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20/01/2007 - 22h52

Violência mata 19 americanos no Iraque; janeiro soma 31 baixas

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da Folha Online

Pelo menos 19 americanos foram mortos durante operações militares neste sábado em um dos dias mais difíceis para as forças norte-americanas desde que a Guerra do Iraque começou, em março de 2003.

Autoridades anunciaram também outras duas mortes de americanos em combate desde sexta-feira. Apenas no mês de janeiro, o total de baixas dos EUA em combate já totaliza 31. Desde o início da guerra, 3.029 militares americanos perderam a vida no Iraque.

A pior perda do dia veio da queda de um helicóptero do Exército americano na região nordeste de Bagdá, que matou 12 membros em serviço. Outro ataque no sábado a noite feriu militares na cidade de Karbala, matando cinco soldados. Carros-bomba mataram outro soldado na capital e um na Província de Nineveh, ao norte de Bagdá.

O Exército forneceu poucas informações sobre a queda do Black Hawk, ocorrida em condições boas do tempo na Província de Diyala --onde as Forças iraquianas e americanas vêm combatendo milícias insurgentes sunitas e xiitas em torno da cidade de Baqouba durante meses.

Josslyn Aberle, um porta-voz americano, disse que a causa da queda ainda não foi determinada. Frank Pascual, membro do time de relações com a imprensa no Emirados Árabes Unidos, disse à televisão Al Arabiya que acredita-se que o helicóptero sofria com problemas técnicos antes de cair.

Esta foi a quarta queda desde que a guerra começou. A pior foi em 26 de janeiro de 2005, quando um helicóptero de transporte da Marinha caiu durante uma tempestade de areia na região leste do deserto. Trinta e uma pessoas foram mortas --o maior número de americanos mortos em um único acidente.

Casa Branca

O embate entre a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos --dominado pela primeira vez em 12 anos pelo Partido Democrata-- a respeito da nova estratégia do presidente George W. Bush para a ação americana no Iraque se intensificou neste sábado após a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acusar o governo de "brincar de política" com as vidas dos soldados.

Alheio ao aumento das mortes, a nova estratégia de Bush para reverter o curso da guerra no Iraque inclui o envio de 21,5 mil soldados adicionais para a luta no país, em uma polêmica decisão anunciada na última semana.

Pelosi fez as duras acusações contra a Casa Branca no popular programa de TV "Good Morning America" (rede de TV americana ABC). "O presidente sabe que, uma vez que as tropas estejam em perigo, nós [o Congresso] não vamos cortar verba para a guerra", disse a líder.

"É por isso que eles estão se movendo tão rapidamente para colocar os soldados na linha de perigo", completou Pelosi. A resposta do governo foi curta e rápida --a Casa Branca classificou as declarações da líder democrata de "venenosas".

Na próxima semana, os EUA aguardam um novo pronunciamento oficial do presidente que deverá incluir uma defesa de sua nova estratégia. O discurso de Bush deverá ser feito na próxima terça-feira (23).

Com Reuters e agências internacionais

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