50 quilômetros ao sul de Bagdá, matando pelo menos cinco pessoas e ferindo outras 23, disseram fontes do ministério do Interior iraquiano.

Já no bairro de Al Karada, no centro de Bagdá, dois civis morreram hoje à tarde e outros dois ficaram feridos na explosão de bombas nas imediações de uma mesquita xiita. Em um incidente similar, duas pessoas morreram e dois policiais iraquianos ficaram feridos na região de Al Mechtal, a oeste da capital.

Fontes do Ministério do Interior afirmaram que um número indeterminado de bombas caiu sobre os bairros de Al Adel e Al Ghazaliya, de maioria sunita, situados a oeste de Bagdá, e deixaram quatro mortos e doze feridos.

Apedrejamento

Moradores enfurecidos de Sadr City, o reduto xiita de Bagdá que foi palco, na quinta-feira, de um atentado sangrento que deixou 202 mortos, apedrejaram neste domingo o comboio do premiê iraquiano, Nouri al Maliki, que veio ao bairro para apresentar suas condolências às famílias.

O movimento do líder radical xiita Moqtada al Sadr acusou o governo de Maliki de não fazer o bastante para proteger os membros de sua comunidade.

O movimento de Al Sadr, que conta com vários ministros e cerca de 30 deputados, ameaçou se retirar do governo e do Parlamento se o premiê mantiver seu encontro com o presidente americano George W. Bush, marcado para o dia 29 de novembro na Jordânia, e se a situação da segurança no país não melhorar.

Com Efe e France Presse

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