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11/12/2006 - 16h17

Britânicos buscam pistas do caso Litvinenko em hospital de Moscou

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da Folha Online

Uma testemunha-chave sobre o envenenamento do ex-espião russo Alexander Litvinenko foi interrogada nesta segunda-feira em um hospital de Moscou, após passar por testes de radiação, informou a imprensa russa.

Andrei Lugovoi, um agente de segurança que se transformou em executivo encontrou Litvinenko em um hotel de Londres em 1º de novembro, o dia em que o russo foi envenenado, foi interrogado por uma equipe da Scotland Yard. Os investigadores britânicos tentaram interrogá-lo durante toda a semana passada sem sucesso

Enquanto isso, autoridades alemãs encontraram traços de polônio 210 em locais visitado por Lugovoi antes do encontro.

Lugovoi finalmente conversou com os investigadores em uma clínica de Moscou. Ele informou às agências ITAR-Tass e Interfax que o interrogatório durou três horas.

"Eu dei depoimento exclusivamente como testemunha. Não fui acusado de nada", disse.

Lugovoi disse que os resultados de seus testes ficariam prontos no final desta semana, mas acrescentou que não estava simpático à idéia de torná-los públicos.

Nem o procurador-geral russo nem a Embaixada Britânica revelarão detalhes da investigação.

O embaixador britânico Anthony Brenton encontrou-se, nesta segunda-feira, com o procurador-geral russo Yuri Chaika para discutir o inquérito acerca da morte de Litvinenko.

Outra figura central do caso, o executivo russo Dmitry Kovtun, associado a Lugovoi e que o acompanhou durante o dia 1º de novembro no encontro com Litvinenko, pode estar no mesmo hospital. O procurador-geral russo disse que Kovtun teve diagnóstico de envenenamento confirmado.

Lugovoi disse que Kovtun estava se sentindo "normal".

Russos e britânicos interrogaram Kovtun na semana passada antes dos investigadores alemães terem encontrado traços de polônio 210 em Hamburgo, cidade onde ele ficou durante os quatro dias que sucederam seu encontro com Litvinenko.

Traços de polônio 210 foram confirmados no apartamento da ex-mulher de Kovtun, onde ele dormiu duas noites, e o carro que o levou até o aeroporto de Hamburgo, quando ele voltou até Moscou, também estava contaminado.

Os procuradores alemães estão investigando se Kovtun poderia ter transportado, ilegalmente, material radioativo.

Lugovoi, Kovtun e uma terceira pessoa que estava com eles em Londres no dia do encontro com Litvinenko, Vyacheslav Sokolenko, negaram qualquer envolvimento com a morte do ex-espião.

Com Associated Press

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