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03/12/2006 - 13h09

Rússia mantém mais de 30 espiões no Reino Unido, diz jornal

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da Efe, em Londres

O serviço de inteligência russo tem cerca de 30 espiões operando no Reino Unido, informa hoje o jornal "The Sunday Telegraph", que cita fontes do governo britânico em Londres.

A rede, que agrupa o equivalente a um de cada cinco diplomatas credenciados no Reino Unido, acompanha de perto os movimentos e atividades de imigrantes russos e opositores do presidente Vladimir Putin.

No entanto, os agentes não acompanham apenas as atividades de russos em solo britânicos.

Eles também espionam empresários, parlamentares e cientistas locais, com o objetivo de roubar segredos oficiais e comerciais, diz a publicação.

Segundo a contra-espionagem britânica, os agentes russos em operação no Reino Unido são tão ativos hoje como nos tempos da Guerra Fria, mesmo Moscou sendo atualmente um dos mais maiores aliados de Londres na chamada luta contra o terrorismo.

Esses dados foram apresentados ao governo de Tony Blair na semana passada, em uma reunião interministerial sobre segurança nacional, diz o "Telegraph".

Segundo o jornal, a contra-espionagem britânica acha que Alexander Litvinenko, 43 o ex-agente russo que morreu há 10 dias envenenado por polônio 210, foi "provavelmente" vítima de assassinos a serviço do governo russo.

Operação

"Os serviços de inteligência russos são muito burocráticos e legalistas, e praticamente não há margem de manobra para iniciativas pessoais. Tudo tem que ser autorizado e assinado oficialmente", destacaram as fontes da publicação britânica, segundo as quais o envenenamento de Litvinenko foi uma operação "muito complexa, da qual muitas pessoas tiveram que participar, e não uma ou duas de forma isolada".

Uma fonte policial disse ao "Telegraph" que o contato italiano do espião russo, Mario Scaramella, que também foi contaminado com polônio 210 no encontro que ambos tiveram num restaurante japonês em Londres, "aparentemente" foi "uma vítima acidental".

No entanto, não está descartado que os que agiram contra Litvinenko também pretendiam atentar contra Scaramella, ou que este tenha tido um papel ainda a ser descoberto na misteriosa história.

O nome do italiano estava, ao lado de outros quatro, em uma lista de potenciais vítimas dos serviços de inteligência russos e de um grupo suspeito de veteranos do KGB (ex-serviço secreto russo) chamado "Dignidade e Honra", comandado pelo coronel Valentin Velichko.

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