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28/02/2007
-
10h46
da Folha Online
O comandante dos Guardiães da Revolução iraniana [força de elite do regime iraniano, formada em 1979 como um corpo militar autônomo], general Yahya Rahim Safavi, ameaçou nesta quarta-feira atacar os rebeldes curdos iranianos no Iraque caso o governo desse país não os expulse da região da fronteira.
"Se o Iraque não expulsar os rebeldes iranianos relacionados com estrangeiros na região [fronteira entre o Iraque e o Irã], os Guardiães da Revolução se reserva o direito de forçá-los a sair da fronteira com o Irã", afirmou Safavi, citado pela agência de notícias Mehr.
No último sábado (24), Safavi acusou Estados Unidos, Israel e Reino Unido de provocarem tensão nas fronteiras de Iraque e Turquia com o país persa para minar o regime de Teerã.
"Os inimigos gananciosos (...) americanos, britânicos e o regime sionista [referindo-se a Israel], tendo em vista suas intenções no Oriente Médio, estão incitando insegurança nas fronteiras com o Irã", disse em comunicado o general.
A declaração foi dada depois que importantes jornais britânicos noticiaram que EUA e Israel panejam um ataque ao Irã. Uma delas, do "Daily Telegraph", informa que Israel quer o aval do Pentágono para cruzar o espaço aéreo iraquiano a fim de bombardear bases nucleares iranianas. Israel negou o conteúdo da reportagem, alegando ser fruto de "mal-intencionados".
"Aqueles que não querem lidar de forma política e diplomática [com a polêmica em torno do programa nuclear iraniano] tentam desviar a atenção sobre preparativos que supostamente estaríamos fazendo", disse o vice-ministro da Defesa de Israel, Ephraim Sneh.
De acordo com o "Daily Telegraph", que cita como fonte um alto funcionário da Defesa israelense, Israel necessita da autorização do Pentágono para que seus aviões de guerra possam atravessar o espaço aéreo iraquiano. Por isso, Israel negocia com os EUA a abertura de um "corredor aéreo" caso decida lançar ação militar contra o Irã.
Segundo a fonte, a questão do espaço aéreo tem de ser resolvida para evitar que uma situação-surpresa ponha em risco aviões americanos e israelenses, que poderiam, por erro de estratégia, atacar-se entre si.
Polêmica
Os EUA e muitos de países ocidentais temem que o Irã esteja usando suas atividades nucleares para produzir uma bomba atômica. Teerã nega, e diz que seu enriquecimento de urânio --processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico-- tem apenas fins pacíficos.
A suposta intenção dos EUA de atacar o Irã tem sido insistentemente noticiada pela imprensa britânica. Na semana passada, importantes jornais do Reino Unido publicaram reportagens apontado para o fato de os EUA quererem esta ação militar e de, inclusive, intencionar o uso da mesma tática da Guerra do Iraque para convencer a comunidade internacional [em 2003, os EUA invadiram o Iraque alegando que o país possuía armas de destruição em massa. Próximo de se completar quatro anos do conflito, nenhuma arma deste tipo foi encontrada em território iraquiano].
Em 23 de dezembro último, a ONU deu um mandato à AIEA para elaborar em 60 dias um relatório que estabelecesse se o Irã cumpriu a resolução 1737, que exige a suspensão de todas as atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio. Expirado o prazo, a agência atômica da ONU divulgou relatório no qual afirma que o Irã, além de não interromper suas atividades, estendeu seu programa nuclear.
O CS da ONU exige a suspensão imediata e incondicional do enriquecimento de urânio, que abriria espaço para negociações a respeito de um pacote de vantagens econômicas para o Irã.
O governo iraniano, no entanto, recusa-se a abandonar as atividades nucleares como uma pré-condição para as negociações.
Com agências internacionais
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"Se o Iraque não expulsar os rebeldes iranianos relacionados com estrangeiros na região [fronteira entre o Iraque e o Irã], os Guardiães da Revolução se reserva o direito de forçá-los a sair da fronteira com o Irã", afirmou Safavi, citado pela agência de notícias Mehr.
No último sábado (24), Safavi acusou Estados Unidos, Israel e Reino Unido de provocarem tensão nas fronteiras de Iraque e Turquia com o país persa para minar o regime de Teerã.
"Os inimigos gananciosos (...) americanos, britânicos e o regime sionista [referindo-se a Israel], tendo em vista suas intenções no Oriente Médio, estão incitando insegurança nas fronteiras com o Irã", disse em comunicado o general.
A declaração foi dada depois que importantes jornais britânicos noticiaram que EUA e Israel panejam um ataque ao Irã. Uma delas, do "Daily Telegraph", informa que Israel quer o aval do Pentágono para cruzar o espaço aéreo iraquiano a fim de bombardear bases nucleares iranianas. Israel negou o conteúdo da reportagem, alegando ser fruto de "mal-intencionados".
"Aqueles que não querem lidar de forma política e diplomática [com a polêmica em torno do programa nuclear iraniano] tentam desviar a atenção sobre preparativos que supostamente estaríamos fazendo", disse o vice-ministro da Defesa de Israel, Ephraim Sneh.
De acordo com o "Daily Telegraph", que cita como fonte um alto funcionário da Defesa israelense, Israel necessita da autorização do Pentágono para que seus aviões de guerra possam atravessar o espaço aéreo iraquiano. Por isso, Israel negocia com os EUA a abertura de um "corredor aéreo" caso decida lançar ação militar contra o Irã.
Segundo a fonte, a questão do espaço aéreo tem de ser resolvida para evitar que uma situação-surpresa ponha em risco aviões americanos e israelenses, que poderiam, por erro de estratégia, atacar-se entre si.
Polêmica
Os EUA e muitos de países ocidentais temem que o Irã esteja usando suas atividades nucleares para produzir uma bomba atômica. Teerã nega, e diz que seu enriquecimento de urânio --processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico-- tem apenas fins pacíficos.
A suposta intenção dos EUA de atacar o Irã tem sido insistentemente noticiada pela imprensa britânica. Na semana passada, importantes jornais do Reino Unido publicaram reportagens apontado para o fato de os EUA quererem esta ação militar e de, inclusive, intencionar o uso da mesma tática da Guerra do Iraque para convencer a comunidade internacional [em 2003, os EUA invadiram o Iraque alegando que o país possuía armas de destruição em massa. Próximo de se completar quatro anos do conflito, nenhuma arma deste tipo foi encontrada em território iraquiano].
Em 23 de dezembro último, a ONU deu um mandato à AIEA para elaborar em 60 dias um relatório que estabelecesse se o Irã cumpriu a resolução 1737, que exige a suspensão de todas as atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio. Expirado o prazo, a agência atômica da ONU divulgou relatório no qual afirma que o Irã, além de não interromper suas atividades, estendeu seu programa nuclear.
O CS da ONU exige a suspensão imediata e incondicional do enriquecimento de urânio, que abriria espaço para negociações a respeito de um pacote de vantagens econômicas para o Irã.
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