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18/12/2006
-
10h56
da Folha Online
A violência entre membros do Fatah e do Hamas [grupos políticos que possuem braços armados] nas ruas de Gaza continua apesar do anúncio de trégua feito ontem. Hoje, uma jovem de 19 anos tornou-se a primeira civil a morrer nos confrontos entras as duas facções desde que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou a antecipação das eleições palestinas, no sábado (16).
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, disse que o Hamas não participará de eleições antecipadas. Hoje, em declarações à televisão egípcia, Abbas afirmou que Haniyeh "carece de sensatez política", pois não conseguiu o apoio da comunidade internacional, enquanto o povo palestino está imerso em uma grave crise econômica e de segurança.
Nesta segunda-feira, membros do Hamas e do Fatah se enfrentaram e trocaram tiros na Cidade de Gaza. Confrontos também ocorreram nas proximidades do Parlamento palestino e da casa de Abbas [do Fatah].
Nas últimas horas, sete palestinos foram feridos a tiros durante uma manifestação de apoio à ANP, no campo de refugiados de Jabaliya (norte de Gaza), segundo informações de fontes médicas.
Ruas vazias
As ruas de Gaza estavam desertas nesta segunda-feira, especialmente no bairro Rimal, que, neste domingo, foi palco dos incidentes mais intensos, que causaram a morte de três pessoas. Alguns ministérios, ocupados pelo Fatah, e sedes de instituições públicas ficam situadas neste bairro.
Poucas lojas abriram na manhã desta segunda-feira em Gaza e algumas delas atenderam os clientes por telefone ou no interior de suas dependências.
Horas antes do anúncio de trégua, fontes palestinas informaram que supostos membros do Hamas mataram o coronel Hamdi Rameh, do Fatah, em resposta ao seqüestro de membros do Hamas, que teriam sido levado a cabo por partidários de Abbas.
O porta-voz do partido político do Fatah, Tawfik Abu Joussa, disse que o acordo de trégua visa deter a violência em Gaza. "O Fatah está tentando controlar suas forças. Esperamos que o cessar-fogo se mantenha, porque temos grande interesse em barrar os conflitos.
Em declarações a jornalistas, o premiê palestino prometeu respeitar o cessar-fogo. Mas fontes do Hamas citadas pela agência de notícias Reuters disseram que o acordo depende do compromisso de ambas as partes em retomar as negociações para formar um governo de coalizão, interromper as ações armadas, impor o retorno de seus homens armados a seus quartéis e da libertação dos membros do Hamas tomados como reféns.
Visita
Os novos registros de violência desta segunda-feira coincidem com a visita à região do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que tenta conseguir um acordo entre palestinos e israelenses.
Blair voltou a demonstrar seu apoio à criação de um Estado Palestino e pediu o apoio da comunidade internacional a Abbas. "Neste momento crítico, [comunidade internacional] apóie o presidente da ANP porque ninguém pode impedir que se façam progressos na busca de uma solução de dois Estados no Oriente Médio, o de Israel e a Palestina", disse.
Blair prometeu impulsionar o apoio humanitário e político ao povo palestino durante uma entrevista coletiva com Abbas, que disse que "é preciso pôr fim a uma ANP com duas 'cabeças'".
Com agências internacionais
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Violência em Gaza continua apesar de anúncio de trégua
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A violência entre membros do Fatah e do Hamas [grupos políticos que possuem braços armados] nas ruas de Gaza continua apesar do anúncio de trégua feito ontem. Hoje, uma jovem de 19 anos tornou-se a primeira civil a morrer nos confrontos entras as duas facções desde que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou a antecipação das eleições palestinas, no sábado (16).
Hatem Moussa/AP |
Homem dá tiros para o alto em funeral de membro do Fatah morto nos conflitos em Gaza |
Nesta segunda-feira, membros do Hamas e do Fatah se enfrentaram e trocaram tiros na Cidade de Gaza. Confrontos também ocorreram nas proximidades do Parlamento palestino e da casa de Abbas [do Fatah].
Nas últimas horas, sete palestinos foram feridos a tiros durante uma manifestação de apoio à ANP, no campo de refugiados de Jabaliya (norte de Gaza), segundo informações de fontes médicas.
Ruas vazias
As ruas de Gaza estavam desertas nesta segunda-feira, especialmente no bairro Rimal, que, neste domingo, foi palco dos incidentes mais intensos, que causaram a morte de três pessoas. Alguns ministérios, ocupados pelo Fatah, e sedes de instituições públicas ficam situadas neste bairro.
Poucas lojas abriram na manhã desta segunda-feira em Gaza e algumas delas atenderam os clientes por telefone ou no interior de suas dependências.
Horas antes do anúncio de trégua, fontes palestinas informaram que supostos membros do Hamas mataram o coronel Hamdi Rameh, do Fatah, em resposta ao seqüestro de membros do Hamas, que teriam sido levado a cabo por partidários de Abbas.
O porta-voz do partido político do Fatah, Tawfik Abu Joussa, disse que o acordo de trégua visa deter a violência em Gaza. "O Fatah está tentando controlar suas forças. Esperamos que o cessar-fogo se mantenha, porque temos grande interesse em barrar os conflitos.
Em declarações a jornalistas, o premiê palestino prometeu respeitar o cessar-fogo. Mas fontes do Hamas citadas pela agência de notícias Reuters disseram que o acordo depende do compromisso de ambas as partes em retomar as negociações para formar um governo de coalizão, interromper as ações armadas, impor o retorno de seus homens armados a seus quartéis e da libertação dos membros do Hamas tomados como reféns.
Visita
Os novos registros de violência desta segunda-feira coincidem com a visita à região do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que tenta conseguir um acordo entre palestinos e israelenses.
Blair voltou a demonstrar seu apoio à criação de um Estado Palestino e pediu o apoio da comunidade internacional a Abbas. "Neste momento crítico, [comunidade internacional] apóie o presidente da ANP porque ninguém pode impedir que se façam progressos na busca de uma solução de dois Estados no Oriente Médio, o de Israel e a Palestina", disse.
Blair prometeu impulsionar o apoio humanitário e político ao povo palestino durante uma entrevista coletiva com Abbas, que disse que "é preciso pôr fim a uma ANP com duas 'cabeças'".
Com agências internacionais
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