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11/12/2006
-
15h59
da Efe, em La Paz
A Bolívia lamentou hoje que o ditador chileno Augusto Pinochet tenha morrido sem ser julgado, lembrando que o mesmo ocorreu com o ex-ditador boliviano Hugo Banzer, que morreu em 2002.
"Lamentamos a morte de Pinochet, mas também a circunstância de impunidade na qual ela ocorreu", disse o porta-voz do governo boliviano, Alex Contreras, segundo o jornal "La Prensa".
"Achamos que Pinochet parte deixando uma pesada carga na história", disse Contreras.
O ex-ditador morreu às 15h15 de Brasília de domingo no Hospital Militar de Santiago, após sofrer uma súbita falência cardíaca, oito dias após haver sido internado por causa de um infarto do miocárdio e um edema pulmonar.
Sua morte leva ao arquivamento automático dos procedimentos abertos contra ele no Chile por mais de 300 casos de violações de direitos humanos e um procedimento por enriquecimento ilícito, segundo dados da Justiça chilena.
Para Contreras, "uma situação similar" ocorreu com o ex-ditador boliviano Hugo Banzer (1997-2001), que morreu em 2002.
Em dezembro de 2001, o juiz argentino Rodolfo Canicoba pediu a captura e extradição de Banzer para interrogá-lo por suposta cumplicidade na execução do Plano Condor, organizado nos anos 70 pelos governos militares do Cone Sul para combater seus opositores políticos.
O pedido de extradição foi rejeitado pela Corte Suprema de Justiça da Bolívia no final de fevereiro de 2002, coincidindo com um agravamento do câncer que Banzer sofria.
"Manobras"
O "La Prensa" também publica nesta segunda-feira uma entrevista com o ex-candidato presidencial do Chile Tomás Hirsch, que criticou "as manobras" dos advogados de Pinochet para evitar que fosse julgado.
"Neste momento, há 420 ações em andamento contra o ex-general por tortura, morte e desaparecimento de milhares de pessoas, assim como pela apropriação de bens do Estado", disse o ex-candidato pela aliança esquerdista Juntos Podemos Mais.
Ele acrescentou que não se pode fechar as causas abertas contra ele, já que as investigações "devem continuar até encontrar o paradeiro dos detidos desaparecidos".
Hirsch disse que o procedimento por enriquecimento ilícito continuará, porque a acusação neste assunto não pesou apenas sobre Pinochet, mas também sobre sua viúva e filhos.
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Bolívia lamenta que Pinochet tenha morrido sem ser julgado
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A Bolívia lamentou hoje que o ditador chileno Augusto Pinochet tenha morrido sem ser julgado, lembrando que o mesmo ocorreu com o ex-ditador boliviano Hugo Banzer, que morreu em 2002.
"Lamentamos a morte de Pinochet, mas também a circunstância de impunidade na qual ela ocorreu", disse o porta-voz do governo boliviano, Alex Contreras, segundo o jornal "La Prensa".
"Achamos que Pinochet parte deixando uma pesada carga na história", disse Contreras.
O ex-ditador morreu às 15h15 de Brasília de domingo no Hospital Militar de Santiago, após sofrer uma súbita falência cardíaca, oito dias após haver sido internado por causa de um infarto do miocárdio e um edema pulmonar.
Sua morte leva ao arquivamento automático dos procedimentos abertos contra ele no Chile por mais de 300 casos de violações de direitos humanos e um procedimento por enriquecimento ilícito, segundo dados da Justiça chilena.
Para Contreras, "uma situação similar" ocorreu com o ex-ditador boliviano Hugo Banzer (1997-2001), que morreu em 2002.
Em dezembro de 2001, o juiz argentino Rodolfo Canicoba pediu a captura e extradição de Banzer para interrogá-lo por suposta cumplicidade na execução do Plano Condor, organizado nos anos 70 pelos governos militares do Cone Sul para combater seus opositores políticos.
O pedido de extradição foi rejeitado pela Corte Suprema de Justiça da Bolívia no final de fevereiro de 2002, coincidindo com um agravamento do câncer que Banzer sofria.
"Manobras"
O "La Prensa" também publica nesta segunda-feira uma entrevista com o ex-candidato presidencial do Chile Tomás Hirsch, que criticou "as manobras" dos advogados de Pinochet para evitar que fosse julgado.
"Neste momento, há 420 ações em andamento contra o ex-general por tortura, morte e desaparecimento de milhares de pessoas, assim como pela apropriação de bens do Estado", disse o ex-candidato pela aliança esquerdista Juntos Podemos Mais.
Ele acrescentou que não se pode fechar as causas abertas contra ele, já que as investigações "devem continuar até encontrar o paradeiro dos detidos desaparecidos".
Hirsch disse que o procedimento por enriquecimento ilícito continuará, porque a acusação neste assunto não pesou apenas sobre Pinochet, mas também sobre sua viúva e filhos.
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