Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/12/2006 - 15h50

Suíça continuará a investigar contas secretas de Pinochet

Publicidade

da Folha Online

A investigação sobre a eventual existência de contas do ditador Augusto Pinochet em bancos suíços continuará a ocorrer até segunda ordem, afirmou nesta segunda-feira a Justiça da Suíça. A morte do general Pinochet, ocorrida neste domingo (10), não afetará a continuidade da investigação.

A porta-voz dos fiscais da Confederação Helvética, Jeanette Balmer, afirmou que a investigação só será interrompida se Santiago retirar seu pedido de informações. A Suíça tem um acordo de cooperação e assistência com o Chile desde outubro com relação a materiais processuais das contas que Pinochet supostamente possuía no país.

As autoridades chilenas, que suspeitam de fraudes em contratos de armamentos no país, solicitaram à Justiça suíça em março de 2005 a abertura de uma investigação após um relatório de uma comissão do Senado americano sobre lavagem de dinheiro sugerir irregularidades.

O relatório trouxe à tona a existência de contas bancárias suíças atribuídas a Pinochet, que morreu aos 91 anos na tarde de ontem em um hospital de Santiago. As contas conteriam milhões dólares cuja origem não foi explicada.

Outras investigações

O juiz de instrução espanhol Baltasar Garzón, responsável pela detenção de Augusto Pinochet em Londres, em 1998, também declarou nesta segunda-feira que a ação judicial contra o ditador chileno falecido no domingo deveria prosseguir.

Os processos em curso, especialmente na Espanha e no Chile, devem continuar porque é preciso obter a "reparação" para as vítimas "não só de Pinochet, como de outras pessoas militares ou não-militares envolvidas", acrescentou.

Pinochet foi detido em Londres, em outubro de 1998, a pedido de Garzón, que o acusou de crimes de genocídio, terrorismo e torturas, com base em denúncias de familiares de espanhóis desaparecidos no Chile durante sua ditadura.

O governo britânico, alegando razões de saúde, recusou-se a extraditá-lo para a Espanha e Pinochet voltou ao Chile em março de 2000.

O juiz Garzón jamais abandonou as investigações sobre o ditador e obteve, em outubro, da justiça chilena a autorização para interrogar Pinochet e sua esposa pelo caso dos fundos secretos que o general possuía fora de seu país.

Leia mais
  • Corpo de Pinochet será levado para Escola Militar de Santiago
  • Vítimas francesas declaram frustração e cólera pela morte de Pinochet
  • Margaret Thatcher diz estar "profundamente triste" com morte de Pinochet
  • Advogado lamenta morte de Pinochet antes de sua condenação

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Augusto Pinochet
  • Leia o que já foi publicado sobre a ditadura no Chile
  • Veja galeria de imagens de Augusto Pinochet
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página