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04/12/2006
-
11h42
da Efe
O cessar-fogo estipulado pelo primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, entrou em uma fase de incertezas após uma série de pressões em ambas as partes que ameaçam sua continuidade, segundo afirmações de líderes nesta segunda-feira.
"O cessar-fogo --em vigor desde 26 de novembro-- pode terminar nesta semana devido às lutas internas palestinas", disse o primeiro-ministro israelense em declarações divulgadas nesta manhã pela rádio militar.
Olmert, que se vê pressionado no Conselho de Ministros pelo titular da pasta da Defesa, Amir Peretz, e por círculos militares, assegurou que a trégua não pode continuar por muito tempo se as milícias palestinas continuarem a disparar foguetes contra Israel.
Segundo o Ministério da Defesa israelense, desde que a trégua foi estabelecida 16 projéteis Qassam foram lançados contra o território de Israel, e é questão de tempo até que se produzam vítimas entre a população e que seja necessário responder.
Altos comandantes do Exército advertem que a política de contenção é perigosa para Israel, e se queixam que o governo "amarrou suas mãos" na luta contra as milícias, informa em sua edição de hoje o jornal "Maariv".
Trégua
Neste domingo, o Conselho de Ministro de Israel reiterou que por enquanto seguirá adiante a política de contenção para dar uma oportunidade ao cessar-fogo.
Na sessão, o ministro da Defesa, residente na cidade de Sderot --a mais castigada pelos foguetes palestinos--, respaldou os militares e pediu carta branca ao Exército para que atue, pelo menos, para tentar neutralizar estes ataques.
Olmert, assim como a ministra de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, se opuseram a romper a trégua e disseram que as vantagens diplomáticas nestes momentos são mais importantes e efetivas que a neutralização a um comando.
"A contenção é apreciada pela comunidade internacional e neste momento não há necessidade de sacrificar esses pontos que ganhamos para neutralizar um punhado de terroristas", afirmou o primeiro-ministro.
Analistas locais destacam hoje que tanto Olmert como Livni estão conscientes de que quanto mais se atrase uma operação militar em Gaza mais pontos Israel terá acumulado na comunidade internacional para depois realizar esta operação se os ataques prosseguirem.
O governo israelense deu inclusive ordens ao Exército para restringir suas atividades na Cisjordânia. Os soldados israelenses só devem abrir fogo em casos estritamente necessários.
Prisões
Na última madrugada, 14 palestinos foram detidos, todos eles de baixa hierarquia. O objetivo de Israel, diz o jornal "Yedioth Ahronoth", é não dar desculpas ao movimento extremista islâmico Hamas, que controla o Parlamento palestino, para sair da trégua.
O Hamas estuda a conveniência do acordo e porta-vozes do movimento adiantaram ontem que será impossível expandir o cessar-fogo à Cisjordânia, e que nessas condições eles não estão interessados em que a trégua se aplique unicamente a Gaza.
O acordo original de trégua está em vigor só na faixa, embora os palestinos desejem que a Cisjordânia também entre no processo de pacificação.
Os organismos de segurança israelenses, ao contrário, se opõem taxativamente a esta medida, já que, alegam, as violações na Cisjordânia não serão de precários foguetes, como ocorre na frente de Gaza, mas de atentados suicidas contra a população civil.
Por sua parte, o presidente da ANP --organizador da trégua e mediador entre Israel e as milícias-- acredita que o cessar-fogo na Cisjordânia deve dirigir à retirada das forças israelenses às posições que ocupavam diante da Intifada de al Aqsa e à abertura de estradas, reivindicação à qual Olmert não parece muito inclinado a aceitar neste momento.
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"O cessar-fogo --em vigor desde 26 de novembro-- pode terminar nesta semana devido às lutas internas palestinas", disse o primeiro-ministro israelense em declarações divulgadas nesta manhã pela rádio militar.
Olmert, que se vê pressionado no Conselho de Ministros pelo titular da pasta da Defesa, Amir Peretz, e por círculos militares, assegurou que a trégua não pode continuar por muito tempo se as milícias palestinas continuarem a disparar foguetes contra Israel.
Segundo o Ministério da Defesa israelense, desde que a trégua foi estabelecida 16 projéteis Qassam foram lançados contra o território de Israel, e é questão de tempo até que se produzam vítimas entre a população e que seja necessário responder.
Altos comandantes do Exército advertem que a política de contenção é perigosa para Israel, e se queixam que o governo "amarrou suas mãos" na luta contra as milícias, informa em sua edição de hoje o jornal "Maariv".
Trégua
Neste domingo, o Conselho de Ministro de Israel reiterou que por enquanto seguirá adiante a política de contenção para dar uma oportunidade ao cessar-fogo.
Na sessão, o ministro da Defesa, residente na cidade de Sderot --a mais castigada pelos foguetes palestinos--, respaldou os militares e pediu carta branca ao Exército para que atue, pelo menos, para tentar neutralizar estes ataques.
Olmert, assim como a ministra de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, se opuseram a romper a trégua e disseram que as vantagens diplomáticas nestes momentos são mais importantes e efetivas que a neutralização a um comando.
"A contenção é apreciada pela comunidade internacional e neste momento não há necessidade de sacrificar esses pontos que ganhamos para neutralizar um punhado de terroristas", afirmou o primeiro-ministro.
Analistas locais destacam hoje que tanto Olmert como Livni estão conscientes de que quanto mais se atrase uma operação militar em Gaza mais pontos Israel terá acumulado na comunidade internacional para depois realizar esta operação se os ataques prosseguirem.
O governo israelense deu inclusive ordens ao Exército para restringir suas atividades na Cisjordânia. Os soldados israelenses só devem abrir fogo em casos estritamente necessários.
Prisões
Na última madrugada, 14 palestinos foram detidos, todos eles de baixa hierarquia. O objetivo de Israel, diz o jornal "Yedioth Ahronoth", é não dar desculpas ao movimento extremista islâmico Hamas, que controla o Parlamento palestino, para sair da trégua.
O Hamas estuda a conveniência do acordo e porta-vozes do movimento adiantaram ontem que será impossível expandir o cessar-fogo à Cisjordânia, e que nessas condições eles não estão interessados em que a trégua se aplique unicamente a Gaza.
O acordo original de trégua está em vigor só na faixa, embora os palestinos desejem que a Cisjordânia também entre no processo de pacificação.
Os organismos de segurança israelenses, ao contrário, se opõem taxativamente a esta medida, já que, alegam, as violações na Cisjordânia não serão de precários foguetes, como ocorre na frente de Gaza, mas de atentados suicidas contra a população civil.
Por sua parte, o presidente da ANP --organizador da trégua e mediador entre Israel e as milícias-- acredita que o cessar-fogo na Cisjordânia deve dirigir à retirada das forças israelenses às posições que ocupavam diante da Intifada de al Aqsa e à abertura de estradas, reivindicação à qual Olmert não parece muito inclinado a aceitar neste momento.
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