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19/12/2006 - 18h58

Reino Unido detecta polônio-210 em mais três funcionários de hotel

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da Folha Online

Autoridades de saúde do Reino Unido detectaram vestígios de polônio-210 em mais três funcionário de dois hotéis de Londres onde o ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, esteve antes de morrer, em 23 de novembro, devido à contaminação por uma alta dose da substância.

A informação foi divulgada no mesmo dia em que autoridades russas encerraram as investigações do caso em Moscou.

Exames realizados em dois funcionários do Hotel Millennium, em Mayfair --que a polícia suspeita que tenha sido o local onde Litvinenko foi envenenado-- apontaram a presença de pequenas quantidades de polônio-210, segundo a Agência de Proteção à Saúde (HPA, na sigla em inglês).

O material radioativo também foi detectado em testes realizados em um funcionário do Hotel Sheraton, em Park Lane. Anteriormente, a HPA havia divulgado que a viúva de Litvinenko, Marina, e outros sete funcionários do Hotel Millennium estavam contaminados por polônio-210.

Litvinenko morreu em 23 de novembro, após receber uma alta dose de polônio-210. Antes de morrer, ele culpou o governo russo do presidente Vladimir Putin por seu envenenamento.

A polícia investiga várias possibilidades, inclusive que ele teria sido alvo de proeminentes figuras russas que agiram independentemente do Kremlin.

O principal suspeito no caso, Dmitry Kovtun, que está internado há duas semanas em uma clínica de Moscou com os mesmos sintomas de Litvinenko, é investigado por introduzir substâncias radioativas na Alemanha.

O empresário reconheceu que introduziu inconscientemente o polônio 210 na casa de sua ex-mulher em Hamburgo antes de se reunir em Londres com Litvinenko, mas nega que esteja envolvido em sua morte.

Kovtun e e Andrei Lugovoi, ex-agente do KGB soviético, foram as últimas pessoas a se reunirem com Litvinenko no hotel Millennium de Londres em 1º de novembro.

Encerramento

A Procuradoria russa encerrou nesta terça-feira as investigações da Scotland Yard em Moscou sobre o assassinato, em Londres, do ex-espião russo Alexander Litvinenko, 43, morto após ter sido envenenado com a substância radioativa polônio 210.

Todos os interrogatórios solicitados pela Scotland Yard foram realizados, nos quais os detetives britânicos "receberam a devida resposta aos assuntos de seu interesse", segundo um porta-voz da Procuradoria informou à agência russa Itar-Tass.

Detetives da Scotland Yard, que chegaram à Rússia em 4 de dezembro, deixarão Moscou hoje para continuar as investigações em Londres, onde Litvinenko morreu em 23 de novembro.

Segundo o porta-voz, a parte britânica agradeceu a Procuradoria pela cooperação e mostrou sua satisfação com o trabalho conjunto. Nos últimos dias, no entanto, a imprensa do Reino Unido denunciou supostos impedimentos apresentados pelas autoridades russas.

Litvinenko, ex-coronel do Serviço Federal de Segurança russo (FSB, antigo KGB), morreu devido à concentração em seu organismo de altas doses de polônio 210, substância radioativa altamente tóxica.

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