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10/12/2006
-
08h59
da Folha Online
Os resultados dos testes para detectar contaminação por radiação proveniente de polônio 210 de dois policiais britânicos que trabalham no caso da morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko deram positivo, informou neste domingo uma porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres.
Os traços de polônio 210 encontrados nos dois agentes são "relativamente pequenos" e estão "abaixo dos limites considerados seguros", acrescentou a fonte.
Vinte e seis policiais que trabalham no caso foram submetidos a testes de radiação, mas só dois deram positivo, disse a porta-voz, acrescentando que ambos serão observados constantemente por especialistas médicos.
Nove detetives da Scotland Yard estão na Rússia para a investigação da morte de Litvinenko. O ex-espião morreu em 23 de novembro, no hospital do University College, em Londres, em conseqüência de envenenamento por uma alta dose de polônio 210, um material altamente radioativo.
Investigação
Em Londres, as investigações estão centradas no hotel Millennium Mayfair, onde o ex-espião esteve no dia em que adoeceu, em 1º de novembro.
Sete funcionários do bar do hotel deram positivo em testes de radiação. Mais de 250 clientes que estiveram no hotel em 1º de novembro estão sendo submetidos a exames.
Dois empresários russos que se encontraram com Litvinenko para tomar drinques no bar do hotel (The Pine Bar) também foram contaminados com radiação. Um deles, Dmitry Kovtun, está internado em Moscou devido à contaminação e seu estado é grave.
Radiação na Alemanha
Ontem, a polícia alemã anunciou que foram encontrados traços de radiação em dois locais em Hamburgo, ambos os quais têm ligação com Dmitry Kovtun.
Segundo a polícia, radiação alfa foi encontrada no apartamento da ex-mulher de Kovtun. A radiação também foi detectada em uma casa em Haselau, próxima a Hamburgo, onde vive a mãe da ex-mulher de Kovtun.
A polícia informou que começou a checar os locais em Hamburgo para buscar sinais de radiação após relatos da mídia de que Kovtun viajou para Londres em um vôo saindo de Hamburgo. Ainda serão feitos outros testes para confirmar se a contaminação está ligada ao polônio 210.
Russos
Andrei Lugovoi, o terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião ao lado de Kovtun, também foi contaminado por polônio 210, mas seu estado é melhor do que o do colega internado.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, ex-agente da inteligência russa e hoje empresário de segurança, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou ontem que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Alexander Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
Com agências internacionais
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Os traços de polônio 210 encontrados nos dois agentes são "relativamente pequenos" e estão "abaixo dos limites considerados seguros", acrescentou a fonte.
Vinte e seis policiais que trabalham no caso foram submetidos a testes de radiação, mas só dois deram positivo, disse a porta-voz, acrescentando que ambos serão observados constantemente por especialistas médicos.
Nove detetives da Scotland Yard estão na Rússia para a investigação da morte de Litvinenko. O ex-espião morreu em 23 de novembro, no hospital do University College, em Londres, em conseqüência de envenenamento por uma alta dose de polônio 210, um material altamente radioativo.
Investigação
Em Londres, as investigações estão centradas no hotel Millennium Mayfair, onde o ex-espião esteve no dia em que adoeceu, em 1º de novembro.
Sete funcionários do bar do hotel deram positivo em testes de radiação. Mais de 250 clientes que estiveram no hotel em 1º de novembro estão sendo submetidos a exames.
Dois empresários russos que se encontraram com Litvinenko para tomar drinques no bar do hotel (The Pine Bar) também foram contaminados com radiação. Um deles, Dmitry Kovtun, está internado em Moscou devido à contaminação e seu estado é grave.
Radiação na Alemanha
Ontem, a polícia alemã anunciou que foram encontrados traços de radiação em dois locais em Hamburgo, ambos os quais têm ligação com Dmitry Kovtun.
Segundo a polícia, radiação alfa foi encontrada no apartamento da ex-mulher de Kovtun. A radiação também foi detectada em uma casa em Haselau, próxima a Hamburgo, onde vive a mãe da ex-mulher de Kovtun.
A polícia informou que começou a checar os locais em Hamburgo para buscar sinais de radiação após relatos da mídia de que Kovtun viajou para Londres em um vôo saindo de Hamburgo. Ainda serão feitos outros testes para confirmar se a contaminação está ligada ao polônio 210.
Russos
Andrei Lugovoi, o terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião ao lado de Kovtun, também foi contaminado por polônio 210, mas seu estado é melhor do que o do colega internado.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, ex-agente da inteligência russa e hoje empresário de segurança, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou ontem que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Alexander Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
Com agências internacionais
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