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10/12/2006
-
11h27
da Folha Online
A substância radioativa detectada pela polícia alemã no edifício de Hamburgo freqüentado pelo empresário russo Dmitry Kovtun, ligado ao caso da morte do ex-espião Alexander Litvinenko, é mesmo polônio 210. A confirmação foi feita neste domingo pelo diretor do Escritório Federal Criminal de Hamburgo, Thomas Menzel, em entrevista coletiva.
Ontem, a polícia alemã havia anunciado que foram encontrados traços de radiação em dois locais em Hamburgo, ambos os quais têm ligação com Kovtun.
Segundo a polícia, radiação alfa foi encontrada no apartamento da ex-mulher do empresário, que se reuniu com Litvinenko em 1º de novembro (dia do envenenamento do ex-espião) no bar de um hotel em Londres. Kovtun foi contaminado com polônio 210 e está internado em estado grave em um hospital em Moscou.
O polônio 210 é a mesma substância que causou a morte de Litvinenko, no dia 23 de novembro.
A radiação também foi detectada em uma casa em Haselau, próxima a Hamburgo, onde vive a mãe da ex-mulher de Kovtun.
Investigação
A polícia informou que começou a checar os locais em Hamburgo para buscar sinais de radiação após relatos da mídia de que Kovtun viajou para Londres em um vôo saindo de Hamburgo.
Segundo os investigadores, foi encontrada "contaminação que exige um exame minucioso" em dois locais de um apartamento no mesmo prédio usado pela ex-mulher de Kovtun.
Eles encontraram indícios durante a noite de que uma fonte de radiação esteve no apartamento, mas essa fonte não foi encontrada.
A polícia isolou a propriedade em Haselau para realizar outros testes após encontrar vestígios de contaminação no local. Os traços foram encontrados no banheiro e na sala de estar do apartamento em Hamburgo, e em uma cama e uma cadeira da propriedade em Haselau.
Ex-mulher
A ex-mulher de Kovtun e sua mãe foram interrogadas pela polícia. A identidade das duas não foi revelada.
Kovtun se reuniu com Litvinenko no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, em Londres, no dia 1º de novembro. Ao menos dez pessoas que estiveram no Pine Bar neste dia foram contaminadas com radiação: sete funcionários do hotel, Litvinenko, Kovtun e Andrei Lugovoi, um terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos os russos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, agora um empresário, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou hoje que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Alexander Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
Com agências internacionais
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Ontem, a polícia alemã havia anunciado que foram encontrados traços de radiação em dois locais em Hamburgo, ambos os quais têm ligação com Kovtun.
Segundo a polícia, radiação alfa foi encontrada no apartamento da ex-mulher do empresário, que se reuniu com Litvinenko em 1º de novembro (dia do envenenamento do ex-espião) no bar de um hotel em Londres. Kovtun foi contaminado com polônio 210 e está internado em estado grave em um hospital em Moscou.
O polônio 210 é a mesma substância que causou a morte de Litvinenko, no dia 23 de novembro.
A radiação também foi detectada em uma casa em Haselau, próxima a Hamburgo, onde vive a mãe da ex-mulher de Kovtun.
Investigação
A polícia informou que começou a checar os locais em Hamburgo para buscar sinais de radiação após relatos da mídia de que Kovtun viajou para Londres em um vôo saindo de Hamburgo.
Segundo os investigadores, foi encontrada "contaminação que exige um exame minucioso" em dois locais de um apartamento no mesmo prédio usado pela ex-mulher de Kovtun.
Eles encontraram indícios durante a noite de que uma fonte de radiação esteve no apartamento, mas essa fonte não foi encontrada.
A polícia isolou a propriedade em Haselau para realizar outros testes após encontrar vestígios de contaminação no local. Os traços foram encontrados no banheiro e na sala de estar do apartamento em Hamburgo, e em uma cama e uma cadeira da propriedade em Haselau.
Ex-mulher
A ex-mulher de Kovtun e sua mãe foram interrogadas pela polícia. A identidade das duas não foi revelada.
Kovtun se reuniu com Litvinenko no Pine Bar, do hotel Millennium Mayfair, em Londres, no dia 1º de novembro. Ao menos dez pessoas que estiveram no Pine Bar neste dia foram contaminadas com radiação: sete funcionários do hotel, Litvinenko, Kovtun e Andrei Lugovoi, um terceiro empresário russo presente no encontro com o ex-espião.
Traços de polônio foram encontrados nos aviões em que ambos os russos viajaram de Londres a Moscou. Lugovoi, agora um empresário, declarou que não tem nada a ver com a história do envenenamento por radioatividade de Litvinenko e recordou que os traços dessa radiação podem ser encontrados em qualquer pessoa que tenha estado em contato com a vítima.
A porta-voz da polícia alemã Ulrike Sweden afirmou hoje que ainda não está claro se Kovtun retornou para Hamburgo depois de se encontrar com Litvinenko --o que poderia explicar a contaminação encontrada. Segundo ela, tanto uma pessoa quanto um objeto poderiam ser fontes da radiação encontrada no apartamento em Hamburgo.
Alexander Litvinenko foi coronel do Serviço Federal de Segurança (antigo KGB) e vivia desde 2000 como refugiado no Reino Unido, onde o governo lhe havia concedido nacionalidade britânica. Antes de morrer, ele acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin --de que era crítico-- de ter planejado seu assassinato.
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