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12/01/2007
-
07h43
da Efe, em Caracas
Dirigentes de oposição anunciaram nesta sexta-feira que terá início uma nova onda de mobilização popular contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
A mobilização começará no Estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, e se estenderá a todo o país, anunciou Manuel Rosales, candidato presidencial derrotado por Chávez nas eleições de dezembro. "Queremos anunciar uma grande mobilização por toda a Venezuela para conscientizar a coletividade sobre a concentração de poder", disse ele em entrevista coletiva.
Os líderes da oposição tentam driblar o desânimo após as eleições de 3 de dezembro, que confirmaram Chávez no poder pelo menos até 2013.
Em seu discurso de posse, Chávez anunciou na quarta-feira (10) que promoverá uma reforma para permitir novas reeleições. Assim, ele poderia voltar a disputar o cargo. Além disso, jurou não descansar enquanto não criar a República Socialista da Venezuela.
Outra medida anunciada foi um pedido aos deputados para receber atribuições legislativas especiais e outras iniciativas para "perpetuar-se no poder", acrescentou Rosales.
"Ele se inspira em figuras tétricas, como[Joseph] Stálin e [Francisco] Franco" e só quer deixar "quando morrer", ao estilo de seu aliado cubano Fidel Castro, acrescentou.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, arcebispo Roberto Lückert, acusou Chávez de promover 'um processo autocrático, no estilo de Fidel Castro'.
O arcebispo declarou a uma emissora que Chávez quer que todos "estejam de joelhos, aplaudindo tudo o que disser". E desejou ao presidente "longa vida para que veja os erros" que está cometendo. "O que ele está pensando? Que é a versão tropical do Rei Sol? Isso não é democracia", criticou o arcebispo.
"Inferno
Chávez citou o arcebispo em seu discurso de quarta-feira como o religioso que "mais enfrenta o seu governo". E previu que os dois vão para o inferno.
"Ele me mandou ao inferno. Eu peço todos os dias ao Senhor para não ir para lá. Mas se formos os dois, como ele diz, vou pedir ao diabo que me mude de lugar, de ambiente", disse Lückert.
Outros bispos também pediram a Chávez que explique seu projeto de "socialismo do século 21 à venezuelana".
Para Rosales, os anúncios de Chávez mais "graves e perigosos", são os poderes legislativos especiais que pediu. Ele teme que o presidente "se transforme em um tirano que ordena em público aos outros poderes o que têm que fazer, e que se acha o único capaz de governar".
Também criticou a anunciada reforma da Lei de Educação, que, na sua opinião, servirá para doutrinar as crianças "no ódio, na violência e na guerra". Prova disso, afirmou, é a recente nomeação de Adán Chávez, irmão do presidente, como ministro da Educação.
Rosales argumentou que Adán Chávez foi durante três anos embaixador em Havana, onde "afinou" sua aprendizagem dos métodos "castrocubanos" para "doutrinar" as crianças.
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Oposição venezuelana retoma mobilizações contra Chávez
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Dirigentes de oposição anunciaram nesta sexta-feira que terá início uma nova onda de mobilização popular contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
A mobilização começará no Estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, e se estenderá a todo o país, anunciou Manuel Rosales, candidato presidencial derrotado por Chávez nas eleições de dezembro. "Queremos anunciar uma grande mobilização por toda a Venezuela para conscientizar a coletividade sobre a concentração de poder", disse ele em entrevista coletiva.
Os líderes da oposição tentam driblar o desânimo após as eleições de 3 de dezembro, que confirmaram Chávez no poder pelo menos até 2013.
Em seu discurso de posse, Chávez anunciou na quarta-feira (10) que promoverá uma reforma para permitir novas reeleições. Assim, ele poderia voltar a disputar o cargo. Além disso, jurou não descansar enquanto não criar a República Socialista da Venezuela.
Outra medida anunciada foi um pedido aos deputados para receber atribuições legislativas especiais e outras iniciativas para "perpetuar-se no poder", acrescentou Rosales.
"Ele se inspira em figuras tétricas, como[Joseph] Stálin e [Francisco] Franco" e só quer deixar "quando morrer", ao estilo de seu aliado cubano Fidel Castro, acrescentou.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, arcebispo Roberto Lückert, acusou Chávez de promover 'um processo autocrático, no estilo de Fidel Castro'.
O arcebispo declarou a uma emissora que Chávez quer que todos "estejam de joelhos, aplaudindo tudo o que disser". E desejou ao presidente "longa vida para que veja os erros" que está cometendo. "O que ele está pensando? Que é a versão tropical do Rei Sol? Isso não é democracia", criticou o arcebispo.
"Inferno
Chávez citou o arcebispo em seu discurso de quarta-feira como o religioso que "mais enfrenta o seu governo". E previu que os dois vão para o inferno.
"Ele me mandou ao inferno. Eu peço todos os dias ao Senhor para não ir para lá. Mas se formos os dois, como ele diz, vou pedir ao diabo que me mude de lugar, de ambiente", disse Lückert.
Outros bispos também pediram a Chávez que explique seu projeto de "socialismo do século 21 à venezuelana".
Para Rosales, os anúncios de Chávez mais "graves e perigosos", são os poderes legislativos especiais que pediu. Ele teme que o presidente "se transforme em um tirano que ordena em público aos outros poderes o que têm que fazer, e que se acha o único capaz de governar".
Também criticou a anunciada reforma da Lei de Educação, que, na sua opinião, servirá para doutrinar as crianças "no ódio, na violência e na guerra". Prova disso, afirmou, é a recente nomeação de Adán Chávez, irmão do presidente, como ministro da Educação.
Rosales argumentou que Adán Chávez foi durante três anos embaixador em Havana, onde "afinou" sua aprendizagem dos métodos "castrocubanos" para "doutrinar" as crianças.
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