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08/12/2006
-
10h07
da Folha Online
Investigadores que trabalham no caso da morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, focam sua atenção para um bar londrino onde a vítima esteve no dia em que foi envenenada. Ao menos dez pessoas que estavam no local foram expostas a polônio 210 --substância radioativa que matou Litvinenko.
Em Moscou, detetives esperam interrogar o ex-agente da KGB Andrei Lugovoi, que tomou drinques no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, com o ex-espião. A terceira pessoa presente no encontro no bar, o empresário Dmitry Kovtun, está internado em Moscou após apresentar sinais de contaminação por polônio 210.
Nesta quinta-feira (7), a Agência de Proteção à Saúde britânica confirmou que sete funcionários do bar também foram contaminados pela substância radioativa.
Entrevista
Segundo o advogado de Lugovoi, Andrei Romashov, um encontro com os detetives britânicos poderá ocorrer hoje. Lugovoi fará testes em uma clínica médica em Moscou para detectar uma possível contaminação por polônio 210.
Os oficiais britânicos, que atuam com o apoio de agentes de inteligência, tentam entrevistar Lugovoi há dias, mas ainda não tiveram sucesso. O procurador-geral russo Yuri Chaika afirmou na última quarta-feira (6) que policiais do Reino Unido não têm autorização para interrogar o ex-agente diretamente, mas poderão estar presentes durante um interrogatório conduzido por oficiais russos.
Uma agência de notícias russa noticiou ontem que Dmitry Kovtun entrou em coma no hospital pouco depois de se encontrar com investigadores russos e detetives da Scotland Yard.
Hoje, o advogado de Lugovoi negou este relato e afirmou que as condições de Kovtun são "as mesmas" de antes do interrogatório.
Traços de polônio 210 foram encontrados em diversos locais visitados por Lugovoi nas últimas semanas, incluindo o estádio londrino do time de futebol Arsenal e a embaixada britânica em Moscou.
Passo-a-passo
No dia 1º de novembro, quando foi internado, Litvinenko tomou drinques com os dois ex-colegas russos no Pine Bar, e posteriormente se encontrou com Mario Scaramella, um contato italiano, em um restaurante japonês.
Scaramella foi liberado do hospital onde fez exames na quarta-feira. Testes para detectar uma eventual contaminação por radioatividade no italiano deram resultado positivo, mas ele não apresenta sinais de intoxicação.
Nove detetives da Scotland Yard estavam em Moscou (6) para entrevistar várias pessoas na investigação sobre a morte de Litvinenko.
Traços de polônio foram encontrados também nos aviões em que os ex-colegas russos de Litvinenko que se encontraram com ele no Pine Bar viajaram de Londres a Moscou.
Lugovoi já declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
Com agências internacionais
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Investigadores que trabalham no caso da morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, focam sua atenção para um bar londrino onde a vítima esteve no dia em que foi envenenada. Ao menos dez pessoas que estavam no local foram expostas a polônio 210 --substância radioativa que matou Litvinenko.
Em Moscou, detetives esperam interrogar o ex-agente da KGB Andrei Lugovoi, que tomou drinques no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, com o ex-espião. A terceira pessoa presente no encontro no bar, o empresário Dmitry Kovtun, está internado em Moscou após apresentar sinais de contaminação por polônio 210.
Nesta quinta-feira (7), a Agência de Proteção à Saúde britânica confirmou que sete funcionários do bar também foram contaminados pela substância radioativa.
Entrevista
Segundo o advogado de Lugovoi, Andrei Romashov, um encontro com os detetives britânicos poderá ocorrer hoje. Lugovoi fará testes em uma clínica médica em Moscou para detectar uma possível contaminação por polônio 210.
Os oficiais britânicos, que atuam com o apoio de agentes de inteligência, tentam entrevistar Lugovoi há dias, mas ainda não tiveram sucesso. O procurador-geral russo Yuri Chaika afirmou na última quarta-feira (6) que policiais do Reino Unido não têm autorização para interrogar o ex-agente diretamente, mas poderão estar presentes durante um interrogatório conduzido por oficiais russos.
Uma agência de notícias russa noticiou ontem que Dmitry Kovtun entrou em coma no hospital pouco depois de se encontrar com investigadores russos e detetives da Scotland Yard.
Hoje, o advogado de Lugovoi negou este relato e afirmou que as condições de Kovtun são "as mesmas" de antes do interrogatório.
Traços de polônio 210 foram encontrados em diversos locais visitados por Lugovoi nas últimas semanas, incluindo o estádio londrino do time de futebol Arsenal e a embaixada britânica em Moscou.
Passo-a-passo
No dia 1º de novembro, quando foi internado, Litvinenko tomou drinques com os dois ex-colegas russos no Pine Bar, e posteriormente se encontrou com Mario Scaramella, um contato italiano, em um restaurante japonês.
Scaramella foi liberado do hospital onde fez exames na quarta-feira. Testes para detectar uma eventual contaminação por radioatividade no italiano deram resultado positivo, mas ele não apresenta sinais de intoxicação.
Nove detetives da Scotland Yard estavam em Moscou (6) para entrevistar várias pessoas na investigação sobre a morte de Litvinenko.
Traços de polônio foram encontrados também nos aviões em que os ex-colegas russos de Litvinenko que se encontraram com ele no Pine Bar viajaram de Londres a Moscou.
Lugovoi já declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
Com agências internacionais
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